Como o calor excessivo pode impactar seu voo? Entenda as consequências!

Está mais do que claro que estamos vivendo dias muito mais quentes do que o normal. Segundo o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus da União Europeia, 2023 pode ter sido o ano com a maior temperatura já registrada nos últimos 125 mil anos. Infelizmente, parece que vamos conquistar esse feito.

À medida que as temperaturas globais aumentam, a aviação civil se depara com um novo desafio: decolar em condições climáticas adversas. O aumento das temperaturas tem gerado obstáculos que não podem ser ignorados nos procedimentos de decolagem em vários aeroportos, de acordo com relatos de especialistas.

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Entenda como funciona a decolagem de um avião e por que ele não pode decolar em altas temperaturas

Paul Williams, professor de ciência atmosférica da Universidade de Reading, no Reino Unido, ressalta a complexidade que as aeronaves enfrentam ao decolar. O desafio fundamental reside no peso das aeronaves, já que, para superar a gravidade, os aviões precisam gerar sustentação por meio da atmosfera.

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Um fator extremamente importante para essa sustentação é a temperatura do ar. À medida que o ar aquece, ele se expande, reduzindo o número de moléculas disponíveis para sustentar a aeronave durante a decolagem.

Nesse cenário, são adotadas medidas estratégicas para garantir a segurança dos voos em condições climáticas desfavoráveis:

1. Uso de uma pista mais longa para a decolagem: Ampliação do espaço disponível para a aeronave ganhar velocidade e sustentação.
2. Redução de carga: Diminuição do peso da aeronave ao remover carga, facilitando a decolagem no espaço disponível.
3. Ajuste na quantidade de combustível: Redução da quantidade de combustível, dentro dos limites seguros para o voo, para aliviar o peso da aeronave.
4. Reorganização de passageiros: Em casos de extrema necessidade, retirar passageiros para reduzir o peso da aeronave.
5. Adiamento ou cancelamento do voo: Aguardar condições climáticas mais favoráveis para garantir uma decolagem segura.

No Brasil, as principais companhias aéreas afirmam não ter enfrentado problemas significativos devido à onda de calor. A Gol, por exemplo, esclarece que, dada a natureza dinâmica das variações de temperatura ao longo do dia, cada voo é analisado para garantir condições seguras de decolagem até o momento do embarque.