Petra é uma cidade antiga localizada entre o Mar Morto e o Mar Vermelho, além de uma das atrações famosas mais famosas da Jordânia. O popular sítio arqueológico foi cenário de novela global e filmes de Hollywood.
Entre suas construções de pedra, guarda muitas histórias e curiosidades. Ainda que seja uma das Novas 7 Maravilhas do Mundo, chamar Petra de maravilha é um eufemismo grosseiro, uma vez que a cidade cor de rosa esculpida na face de um penhasco é uma obra-prima da engenharia e habilidade ancestrais.
O drama vivido pela modelo Luciana, na novela Amor à Vida, teve início após uma viagem à Petra. Os fãs de Indiana Jones, com toda a certeza, se lembram da derradeira cena de “Última Cruzada”. Nela, o protagonista e seu filho tropeçam na cidade perdida de Petra, o formidável e misterioso local de descanso do Santo Graal.
O nome “Cidade Rosa” se dá em razão da cor das pedras de suas paredes. Também é conhecida como Cidade Perdida, pois permaneceu desconhecida até ser encontrada em 1812, por John Lewis Burckhardt
Feliz dia, pois desde então, o mundo foi presenteado com o destino turístico perfeito para quem deseja vivenciar a experiência de uma cidade perdida. A beleza do lugar é tanta que a UNESCO descreveu a cidade histórica e arqueológica como “uma das propriedades culturais mais preciosas do patrimônio cultural do homem”. Para saber mais, conheça a história, fatos e curiosidades sobre Petra, na Jordânia.
História de Petra
Petra é uma enorme cidade de tumbas, monumentos e estruturas sagradas localizada no Reino da Jordânia. Seu nome é derivado do grego “Petros”, que significa “rochas”. A alcunha, aliás, não é à toa. A cidade está esculpida na rocha, além de ser cercada por montanhas e passagens.
Acredita-se que Petra foi fundada em 312 aC, tornando-a uma das cidades mais antigas do mundo. Foi a capital dos nabateus, antigos povos árabes do sul que chegaram à Jordânia por volta do século 6 aC.
Eles foram essencialmente os criadores de uma das civilizações pré-históricas mais extraordinárias. Os nabateus, conforme estudos europeus, a construíram para rastrear os movimentos astronômicos do sol. Como muitos povos da época, eles adoravam o astro como fonte de luz e vida, de modo que toda essa reverência é muito bem refletida no design de Petra. Tanto que muitos dos espaços mais sagrados foram construídos com o objetivo de alinhar aos padrões solares, incluindo solstícios.
O projeto permite que pesquisadores modernos avaliem a importância da cidade para os nabateus. Entretanto, seu formato sinuoso, a exemplo do desfiladeiro As-Siq, no lado leste, serviu de defesa contra invasores.
A queda e redescoberta de Petra
Metrópole próspera, como veremos adiante, foi praticamente destruída por um grande terremoto em 363 d.C, encerrando seu reinado como um rico centro comercial. Após o desastre, muitos moradores deixaram a área e a cidade foi perdida com o passar do tempo.
Permaneceu perdida por séculos, até que, durante uma expedição, o pesquisador e explorador suíco Johann Ludwig Burckhardt, nos idos de 1812.
A metrópole Petra e sua estrutura
O apelido de Cidade Rosa vem das colinas de arenito de cor rosa-vermelha. Mencionada na Bíblia como “a fenda na rocha”, a cidade foi importante entroncamento para as rotas de comércio de seda e especiarias. Foi também a capital da província bizantina de Palestina III e, assim, uma das metrópoles mais antigas do mundo.
Quando falamos metrópoles, realmente mencionamos uma cidade populosa para os padrões da época. Nabateu ou Petra chegou a abrigar 20 mil habitantes. Porém, a estrutura era capaz de acomodar 30 mil pessoas, tendo em vista que havia água suficiente para o abastecimento. Um grande feito, considerando que a localização no deserto indica a criatividade para levar água e outros recursos até a cidade. Talvez, tanta abundância tenha origens sagradas.
De acordo com a Bíblia, Moisés tirou água de uma pedra em Wadi Musa, ou Vale de Moisés. O abastecimento de água de Petra foi derivado deste local, que, de acordo com a tradição bíblica, continuou a jorrar água após o ato milagroso de Moisés.
Embora a cidade tenha sido construída pelos nabateus, outras edificações foram somadas ao território conforme povos foram chegando. Os cruzados, por exemplo, construíram o castelo de Kerak e os fortes de Al-Karak em Petra.
Muitas igrejas também foram escavadas dentro e ao redor de Petra desde a Era Bizantina. Em razão da sua estrutura de importância histórica, Petra foi confirmada como Patrimônio Mundial da UNESCO em 1985. A organização ainda descreveu a cidade como uma das “propriedades tradicionais mais caras do patrimônio tradicional do homem” devido à sua funcionalidade, preservação e arquitetura.
Fatos sobre Petra
➜ A área circundante de Petra possui um parque arqueológico que ocupa 265 metros quadrados.
➜ Petra possui um teatro, o Petra Theatre, que acomoda entre 5.000 a 8.000 pessoas. O espaço foi construído em estilo helenístico no ano de 106 DC.
➜ Automóveis são proibidos na cidade de Petra, mas burros, carruagens de cavalos e camelos são permitidos.
➜ Cerca de 8 milhões de turistas visitam a Jordânia anualmente.
➜ A tribo B’doul afirma poder traçar sua linhagem até os nabateus originais. Alguns membros ainda vivem dentro e ao redor dos restos de Petra. Hoje, muitos deles e outras tribos beduínas trabalham como guias turísticos.
➜ Embora os arquitetos de Petra não fossem cristãos, a proximidade da cidade antiga com Wadi Musa a torna um local de peregrinação intrigante para os cristãos.
➜ Petra é sufocante no verão, então planeje a viagem para o final da primavera ou início do outono.
➜ Traga bastante protetor solar, água e sapatos confortáveis, além de um lenço para cobrir os ombros ao acessar áreas sagradas.
➜ Para entrar em Petra, é necessário passar por um desfiladeiro estreito chamado Siq, que tem cerca de 1km de extensão.
➜ É delimitada por penhascos de cada lado com cerca de 8 metros de altura.
Curiosidades sobre Petra
Petra é, de fato, um dos lugares mais mágicos do mundo, graças à história, fatos e curiosidades. Certamente, é um destino que deve configurar em sua lista de desejos.