17 animais típicos da Argentina que são uma verdadeira riqueza!

A extensão territorial do país faz com que a fauna argentina varie conforme a região, contribuindo para uma enorme diversidade.

A Argentina, com seu território de 2.780.400 km², tem uma variedade enorme de cenários. Desde matas tropicais, como na divisa com o Brasil, até geleiras e florestas temperadas. Tamanha diversidade de regiões acarreta, consequentemente, nos diferentes 17 animais típicos da Argentina. Assim como no Brasil, um passeio pelo país permite visualizar inúmeras espécies, enriquecendo a fauna. 

As paisagens da Argentina, com certeza, são estonteantes. Geleiras da Terra do Fogo, lagos sem fim da Patagônia, a cosmopolita capital, os pampas e matas na divisa com o Brasil. A grande extensão do território argentino faz com que suas regiões apresentem variados ecossistemas. Deste modo, cada bioma tem suas próprias espécies e respectivas características, inclusive para se adaptar ao ambiente em que vivem.

Conheça, a seguir, 17 animais típicos da Argentina e as regiões onde habitam. É impossível não se apaixonar, ainda mais, por este país tão cheio de belezas!

17 Animais típicos da Argentina

A Argentina abriga, em seus diferentes cenários, centenas de espécies de aves, répteis e roedores, além de mamíferos e peixes. Como parte de seu território é limítrofe, compartilha características comuns, por exemplo, com os Andes, Patagônia e zona subtropical brasileira. Assim, é comum se deparar, no mesmo país, com onças-pintadas, cervos, lhamas, condores, pinguins e, de quebra, ouvir uma baleia austral. 

A seguir, veja a variedade enorme da fauna argentina e tente identificar se já conheceu algum dos exemplares. 

Tatu fada-rosa

Tatu fada-rosa: o menor tatu do mundo (Daderot, CC0, via Wikimedia Commons)

O menor tatu do mundo tem apenas 15 cm de comprimento e uma pequena carapaça cor de rosa bastante característica. O tatu fada-rosa (Chlamyphorus truncatus) vive nos pampas argentinos e, também, nas regiões arenosas. 

Ele não é o único! Um parente seu, o tatu bola (Tolypeutes matacus), também conhecido nosso, habita as áreas tropicais do país! A diferença é que, ao contrário do tatu de fada rosa, chega a 1,6 m de comprimento e pesa até 60 quilos! 

Tatu bola (Eguerios, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons)

Sua carapaça o protege completamente contra predadores e intempéries. As longas garras, focinho e orelhas alongados, assim como a cauda, também têm cobertura. Resistente, caminha até três quilômetros atrás de comida, ainda que tenha hábitos noturnos. Seus pratos favoritos são larvas, vermes, formigas, cupins, aranhas e vermes. Curiosamente, possui cerca de 100 dentes, o maior número entre os mamíferos terrestres.   

Metriopelia morenoi

A Metriopelia morenoi se destaca pela coloração de seus olhos

A Metriopelia morenoi é uma ave acinzentada cujos olhos são envoltos pela cor laranja vivo. A espécie é particularmente encontrada nas províncias de Salta e La Rioja. 

Mara (Lebre patagônica)

Mara da Patagônia

A lebre patagônica (Dolichotis patagonum), também conhecida como Mara, até parece um coelho, mas é um parente bem distante das lebres, e pode chegar a quase o dobro de uma lebre adulta. Porém, pasme, o animal é um tipo de roedor! Comum no centro e norte da Argentina.

Outro fato interessante é não beberem água para sobreviver. A água de que precisa para sobreviver é retirada das plantas das quais se alimenta!

Flamingo-andino

Flamingo-andino

A Argentina faz fronteira com o Chile, especialmente nos Andes, compartilhando então boa parte da fauna. Uma das espécies comuns nos dois países é o flamingo andino (Phoenicoparrus andinus), pássaro elegante e incrivelmente raro. 

Natural no noroeste do país, é a única espécie de flamingo com três dedos e pernas amarelas. Em virtude da degradação de seu habitat, o flamingo andino encontra-se sob vulnerabilidade. 

Cavalo marinho da Patagônia

Cavalo marinho da Patagônia

Sim, a Argentina tem o seu próprio cavalo marinho! Trata-se do cavalo marinho da Patagônia (Hippocampus patagonicus), muito comum nas águas da região. 

