Os 23 doces típicos da Itália que valem cada escapada da dieta
Muito além da panna cotta e tiramisu, a confeitaria italiana tem doces de sabor inigualável que encerram qualquer refeição com louvor.
Ah, a gastronomia italiana! O país em forma de bota nos presenteia com a inabalável tradição da cozinha através de pratos que atravessam gerações e fronteiras. Massas, vinhos, queijos e outros exemplares fazem conjunto com doces italianos de comer, literalmente, rezando! Afinal, como não encerrar um jantar pleno com um belo tiramisú? Ou, ainda, comer baci di dama no café da tarde?
A confeitaria da Itália tem influências diversas, como árabe, grega e hebraica, heranças que se juntaram em exemplares verdadeiramente divinos! Conheça, a seguir, 23 doces típicos da Itália para sair da dieta con piacere.
Doces Típicos da Itália
Babà al rum
O babà al rum é um tipo de bolo tradicional da cidade de Nápoles. Mesmo que seja considerado como um doce típico italiano, existem diferentes versões para o seu surgimento. Uma delas é de que a receita tenha sido criada por Estanislau I da Polônia durante uma passagem dele pela França. A outra é de que o doce nasceu mesmo foi na Áustria. Qualquer que seja a origem, o babà al rum é uma delícia!
O bolo é assado no forno sob a forma de um cogumelo tendo a massa embebida no rum. Mede de 5 a 7 centímetros e é bem recheado.
Pignoli
No Mediterrâneo, existe um tipo de pinhão chamado pignoli cujas sementes dão origem ao cookie pignoli. A massa do biscoito leva pasta de amêndoas, açúcar e ovo na base, finalizando com as sementes no topo para dar crocância.
Baci di dama
Na cidade de Tortona, na região do Piemonte, foi criada uma receita de biscoito com avelãs ainda no século XVIII. Eram os baci di dama, massa dividida em duas partes e recheada com chocolate. Em outras cidades italianas, a receita foi sendo modificada com a troca de avelãs por amêndoas e, em 1810, Stefano Vercesi mudou o nome dos biscoitos para baci dorati. Mais de um século depois, mais precisamente em 1908, a receita participou de uma feira em Milão, ganhando medalha de ouro como melhor doce na época.
Zeppole
Os zeppole são um tipo de rosquinha tradicional no sul da Itália. A massa é recheada com creme de confeiteiro e pode ser tanto frita quanto assada.
Cannoli siciliani
Uma massa frita em formato de tubo e recheada com creme de ricota. Simples assim! Isso é cannoli siciliani, sobremesa que, como o próprio nome já diz, tem origem siciliana, mais precisamente nas cidades de Palermo e Messina. A receita teria chegado ao país pelas mãos dos árabes e, inicialmente, os doces eram produzidos apenas nas festas de carnaval.
Struffoli
Os gregos são os donos da receita levada para a Itália e popularizada como doce típico do país. A receita leva algumas variações conforme a região onde é preparada, mas a base é praticamente a mesma: farinha, açúcar, fermento, sal, ovo, manteiga e rum, conhaque ou licor.
Cantuccini
Também conhecido como biscoitos de Prato, o cantuccini é típico da Toscana e integra a culinária italiana desde a Idade Média. Assim como outras receitas de sucesso, é disputado por gente de vários países, mas a versão largamente aceita é o nascimento na região de Prato. Os biscoitos são feitos com amêndoas secas no forno e consumidos com café ou vinho tinto.
Torrone
O torrone é um dos doces italianos mais conhecidos no Brasil e, apesar da sua popularidade, o preparo da receita é bastante complexo! Nascida em 1441 na cidade de Cortona, a sobremesa tem como ingredientes principais um mix de nozes, castanhas e marshmallow. Até aí, tudo certo, mas o desafio mesmo é conseguir chegar no formato retangular em homenagem a Torrione, a torre mais alta da cidade.
Cartellate
Muitos países tem doces especialmente confeccionados para festas, como o Natal. Este é o caso do cartellate, um dos símbolos católicos na região de Puglia. São biscoitos de mel e canela produzidos em grande quantidade pelas famílias para que, durante a festa, sejam consumidos. A forma do cartellate representa a coroa de espinhos imposta a Jesus no momento da crucificação.
Zabaglione
O zabaglione é o doce perfeito para quem gosta de sobremesas leves e elegantes. A receita leva apenas gemas, açúcar e vinho marsala, sendo servida em taças.
