Você sabe o motivo de quase não existir roxo em bandeiras de países? Entenda o porquê!

Do luxo ao cotidiano. Saiba o motivo da cor roxa não ser usada em bandeiras de países e como ela surgiu na história

Houve um tempo em que ter uma peça de roupa roxa era sinal de ser uma pessoa muito rica. A cor roxa, coletada dos caramujos Murex, era tão valiosa que valia seu peso em ouro. Somente os nobres podiam se dar ao luxo. Mas isso mudou em 1856, quando um químico britânico, tentando criar uma droga para a malária, produziu acidentalmente o primeiro corante roxo sintético.

Você sabe o motivo das bandeiras dos países não terem a cor roxa?

A púrpura tíria, chamada assim por sua origem em Tiro, era tão valiosa que apenas o imperador romano podia usá-la em tempos de crise econômica. Seu processo de obtenção, que envolvia a extração de glândulas de moluscos, requeria milhares deles e mergulhadores para coletar. Esse luxo histórico tornou o roxo símbolo de realeza por séculos.

LEIA MAIS: Quatro descobertas arqueológicas de causar frio na espinha

Apesar da popularização do roxo sintético no século XIX, a maioria das bandeiras nacionais já estava estabelecida. Bandeiras como as de Dominica e Nicarágua adotaram a cor, mas de forma discreta, preservando a tradição de símbolos já estabelecidos.

Então, por que o roxo é tão raro nas bandeiras?

A história das bandeiras nacionais é rica em simbolismo. Cada país escolhe cores e elementos que representem sua identidade. O verde do Brasil simboliza suas matas, enquanto o azul e amarelo refletem os rios e riquezas. Moçambique tem uma AK-47 na bandeira, o Butão um dragão, e a Arábia Saudita uma espada.

LEIA MAIS: E se um avião precisar pousar durante o voo no meio do Oceano? Entenda o que acontece!

Porém, o roxo, mesmo reconhecido como cor de status, raramente se fez presente. Antes da descoberta do roxo sintético, obter a cor era um processo extremamente caro e complexo. Isso o transformou em sinônimo de exclusividade, associado à realeza e à alta classe.

Como eu disse anteriormente, William Perkin, ao criar acidentalmente o corante roxo sintético, democratizou a cor, mas já era tarde para muitos países mudarem seus símbolos. A Dominica, em 1978, e a Nicarágua incluíram o roxo em suas bandeiras, porém discretamente. Entidades como a Igreja Apostólica Armênia, as Brigadas Internacionais e cidades como Montreal e Madrid também o adotaram.

Você pode gostar também