Conheça o país que pulou o dia 30 de dezembro para adiantar o Ano Novo
Em algum lugar no Pacífico, Samoa deixou de lado o dia 30 de dezembro e deu um salto temporal direto para o dia 31. Mas como isso aconteceu e por que riscar um dia do calendário? Vamos entender essa curiosa mudança!
Há algo de curioso em virar a página do calendário e descobrir que um dia simplesmente desapareceu. Em 29 de dezembro de 2011, Samoa fez exatamente isso. Decidiu dar um passo para o futuro, pulando o dia 30 de dezembro e, sem mais delongas, acordou diretamente no dia 31. Não se trata de uma magia de Ano Novo, mas de uma decisão ousada para facilitar a vida comercial.
Conheça Samoa, o país que excluiu o dia 30 de dezembro do calendário
O motivo? Negócios. Samoa queria se alinhar melhor com seus principais parceiros comerciais, Austrália e Nova Zelândia. Antes da mudança, o país estava 20 horas atrás da Austrália e 23 horas atrás da Nova Zelândia. A solução? Pular um dia e acordar 3 horas atrás da Austrália e apenas 1 hora atrás da Nova Zelândia.
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Essa atitude, embora necessária para o comércio, gerou controvérsias. Alguns samoanos não acharam uma boa ideia a perda do dia 30 de dezembro, mas o governo aprovou a mudança, marcando um novo capítulo na história temporal do país insular. Antes da mudança, Samoa era famosa por ser o último país a entrar no Ano Novo. Com a decisão, deu um salto considerável e agora divide o pódio com o Kiribati, outro país insular, como os primeiros a saudar o novo ano.
A Linha Internacional da Data, uma fronteira imaginária no meio do Pacífico, costumava posicionar Samoa como o último país antes de um novo dia. Com a mudança de fuso horário, a ilha não só deixou de ser a última a celebrar o Ano Novo, mas se tornou uma das primeiras.
A ideia não foi bem aceita por todos os habitantes do país
O setor de turismo da ilha, entretanto, não aplaudiu a medida. Ser o último país a ver o pôr do sol tinha um charme romântico, mas a mudança cortou esse título. Reclamações sobre panfletos a serem refeitos e a perda do “último pôr do sol do ano” foram ouvidas, mas alguns empresários resolveram vender a ideia de um “réveillon de 48 horas”. Afinal, a vizinha Samoa Americana continuava do outro lado da Linha da Data.
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O então primeiro-ministro de Samoa, Tuilaepa Sailele Malielegaoi, explicou a decisão em 2011, afirmando que o país estava perdendo dois dias úteis por semana em negócios com Austrália e Nova Zelândia. A mudança, além de econômica, foi uma jogada estratégica para alinhar Samoa com as nações vizinhas.
Em 1962, Samoa conquistou a independência, tornando-se o primeiro país insular do Pacífico a alcançar essa conquista. Até 1997, chamava-se Samoa Ocidental, mas depois optou por simplificar o nome. As ilhas principais, Upolu e Savai’i, abrigam 99% da população, enquanto o país consiste em oito pequenas ilhas.