Buraco na Camada de Ozônio ainda está aumentando, dizem cientistas – Entenda!
Novos estudos revelam agravamento inesperado na Antártida e desafios climáticos
Cientistas da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, descobriram que o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida está crescendo, ao contrário do que se pensava anteriormente. Esse aumento não é mais causado apenas pela liberação de clorofluorocarbonos (CFCs), mas também pelas mudanças climáticas, um aspecto não considerado anteriormente.
Apesar do Protocolo de Montreal de 1987, que proibiu o uso de CFCs, esperava-se que a camada de ozônio se recuperasse até 2066. No entanto, essa recuperação pode não ocorrer.
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Pesquisas recentes revelam tendências preocupantes
Os pesquisadores neozelandeses, por meio de um estudo publicado na revista Nature Communications, examinaram o buraco na camada de ozônio sobre a Antártida, observando as concentrações de ozônio de 2004 a 2022.
Eles descobriram que, atualmente, há menos ozônio do que há 19 anos, indicando que a camada de ozônio está se deteriorando. O buraco está agora maior e mais profundo durante a primavera.
A situação piorou apesar das medidas anteriores
Contrariando as expectativas anteriores, o buraco na camada de ozônio está entre os maiores já registrados nos últimos três anos, conforme explicado por Hannah Kessenich, a principal autora do estudo.
Em outubro deste ano, o buraco quase dobrou o tamanho da Antártida. Além dos CFCs, que ainda não foram completamente banidos, as mudanças climáticas, resultantes da atividade humana, estão impedindo a recuperação da camada de ozônio.
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Efeitos no Hemisfério Sul
O aumento do buraco na camada de ozônio pode desestabilizar o equilíbrio da atmosfera, especialmente no Hemisfério Sul, área mais afetada. Kessenich explica que a redução de ozônio pode causar níveis extremamente altos de raios ultravioleta (UV) na superfície da Antártida.
Isso também pode influenciar como o calor é armazenado na atmosfera. A cientista sugere que os recentes incêndios florestais e ciclones na Austrália e na Nova Zelândia podem ter sido intensificados pelo aumento do buraco na camada de ozônio.