Tradições e costumes curiosos da Islândia – será que são mesmo tão estranhos assim?
O país incrível tem hábitos diferentes à primeira vista, mas que vão mesmo te surpreender
Todo mundo sabe que a Islândia é um país diferente em vários aspectos. A terra do fogo e do gelo tem mais de 130 montanhas vulcânicas, gêiseres, praias de areia preta e palavras impronunciáveis. Não só isso! As tradições e costumes curiosos da Islândia mostram que o país de gente acolhedora tem realmente muito a te surpreender.
Para começar, o povo islandês, moderno, tecnológico e muito bem informado, mantém laços estreitos com suas tradições e superstições. Até aí, tudo bem. A questão é que algumas delas podem até parecer comuns para eles, mas para estrangeiros, soam bem peculiares. Mas, será mesmo?
Tradições e costumes curiosos da Islândia
A Islândia tem um festival de testículos
A culinária da Islândia conta muito sobre sua cultura, por isso, o povo leva as tradições relacionadas à comida muito a sério! Uma delas é o Thorrablot, festival realizado no antigo mês nórdico de Thorri, que vai de janeiro a fevereiro. Nele, as pessoas se reúnem e comem desde cabeça de ovelha cozida a testículos de carneiro em conserva e tubarão fermentado.
Obviamente, os métodos de conservação dos alimentos na Islândia foram aprimorados, então, ninguém precisa mais fermentá-los como antigamente. Mas, o festival continua. No entanto, Thorrablot é uma maneira de reunir amigos e familiares, além de preservar tradições e homenagear os ancestrais.
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A Quarta-Feira de Cinzas dá início a um festival de três dias
A Quarta-Feira de Cinzas na Islândia não dá início à Quaresma, como reza a tradição católica. Por lá, dá início a uma festa que dura três dias na qual os islandeses comem o equivalente ao seu peso em comidas doces e salgadas. Cada dia tem um nome e uma tradição diferente.
Primeiro, vem Bolludagur, o Dia do Pão. Nele, as crianças fazem suas varinhas tradicionais e as usam para “bater” nos pais para lhes darem pãezinhos cremosos de chocolate. Cada toque mágico da varinha vale um pãozinho. A Sprengidagur, na terça-feira de carnaval, as pessoas levam enormes quantidades de carne salgada e ervilhas.
A festa termina na Oskudagur, a Quarta-Feira de Cinzas, um tipo de Halloween islandês. As crianças se fantasiam e saem para pedir doces. Também há uma brincadeira de pendurar pequenas bolsas nas costas das pessoas sem elas perceberem.
Existem rodeios de ovelhas
Você já foi a um rodeio de ovelha? Se visitar a Islândia de setembro e outubro, terá oportunidade de vivenciar essa experiência! As ovelhas pastam livremente no verão, mas nestes meses, devem ser capturadas de volta para o celeiro devido às temperaturas mais frias. Só que não é qualquer forma de captura!
Com a ajuda de amigos e familiares, os fazendeiros saem à busca dos animais e as reúnem em currais especiais. Quando todas as ovelhas estão seguras em seu lugar certo, os fazendeiros organizam um baile para celebrar o dia de trabalho.
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Não há nomes de família na Islândia
Mais um costume curioso da Islândia é que lá não há nomes de família – pelo menos, não como conhecemos – e os sobrenomes não vão sendo transmitidos. Lá, são passados aqueles comumente usados na família.
Por exemplo, o primeiro nome Freyr (masculino) ou Anna (feminino). Se o avô carrega o nome (e é muito querido), pode ser que os netos o carreguem.
Na maioria dos casos, as crianças usam o primeiro nome do pai como sobrenome adicionando um -son ou um -dóttir dependendo do sexo. Por exemplo, um casal chamado Freyr Jónsson e Anna Þorsteinsdóttir têm um bebê. Se for um menino e quiserem chamá-lo Björn, provavelmente se chamará Björn Freysson.
Se for uma menina e quiserem chamá-la Kristín, seu nome completo será Kristín Freysdóttir. Viu só, nesta família há quatro sobrenomes diferentes: Jónsson, Þorsteinsdóttir, Freysson e Freysdóttir.
Outra coisa, as mulheres não usam os sobrenomes de seus maridos na Islândia, e vice-versa. Maaas, as coisas não acabam por aí! Um novo casal hipotético, Einar Gunnarsson e Sigrún Felixdóttir, têm um filho chamado Gunnar Einarsson e uma filha chamada Ingibjörg Einarsdóttir.
Gunnar, por sua vez, decide homenagear seu filho com o nome do pai e o chama Einar. Só que aí, o sobrenome será Gunnarsson, o que chamam “alnafni”, uma tradução para homônimos completos. No entanto, se Ingibjörg tem um filho e decide chamá-lo Einar Ingibjargarson, ele é um nafni (um xará). Que “salada” de nomes, hein?
Existe um prazo para registrar os filhos
Pensa que a coisa com os nomes acabou? Outra tradição relacionada a eles é que o nome só é anunciado na cerimônia de batismo ou nomeação. Porém, isso pode acontecer meses após o nascimento da criança. Legalmente, os pais têm até seis meses para registrar a criança. Passado o prazo, paga-se uma multa aproximada a 11500 ISK por dia.
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Os islandeses são muito supersticiosos com clima
Os islandeses levam o clima muito a sério e isso, na verdade, não é de se estranhar. Afinal, estão na terra dos vulcões, gêiseres e paisagens de contrastes. Por isso, sempre tentaram se adaptar e nunca irritá-lo. Como consequência, surgiram uma série de tradições e costumes curiosos na Islândia. Por exemplo, não pisar no besouro preto porque trará chuva.
Ou, não deixar seus pinos de rake para cima, pois também trará chuva. Os sonhos também desempenham um papel importante nessa superstição. Sonhar com ovelhas brancas significa neve pela quantidade de dias representada pelos animais que aparecerem no sonho.
Mais superstições…
Ao se mudar para uma nova casa, traga pão e sal primeiro para que nunca falte comida. Mas não deixe ninguém lhe dar uma faca, pois esse item devem ser comprado, sob a pena de perder a amizade com o doador.
Se alguém oferecer um pedaço de alcaçuz, leve dois, a menos que queira ficar solteiro para o resto da vida. Quando brindar com os amigos, olhe-os nos olhos ou sua vida amorosa será um desastre!
Tem uma simpatia para desfazer a má sorte
Se bater na madeira evita a má sorte em muitos países, na Islândia também é preciso dizer os números 7-9-13 em voz alta, pois trazem um poder especial para afastar, duplamente, o destino ruim.
Viu só como as tradições e hábitos da Islândia nem são estranhos? Trata-se apenas de costumes culturais para os quais devemos estar abertos quando queremos conhecer novos países. E aí, qual costume de outro país você acha curioso?