Como ir para o Jalapão, as Dunas no Leste do Tocantins?

Destino cada vez mais procurado por brasileiros em busca de aventura, o Jalapão mistura dunas, capim dourado, cachoeiras e rios de água cristalina

Cerrado, dunas a perder de vista, capim dourado que produz artesanato que parece feito com ouro, cachoeira e água cristalina vertendo dos rios. Tudo isso em uma terra quente onde o sol se põe inclemente. Este é o Jalapão, situado a 300km de Palmas, capital do Tocantins. Confira, a partir de agora, maiores informações e como ir para o Jalapão, destino cada vez mais procurado pelos amantes do turismo de aventura. 

Primeiro, onde fica o Jalapão? A região está localizada a leste do Tocantins e é composta por vários municípios, como Ponte Alta do Tocantins, Novo Acordo, Mateiros (ponto de partida para a maior parte das atrações) e São Félix do Tocantins. As duas últimas cidades estão mais próximas da maioria das atividades presentes no Parque Estadual do Jalapão, mas todas culminam na capital. 

Como ir para o Jalapão?

Não há aeroportos comerciais no Jalapão, de modo que a única forma de ir até lá é por vias terrestres, preferencialmente em veículos 4×4. O ponto de chegada é Palmas, a capital do estado, distante 300 km da região. A capital recebe voos diretos de Goiânia, Brasília e São Paulo, logo, se você vem de outras cidades, precisará fazer conexões. Também é possível chegar à capital tocantinense de ônibus ou carro. 

Saindo da capital, o turista segue para Ponte Alta do Tocantins, que é a cidade até onde a estrada ainda é asfaltada. A principal via de acesso é a TO-030 até Santa Tereza do Tocantins e, depois, a TO-130 até Ponte Alta. A partir dali, o trajeto é feito em estrada de terra ou areia, daí a necessidade de um veículo com tração. Quem preferir ir até Mateiros deve pegar a TO-255. 

A estrada até o Jalapão é desafiadora, por isso, exige atenção redobrada, principalmente de motoristas inexperientes. Como as estradas são difíceis, é muito fácil atolar, mesmo em períodos de seca (maio a setembro), quando o terreno fica mais fofo. Logo, ao contrário de boa parte dos destinos, o período ideal para visitar a região é durante as chuvas, devido à compactação e circulação de areia. Mas, o veículo 4×4 é indispensável. 

Prepare-se para enfrentar estradas de terra, que vão exigir uma certa experiência da pessoa em trajetos desse tipo

Além disso, as vias são mal sinalizadas, muitos atrativos não são identificados nem aparecem nos aplicativos de direção, como Google Maps. Aliás, esqueça ter sinal de celular o tempo todo na região, o que dificulta o acesso aos mapas. O ideal é levar um impresso e, em caso de problemas, o jeito é esperar moradores ou guias experientes para socorro, ocorrências bastante comuns. 

Se ficar inseguro, vale contratar os serviços de transfer oferecidos por agências de turismo que, também, executam tour pela região, o que evita problemas. As empresas fazem os passeios em caminhonetes, caminhões do tipo safári ou SUV (opção mais confortável por ter menor impacto nas estradas irregulares). As caminhonetes são mais desconfortáveis para os passageiros do banco traseiro. 

Transporte 4×4 utilizado em expedições pelo Jalapão

O caminhão é o mais desconfortável, tanto pelo impacto nas estradas quanto por não oferecer ar condicionado e seguir com as janelas sempre abertas. Para compensar, o modelo oferece bancos no andar superior, dando a oportunidade de viajar a céu aberto. 

O tour com caminhão oferece a oportunidade de você viajar em cima do caminhão, com visão em 360°

Dicas importantes

  • as distâncias tornam-se “maiores” quando feitas em estrada de terra ou areia, portanto, não as compare com o realizado no asfalto
  • alguns deslocamentos podem levar até três horas, por isso, programe-se para não chegar atrasado em atrações, como pôr do sol nas Dunas do Parque do Jalapão
  • não deixe para alugar o 4×4 de última hora em Palmas, pois a oferta é pequena, especialmente aos finais de semana e feriados

O que fazer no Jalapão?

As principais cidades de apoio da região são Ponte Alta do Tocantins, Mateiros e São Félix do Tocantins, cujo roteiro circular começa e termina em Palmas. As atrações turísticas de destaque também estão neste triângulo, especialmente Cânion do Sussuapara, Cachoeira do Lajeado, Dunas do Jalapão, Serra do Espírito Santo, Cachoeira da Velha e Prainha do Rio Novo, Pedra Furada e Cachoeira do Formiga e fervedouros. 

Por do sol nas Dunas do Jalapão e Pedra Furada

As dunas do Jalapão são populares pela cor dourada que emana de suas areias. Sua formação se deu a partir da erosão da Serra do Espírito Santo e percorrê-las no por do sol torna o passeio ainda mais inesquecível. 

Pôr do Sol visto da Pedra Furada, em Ponte Alta/TO

Fervedouros

Flutuar em um fervedouro, fenômeno único, é uma experiência inesquecível nas nascentes em meio ao cerrado tocantinense. Entre os mais famosos, estão o Fervedouro do Ceiça e o Fervedouro Bela Vista. 

Fervedouro do Ceiça, em Mateiros/TO

Trilha da serra do Espírito Santo

A serra fica na entrada do Parque Estadual do Jalapão ao lado das dunas. Do alto, é possível ver a formação de arenito que inicia o processo de erosão responsável pelo deserto do Jalapão. A trilha equivale a um prédio de 83 andares e o tempo gasto até chegar ao mirante é de, em média, 50 minutos. 

Mirante da Serra do Espírito Santo

Rio Novo

Um dos maiores rios de água potável do mundo pode ser aproveitado nas praias de areia branca, a grandiosa Cachoeira da Velha, em um rafting ou caiaque, descendo pelas corredeiras. 

Rio Novo, em Mateiros

Cachoeiras

Chamado de o Deserto das Águas, o Jalapão guarda cachoeiras belíssimas, como a Cachoeira da Velha, as cachoeiras do Rio Soninho Grande e Pequena, o Cânion do Sussuapara, a Cachoeira das Araras e a Cachoeira do Formiga. 

Cachoeira da Velha

Outras atrações

  • Observação do céu noturno estrelado: o céu repleto de estrelas do Jalapão é um espetáculo à parte, que vale a pena ser contemplado! 
  • Artesanato de capim dourado, vegetação que dá forma a bolsas, chapéus, bijuterias e objetos de decoração. 
O artesanato de Capim Dourado é uma tradição muito importante no Tocantins
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