A ideia de adquirir uma casa na Itália por mero 1 euro já não é mais uma novidade. Começou em Gangi, na Sicília, e logo se expandiu para mais de 20 outras vilas em todo o país. O objetivo é simples: revitalizar áreas abandonadas e atrair novos moradores, muitos deles estrangeiros em busca de uma mudança de vida.
No entanto, nem tudo é tão simples e problemas se escondem por trás do baixo valor das residências.
O exemplo de uma vila italiana
Acontece que nem todas as vilas obtêm sucesso com essa iniciativa. Patrica, uma vila medieval ao sul de Roma, está enfrentando sérias dificuldades. Com mais de 40 propriedades desocupadas desde o século passado, a cidade luta para encontrar compradores, mesmo com o valor simbólico de 1 euro.
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O maior obstáculo é lidar com os proprietários originais ou seus herdeiros. Na Itália, as propriedades frequentemente são compartilhadas entre vários membros da família, o que torna o processo de venda complexo e demorado. Além disso, muitos desses herdeiros residem no exterior, dificultando ainda mais a comunicação e a resolução dos problemas.
O estado das residências deixa a desejar
Outro desafio é o estado das casas. Muitas delas estão em ruínas, exigindo grandes reformas e um alto investimento. Algumas sequer possuem infraestrutura básica, como encanamento e eletricidade. Os custos totais podem ultrapassar dezenas de milhares de euros, apesar do valor inicial de 1 euro.
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Mussomeli é uma oportunidade com custos extras
Mussomeli, na Sicília, é uma das cidades que disponibiliza casas por 1 euro. Apesar da oportunidade tentadora, os compradores precisam estar cientes dos custos adicionais, como uma caução de 5 mil euros e despesas burocráticas. Ademais, quem fizer a aquisição tem a obrigação de restaurar as residências em até 3 anos.
Ainda que a ideia de comprar uma casa na Itália por 1 euro possa parecer um sonho, a realidade mostra ser muito mais complexa. Os compradores enfrentam uma série de desafios, desde lidar com heranças até encarar o precário estado das propriedades.