Cassata siciliana
O nome é árabe, mas ninguém tem muita certeza de onde a cassata siciliana surgiu. O bolo é feito com queijo ricota, pão de ló e frutas cristalizadas. Típico da Sicília, tem receita que só parece simples, mas vai sendo adaptada conforme a região onde é preparada. Por isso, você pode experimentar cassata com pistache, pinhão, canela ou chocolate.
Bomboloni
O bomboloni é mais um doce muito popular na Itália e é bem parecido com os donuts americanos, mas sem o furinho no meio. O recheio pode ser feito com creme de confeiteiro ou chocolate.
Castagnaccio
Castagnaccio, migliaccio, baldinho, castignà e ghirighio. Os nomes dessa torta são vários por ser preparada em diversas regiões da Itália, como Toscana, Lazio, Piemonte e Umbria. Mas, a receita é, basicamente, uma só e tem farinha de castanhas como base.
Brutti ma buoni
O biscoito de avelã é rústico e crocante, levando ainda amêndoas e chocolate. Dependendo da região onde for consumido, o brutti ma buoni pode ter também pistache em sua receita.
Crostata di ricotta romana
A crostata di ricotta romana tem origens incertas, mas os italianos concedem aos hebreus a autoria da receita. A história conta que o povo hebreu escondia o queijo dos papas que os controlavam durante o comércio de leite e derivados. Para isso, o colocavam no meio da massa. Independente das circunstâncias, a crostata di ricotta romana difere das demais crostatas por ser recheada com ricota, e não frutas.
Frittelle al mascarpone
O chef napolitano Antonio Cannavacciuolo é o responsável pela criação do frittelle al mascarpone, um tipo de pequeno bolinho de chuva feito com farinha, açúcar, uvas passas, ovo, limão siciliano e óleo. O doce é comumente servido em festas sociais e de famílias.
Gelato al fiordilatte
Todo mundo sabe que os sorvetes italianos são como patrimônio mundial da gastronomia! A primeira gelateria foi aberta no final do século XVIII por Filippo Lenzi, ou seja, o doce tem bastante história! Mas, o gelato al fiordilatte é um dos sabores mais tradicionais e nasceu ainda em 1948.
Lingue dolci friulane
A região de Friuli é o berço do lingue dolci friulane, um tipo de biscoito no formato de uma língua. Feito com farinha, manteiga, água de flor de laranja, açúcar, água e sal, tem como segredo colocar as medidas na receita. Para tornar a experiência degustativa ainda mais expressiva, nada melhor do que servir os biscoitos acompanhados de um bom cafezinho.
Pastiera napolitana
No século XVI, um grupo de pescadores napolitanos acabou preso na embarcação por um dia e uma noite inteiros devido ao mau tempo. Passados os momentos difíceis, conseguiu retornar a terra jurando ter arranjado forças ao comer “pasta de ontem”. Nascia, aí, a receita da pastiera napolitana, cuja base está na ricota e ovo. O doce acabou se tornando típico das festas pascoalinas e é bastante parecido com crostata, além de levar bastante ricota no seu preparo.
Pinza bolognese
Mais um doce típico natalino, o pinza bolognese teve sua receita oficial registrada pela primeira vez em 1664, aparecendo nas páginas de um livro chamado “A economia do cidadão da pequena cidade”, de Vincenzo Tanara. Originado na Bolonha, tem como maior segredo a mostarda bolognese e, apesar de ser preparado no Natal, pode ser encontrado o ano todo.
Seadas
A seada é um doce originário da Sardenha com formato bem parecido com pastel. A receita leva farinha de sêmola de grão duro, farinha tipo 00, mel de laranja e queijo de pécora doce.
Panna cotta
A tradicional panna cotta é feita de creme cozido de nata, gelatina, especiarias, açúcar e saborizado com baunilha. Apesar de parecer simples, o preparo da receita exige cuidado para que a textura fique bem delicada. Leve, a panna cotta pode ser consumida com compotas, frutas e caldas.
Tiramisu
Claro que a sumidade dos doces não ficaria de fora da lista! O tiramisu foi criado na cidade de Treviso após a Segunda Guerra Mundial, sendo servido pela primeira vez no restaurante “Da Alfredo”. O doce atravessou fronteiras e chegou a praticamente todos os países do mundo! Na receita, biscoitos champagne molhados no café e queijo mascarpone.