Peixe amazônico intriga cientistas ao ser encontrado em lago da Irlanda – Entenda o caso

Achado de um peixe brasileiro na Irlanda - Entenda o caso!

Recentemente, autoridades e cientistas irlandeses foram surpreendidos pela descoberta de um peixe Pacu, nativo da Amazônia, em um lago no interior da Irlanda.

Este evento peculiar levantou diversas questões e preocupações sobre como esse exemplar da fauna amazônica chegou até um lago tão distante de seu habitat natural. Entenda o que se sabe até o momento!

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O achado misterioso

O peixe, pesando aproximadamente 2 quilos, foi encontrado por Steve Clinch, um empresário de 68 anos, conhecido pescador e dono de uma pousada de pesca local.

Segundo Clinch, o Pacu foi avistado sem vida às margens do Lago Garadice, situado a 140 quilômetros de Dublin. Este achado deixou intrigados os locais e também as autoridades responsáveis pela conservação dos recursos hídricos da região.

O Instituto responsável pela gestão e conservação dos recursos de água doce e pesca na Irlanda, conhecido como Inland Fisheries Ireland, iniciou uma investigação minuciosa sobre o caso.

O exemplar do peixe Pacu foi encaminhado para análise em laboratório, a fim de determinar suas origens e possíveis impactos ambientais decorrentes de sua presença no ecossistema local.

Embora as autoridades ainda não tenham informações definitivas sobre como o peixe chegou ao lago Garadice, especula-se que ele tenha sido liberado de um tanque particular de peixes.

Em contrapartida, segundo o Ibama, não houve exportação de peixes da espécie partindo do Brasil para a Irlanda nos últimos 12 meses, o que torna a descoberta mais misteriosa.

Vale ressaltar ainda que, por enquanto, foi encontrado apenas um exemplar morto do peixe Pacu, não indicando a existência de uma população estabelecida da espécie no lago.

Os riscos da introdução de espécies não nativas

A introdução de espécies não nativas em ecossistemas pode desencadear uma série de problemas ambientais e ecológicos.

No caso do Pacu na Irlanda, a presença desse peixe amazônico pode representar uma ameaça à biodiversidade e ao equilíbrio dos ecossistemas aquáticos locais, e assim como os órgãos brasileiros se preocupam com essa questão, órgãos da Irlanda também estão interessados na pauta.

Peixes não nativos têm o potencial de competir com as espécies nativas por recursos como alimentos, podendo levar à redução das populações de espécies locais e à alteração das cadeias alimentares.

Além disso, esses peixes podem introduzir doenças ou parasitas aos quais as espécies daquele espaço não estão adaptadas, e isso pode ter impactos econômicos negativos, especialmente nas atividades de pesca comercial, aquicultura e turismo relacionado à pesca, podendo até levar a problemas de saúde, na pior das hipóteses.

Regulamentação e conscientização ambiental

Na Irlanda, a criação de peixes não nativos é regulamentada por leis específicas, visando proteger os ecossistemas aquáticos e a biodiversidade local.

Embora não haja uma proibição absoluta da criação de peixes não nativos, as autoridades irlandesas adotam medidas para controlar o cultivo de espécies diversas.

No Brasil, o Ibama é o órgão responsável por regular e emitir autorizações para a exportação de espécies nativas de peixes. Assim, a exportação de peixes é regulamentada pela Portaria nº 102 de 2022, que estabelece requisitos para a exportação e importação de peixes de águas continentais, marinhas e estuarinas, com finalidade ornamental e de aquariofilia.

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O peixe Pacu: origens e características

O Pacu é um peixe natural dos rios Paraná, Paraguai e Uruguai, sendo comumente encontrado no pantanal Matogrossense, na Bacia da Prata e nos rios da Amazônia. Conhecido por sua carne de qualidade e dieta variada, o Pacu é considerado um peixe onívoro, alimentando-se de sementes, frutos, algas e até mesmo peixes menores em algumas ocasiões.

Sua presença em ecossistemas aquáticos é fundamental para o equilíbrio ecológico, porém, quando introduzido em ambientes não naturais, pode desencadear consequências prejudiciais para a fauna e flora local, como explicado anteriormente.

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