As 6 línguas mais difíceis para brasileiros aprenderem – Vai encarar?

Idiomas que requerem um pouco mais de dedicação de quem fala português 

A tarefa de aprender um novo idioma sempre requer dedicação, mesmo de quem tem mais facilidade. Porém, algumas realmente são mais desafiadoras. Existem, por exemplo, línguas mais difíceis de aprender para brasileiros. Você já parou para se perguntar por quê?

Os brasileiros têm facilidade de absorver idiomas com raiz no latim, que deu origem à língua portuguesa. Também há a influência da diversidade proporcionada pela presença das línguas dos povos indígenas e a forte presença do inglês, que facilita o aprendizado. 

Entretanto, algumas línguas possuem estrutura gramatical e semântica complexa, especialmente se comparada a nossa. Isso pode fazer com que algumas línguas sejam um pouco mais desafiadoras de aprender, mas não impossíveis. 

Por que algumas línguas são mais difíceis de aprender para brasileiros?

Os critérios observados para responder a essa pergunta estão na origem do idioma, vocabulário, pronúncia e alfabeto. Quanto mais a língua é distante do português, menos semelhanças há em sua estrutura. 

Aí está o motivo pelo qual brasileiros têm maior facilidade para aprender a falar espanhol e italiano, por exemplo. Por outro lado, precisam se esforçar mais nas aulas de alemão e mandarim. E sim, esforço e dedicação contam bastante na missão! 

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Línguas mais difíceis de aprender para brasileiros

Árabe

O árabe é, sem dúvidas, uma das línguas mais difíceis de aprender para brasileiros. São tantos dialetos que, às vezes, nem mesmo os mais de 310 milhões de falantes se entendem entre si. Para começar, temos o árabe clássico, presente no Alcorão, o livro sagrado. 

O idioma é empregado pela emissora de televisão Al-Jazeera. Ainda que seja uniforme em todos os países árabes, nele já podemos encontrar algumas modificações relacionadas à evolução da língua.

Mas, é no árabe coloquial que se encontra a maioria dos dialetos, sendo os da Síria, Norte da África, Egito, Iraque e Arábia Saudita os mais comuns. Outro ponto de dificuldade para os brasileiros está no alfabeto. 

Além dos símbolos, as 28 letras que compõem o sistema alfabético são consoantes. As vogais são representadas pelas letras alif, waw, e ya. O árabe também é lido da direita para a esquerda, mais um desafio para os brasileiros na quinta língua mais falada no mundo. 

Mandarim

A forma mais falada do chinês sai da boca de mais de 900 milhões de pessoas e dá um nó na memória de quem tenta aprendê-la. Primeiro, conta com cerca de 50 mil caracteres no sistema alfabético, mas mesmo quem tem alto nível educacional conhece oito mil deles. 

Se você quiser ler uma notícia básica nos jornais, precisa aprender pelo menos três mil caracteres. As palavras e sílabas com consoantes ou vogais semelhantes, porém com significados distintos, são diferenciadas graças ao uso de quatro tons e um neutro. 

Falantes de língua portuguesa sentem dificuldade em raramente usar artigos definidos e preposições no mandarim. A segunda língua mais falada no mundo pertence à classificação de idioma tonal e as diferentes entonações causam certo estranhamento. 

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Japonês

O japonês é um das línguas mais difíceis de aprender para brasileiros não só pelos ideogramas. Falado por cerca de 127 milhões de nativos, o idioma é composto por dois silabários (Kanji, Hiragana e Katakana), com 46 caracteres cada e, juntos, formam o Kana. 

Na escrita, os textos podem vir tanto no estilo ocidental, ou seja, escritos em linhas horizontais, quanto no formato tradicional. Nele, as linhas vêm em colunas verticais, de cima para baixo, do lado direito para o esquerdo. 

Para facilitar, a gramática não muda há séculos e a estrutura das frases obedece, basicamente, a ordem sujeito + objeto + verbo. Falando em gramática, é preciso atenção no uso dos artigos para indicar perguntas, objetos, movimentos, sujeito e por aí vai. 

Coreano

A língua coreana tem influências dos idiomas japonês e chinês, falado por mais de 82 milhões de pessoas nas duas Coreias, China e Estados Unidos. Ainda que haja pequenas diferenças de grafia e vocabulário, existe uma tentativa de seguir um padrão linguístico. 

O coreano pertence a uma família isolada e utiliza o sistema de escrita Hangul. Nele, 14 consoantes e dez vogais compõem os símbolos cuja combinação gera 11 ditongos e cinco consoantes duplas. 

Mesmo que considerado lógico, o Hangul é de difícil compreensão para os latinos. Isso porque mistura silabário e alfabeto para indicar o som das palavras que, por sua vez, são formadas em blocos. 

Quanto à estrutura gramatical, a ordem das frases nem sempre segue o padrão sujeito + verbo + objeto. Então, a dica é seguir até o final para observar onde estão verbos, tempos e expressões mais relevantes. 

Sujeito e objeto também vêm agregadas às palavras e podem até modificar seu papel na sentença. Complexo, hein?  

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Vietnamita

Ainda que o idioma vietnamita use o alfabeto latino, as semelhanças param por aí. Falado por mais de 70 milhões de pessoas e pertencente à família Mon-khmer, o vocabulário tem mais influências chinesas e tailandesas.

Outra característica é ser um idioma tonal, fazendo com que o significado de uma palavra mude conforme a pronúncia das consoantes e vogais. Por sorte, existem alguns pontos que servem de alento em uma das línguas mais difíceis de aprender para brasileiros. 

Voltando à questão do alfabeto latino, ele vem da colonização francesa e algumas palavras continuam em uso. Também ajuda a estrutura gramatical simples composta, basicamente, pela ordem sujeito + verbo + objeto.  

Russo

A língua oficial da Rússia, Cazaquistão, Quirguistão e Belarus é falada por cerca de 166 milhões de pessoas. O russo pertence à família eslava e não tem semelhança alguma com o português, onde reside uma parte da dificuldade para os brasileiros.

Tudo começa pelo alfabeto cirílico, composto por 10 vogais, 21 consoantes e dois sinais [ь, ъ]. Os 33 caracteres lembram a grafia românica e, deles, os dois sinais sequer têm som. Sua função se relaciona a dar sonoridade às letras. 

Sim, cada letra é passível de ter sonoridade aberta, dura e suave, o que pode inclusive mudar o significado de uma palavra. Ainda, cada verbo tem dois infinitivos, além do que temos seis casos de substantivos: instrumental, acusativo, dativo, genitivo, nominativo e preposicional. 

Ainda que estas estejam entre as línguas mais difíceis de aprender para brasileiros, nada impede que tentemos aprendê-las. Cursos especializados têm ótimas técnicas, além do que a dedicação é um fator-chave para o aprendizado.  

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