Por que as redes sociais nos deixam tristes? – E porque não precisa ser assim!

É perceptível que as mídias sociais possuem uma forte influência nas pessoas no mundo contemporâneo. Entenda o que está ocorrendo!

Nas últimas três décadas, no mínimo, o modo como a sociedade passou a interagir com as tecnologias mudou completamente, da escala macro a micro. Em tese, a cada instante que passa, os seres humanos tornam-se mais dependentes da tecnologia para fazer basicamente tudo. Hoje, existem carros que dirigem sozinho, acesso quase que irrestrito a qualquer tipo de informação. Além disso, outro fator dessa realidade que beira a distopia é as próprias redes sociais.

Pode-se perceber que as redes sociais possuem uma grande influência no modo como os sujeitos compreendem a própria existência e a constituição do “eu”. Em síntese, existe uma movimentação dialética nas redes sociais na qual, a mesma plataforma que pode fazer alguns sentirem-se mais conectados com o mundo e com outros sujeitos, também, pode afetar negativamente outro indivíduo por acreditar que a vida que leva não é a ideal.

Na realidade, nas redes sociais, existe um glamour referente ao modo de viver-se que dita os padrões atuais, padrão esse que não se encaixa em grande parcela da população.

Saiba um pouco mais sobre por que as redes sociais nos deixam tristes.

Estudos da área

Recentemente, Amanda Baughan, uma estudante de pós-graduação especializada na interação homem-computador, um subcampo das ciências da computação, na Universidade de Washington, tratou sobre o assunto e os resultados de seu estudo foram discutidos brevemente na revista Scientific American.

Na Conferência de Interação Homem-Computador (CHI) da Association for Computing Machinery (CHI) de 2022, em maio, Amanda apresentou algumas descobertas que podem ajudar diretamente as pessoas a compreenderem melhor sua própria existência e as interações com essas plataformas, que foram projetadas para esse propósito: vender.

A apresentação das mídias sociais podem melhorar o bem-estar das pessoas?

De acordo com o estudo de Amanda, o design das mídias sociais podem sim interferir no modo como as pessoas interagem entre si e também, como se sentem em relação à experiência online em uma determinada plataforma.

Na realidade, segundo ela, um design de mídia social pode efetivamente ajudar as pessoas a sentirem-se mais solidárias, e amorosas nos momentos de conflito que ocorrem na rede, desde que os desenvolvedores deem um empurrãozinho para isso ocorrer.

De acordo com o estudo de Amanda, pôde-se perceber que as pessoas que começavam a discutir em público, geralmente, gostavam dos resultados de partir para a esfera privada para terminar a discussão e chegar em uma conclusão. O que, em tese, poderia ser proporcionado pelas plataformas.

O que significa a dissociação em relação às redes sociais?

Em tese, o termo dissociação é um processo psicológico que pode ocorrer de distintas formas. Na dissociação mais comum e presente no dia-a-dia, a mente das pessoas encontra-se tão absorvida que geralmente elas ficam desconectadas de suas ações.

De acordo com os estudos de Amanda, a dissociação pode ser tanto boa quanto prejudicial. Ela ocorre, geralmente, quando as pessoas acabam ficando totalmente imersas em algum movimento, como, por exemplo, rodar o feed do TikTok e quando percebem, a olhar para o relógio, que já se passaram horas.

Essa situação cria uma sensação de tristeza, desapontamento e desgosto nos usuários que percebem-se perdendo horas valiosas dos seus dias em atividades que consideram sem sentido, improdutivo ou viciante.

Nesse caso, a dissociação está ocorrendo com o mundo real, o que não é positivo para o sujeito. No entanto, existem medidas certas para utilizar desse conceito, o que não é o caso do uso excessivo das redes sociais.

O que é necessário saber sobre as mídias sociais?

De acordo com a pesquisa, a pesquisadora aponta que não é necessário ter vergonha de passar horas nas redes sociais consumindo conteúdo, visto que milhares de pessoas são empregadas para que isso efetivamente ocorra.

É necessário estar ciente, no entanto, que, quando você não paga por um produto, automaticamente, você acaba tornando-se o produto e é isso que os aplicativos fazem. Proporcionam experiências viciantes para realmente vender diversos produtos.

É fundamental, portanto, entender essa dinâmica para poder romper com ela. Sem compreender o alicerce da problemática, é extremamente difícil colocar-se no lugar de observação e não de atuação.


Com informações da Scientific American.

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