Conheça 10 animais fabulosos que vivem na Antártida
Apesar das condições extremas, a natureza resiste em plena abundância.
Pinguins, orcas, elefantes marinhos… estes são apenas alguns dos animais que vivem na Antártida e provam que a natureza resiste a condições extremas. Apesar das baixíssimas temperaturas no continente mais ao sul da Terra, engana-se quem pensa que não há o que conhecer sobre vida selvagem por lá.
A Antártida, ou Polo Sul, é o continente mais meridional com animais adaptados a um ambiente mais hostil. O frio e vento abundantes exigem que as espécies que habitam por lá tenham depósitos de gordura e sistema circulatório especial que possibilitem viver. Afinal, estamos falando de temperaturas extremamente geladas.
Para se ter uma ideia, a andorinha-do-mar ártico precisou evoluir para caçar em águas geldas e, ainda, se defender em terra. Ou seja, ser um animal que vive na Antártida, definitivamente, não é para os fracos! Confira a lista das surpreendentes espécies que habitam a terra no fim do mundo.
10 animais que vivem na Antártida
Orca
Ainda que seja encontrada em oceanos de todo o mundo, as características da orca são especialmente adequadas para as águas geladas da Antártida. A espécie tem uma camada de gordura que mantém o calor enquanto submersa a mais de 123 metros. O fato de nadar em grupo também a ajuda a se manter aquecida.
Estima-se que haja cerca de 100.000 orcas no mundo, divididas em quatro tipos, a maior parte no continente gelado. Muitas se concentram ao redor da Península Antártica e do Mar de Ross.
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Pinguins de Adélia
Os pinguins-de-adélia estão entre os mais numerosos animais que vivem na Antártida. Tanto que podem ser encontrados no continente e nas ilhas. O porte desta espécie é menor que o pinguim imperador e pesa, em média, cinco quilos, além de medir menos de um metro de altura.
Seu ciclo de reprodução vai de novembro a fevereiro, então, você provavelmente verá as colônias grandes e barulhentas, com até meio milhão de pássaros, se viajar para a região nesta época. Os machos começam o processo de reprodução montando o ninho um pouco mais elevado para protegê-lo das inundações.
Assim como os outros pinguins, compartilham com a fêmea os deveres na criação dos filhotes, um igualitarismo de gênero que fascina os cientistas há décadas.
Pinguim Imperador
Maior que o pinguim de Adélia e, também, muito carismático, o pinguim imperador tem hábitos de reprodução únicos. Após botar o ovo, a fêmea passa para o macho incubá-lo e sai em busca de comida. Então, ele faz jejum de até 100 dias enquanto aguarda o retorno da companheira.
O pinguim imperador chega a pesar 30 quilos, sendo caracterizado pelas penas douradas nas laterais da cabeça. Consegue mergulhar até 1.850 metros de profundidade e fica submerso por mais de 20 minutos. Para se aquecer enquanto está na terra, costuma ficar em grupo.
Elefante-Marinho
O elefante-marinho é considerado a maior foca da Terra. Mas, existe uma curiosidade relacionada à diferença de tamanho entre o macho e a fêmea, chamada dimorfismo sexual. Os machos chegam a 13 metros, com peso variando de 1.500 kg a 3.700 kg. As fêmeas, por sua vez, são bem menores, pesando de 600 kg a 800 kg.
A diferença é tão grande que, às vezes, as fêmeas são confundidas com exemplares jovens se vistas ao lado de machos. Os elefantes-marinhos são encontrados em toda a Antártida e são mergulhadores impressionantes. Conseguem ficar submersos por até 20 minutos e passam 90% da vida caçando presas debaixo d’água.
Isso é possível porque seu sistema circulatório desvia o sangue da pele para o cérebro, pulmões e coração, além de que conseguem armazenar sangue com baixo teor de oxigênio. A frequência cardíaca também é reduzida de forma a controlar o oxigênio.
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Krill Antártico
Abundante no continente antártico, em torno de 400 milhões de toneladas nas águas do Polo Sul, o krill é fonte de alimento para as espécies maiores. Logo, o crustáceo transparente, de coloração levemente laranja e olhos pretos, representa um importante elo da cadeia alimentar.
Foca-Leopardo
A foca-leopardo tem esse nome graças às manchas em sua pelagem que lembram o felino. Assim também é sua capacidade de caça, uma vez que é um predador feroz, atacando focas menores, peixes, lulas e pinguins em emboscadas. Grande, pesa entre 300 e 500 quilos, além de medir de 3,5 a 3,8 metros de comprimento.
Seu corpo também é perfeitamente adaptado às condições locais, pois a gordura retém o calor necessário para mantê-lo aquecido. Além disso, os músculos permitem nadar na velocidade de até 38 km/h e mergulhar até 250 metros de profundidade, graças a narinas que fecham para impedir a entrada de água.
Os olhos maximizam a entrada de luz sob a água e a sensibilidade dos bigodes ajuda a sentir o movimento da caça.
Petrel das Neves
O petrel das neves é um dos menores, mas mais bonitos animais da Antártida. Literalmente branco como a neve, tem olhos e bico pretos, aproximadamente o tamanho de um pombo e, mesmo tão pequeno, consegue sobreviver às condições extremas da Antártida. Na verdade, é tão resistente que pode viver até 20 anos.
Por ser tão longevo, sua população é extremamente saudável e estima-se que haja cerca de 4 milhões de petréis da neve na natureza!
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Pinguim-Rei
Os pinguins-rei são também representantes muito queridos dos animais que vivem na Antártida. A segunda maior espécie de pinguins, pesa cerca de 15 kg e também tem penas douradas em volta da cabeça e pescoço. As colônias vivem majoritariamente na Geórgia do Sul, Ilha Macquarie, Ilha do Príncipe Eduardo e Ilha Heard.
Albatroz Gigante
O albatroz-gigante, ou albatroz-errante, tem a maior envergadura de qualquer ave do planeta, indo de 3,1 m a 3,5 m. Também, uma visão impressionante. Geralmente encontrado nas regiões subantárticas, particularmente na Ilha do Príncipe Eduardo e na Geórgia do Sul, quando encontra um companheiro, fica com ele por toda a vida
No entanto, a espécie está em declínio devido ao número de mortes por anzóis de pesca com espinhel.
Andorinha do Ártico
A andorinha do Ártico é uma ave marinha de plumagem branca que voa, nada menos, que 35 mil quilômetros para ir e voltar do Ártico para a Antártida, todos os anos. Isso porque ela precisa explorar a abundância de alimentos, mais precisamente, o krill, que existe nas duas regiões polares.
Incrível a diversidade de animais que vivem na Antártida, não é mesmo? Quer saber mais sobre a fauna de outros ecossistemas? Conheça aqueles que habitam, por exemplo, no nosso Pantanal e veja a importância de preservá-lo!