Governo japonês quer que japoneses saiam de Tóquio; entenda a razão!
O incentivo que o governo oferece para as famílias desocuparem a capital irá aumentar em abril deste ano.
O governo do Japão quer diminuir a quantidade de pessoas em Tóquio. Por isso, decidiu adotar uma política de redistribuição populacional. Nesse sentido, o governo japonês passou a enviar um incentivo monetário para algumas famílias saírem de Tóquio e viverem em províncias menos populosas. Confira mais detalhes a seguir.
Por que o governo realiza essa medida?
Primeiramente, é importante esclarecer que o governo japonês já fornece um auxílio para famílias de baixa renda se realocarem de Tóquio. No entanto, a partir de abril, o valor terá um aumento: de 300 mil para 1 milhão de ienes, o que equivalerá a cerca de 39 mil reais.
O incentivo acontece por dois motivos. O primeiro é que o governo japonês quer reduzir a alta densidade populacional na região metropolitana de Tóquio. Ela compreende as 23 divisões da capital e três cidades em volta: Kanagawa, Chiba e Saitama.
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Essa região abriga cerca de um quarto da população total do país, sendo de 37 milhões de pessoas. Apesar de uma queda desde 2020, em função da pandemia de COVID-19, a população ainda é alta na capital. E o perfil mais crescente é o de pessoas jovens entre 18 e 35 anos.
Isso leva ao segundo motivo. Estudos comprovam que a população japonesa está envelhecendo, razão pela qual o país tem uma das maiores taxas de previdência social do mundo. Esse envelhecimento é suficiente para o governo querer revitalizar as províncias menos populosas com a iniciativa.
Muitas regiões japonesas sofrem com o despovoamento e acabam concentrando uma margem grande de população idosa. O país já apresenta alguns vilarejos maciçamente abandonados.
O que impede o sucesso do incentivo?
A quantia parece atrativa aos nossos olhos, mas o incentivo não é popular. Apenas cerca de 24 mil pessoas aderiram, uma amostra pequena em uma população de 37 milhões.
Isso se dá primeiro pelas exigências trabalhosas. O incentivo prevê que as famílias tenham um membro trabalhando ou em vias disso, o que não se faz tão facilmente. Além disso, obriga as famílias a morarem no mesmo lar por no mínimo cinco anos. Inclusive, caso uma das determinações não seja cumprida, o valor deverá ser devolvido em espécie.
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