Rã-quatro-olhos

Rã-quatro-olhos (Lucas Grandinetti, CC BY-SA 2.5, via Wikimedia Commons)

Não, não uma aberração! O rã-quatro-olhos (Physalaemus nattereri) tem marcas que parecem globos oculares em suas patas traseiras. O malandro usa essa característica para enganar em suas patas traseiras, uma vez que os confunde quanto a sua posição. Ademais, os olhos falsos também esguicham veneno. 

Peixe-banjo

Peixe-banjo (Christoph Rettberg, Germany. http://bunocephalus.de/, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

Um país tão sonoro não deixaria de ter um animal com  música em seu nome! O bagre banjo (Bunocephalichthys verrucosus) é encontrado nos rios Paraná e Paraguai. 

Guanaco

Guanaco (Lama guanicoe)

A Tierra del Fuego, conhecida como Terra do Fim do Mundo, e o Deserto do Atacama compartilham uma espécie muito fofa e simpática, o guanaco (Lama guanicoe). O bichinho parece um camelo cinza que vive em bandos e sobrevive mesmo em condições extremas. Seu corpo é coberto por um espesso manto marrom, bege e laranja, o que permite que o animal se misture às rochas e montanhas. 

Mede 1,6m, pesa 90 kg e sua dieta é basicamente composta por tubérculos, musgo e ervas. O parente domesticado do guanaco é bem conhecido – a lhama! 

Cobra patagônica

Cobra patagônica

Da fofura do guanaco passamos à venenosa víbora patagônica (Philodryas patagoniensis). A serpente que habita o extremo sul do continente tem cor marrom e chega a 30 cm. Exclusivamente encontrada em áreas secas, a víbora tem a característica marcante do focinho virado para cima. 

Onça-pintada ou Jaguar

Onça-pintada ou Jaguar

A onça pintada pode ser encontrada em toda a América Latina, contudo, é uma das espécies mais populares da Argentina. Tanto que virou símbolo da equipe nacional de rugby. 

Sua pelagem marcante, amarela de pintas pretas, varia conforme os indivíduos. Pesa até 100 quilos e chega a 2,5 metros, incluindo a longa cauda. De hábitos solitários, o felino se alimenta de presas grandes, como veados, jacarés e capivaras.

Hornero

João-de-barro, conhecido como hornero na Argentina

O hornero (Furnarius rufus) é uma pequena ave de 25 cm endêmica da América do Sul, ou seja, só pode ser encontrada aqui. Natural das regiões central e nordeste da Argentina, faz parte da cultura regional, aparecendo em várias canções e lendas. 

Suas principais características são asas marrom-avermelhadas, peito esbranquiçado, pernas cinza-escuro e corpo de diferentes tons. O canto varia entre macho e fêmea, embora ambos sejam igualmente belos. 

O pássaro costuma fazer seu ninho onde haja lama, construindo um tipo de casinha com uma porta frontal. Assim, pode ser encontrado em áreas urbanas, pastagens e arbustos. Parece familiar? É que o hornero, no Brasil, é conhecido como joão-de-barro, aquele camaradinha com ninhos muito característicos!

Baleia-franca-austral

Baleia-franca-austral

Habitante dos mares do sul, a baleia-franca-austral (Eubalaena australis) é uma gigante de 15 metros de comprimento e 40 toneladas de peso. Migra anualmente para a Península de Valdés com o objetivo de se reproduzir e cuidar dos filhotes.  

Vizcacha

Vizcacha (Alexandre Buisse (Nattfodd), CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

Roedor que fica entre o coelho e a chinchila, a vizcacha (Lagidium viscacia) vive entre 800 e 4.000 metros acima do nível do mar nos Andes e na região de Magalhães. Nesta última, sua amostragem populacional ainda é desconhecida.

É interessante observar que sua denominação varia conforme a região onde é encontrada. Na Patagônia, por exemplo, é chamada de vizcacha da Patagônica. Independente de onde é visto, o animal é ameaçado de extinção. 

Zorro culpeo ou raposa-colorada

Zorro culpeo (Christian Mehlführer, User:Chmehl, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

Maior raposa do Chile, o zorro culpeo (Lycalopex culpaeus) também é visto na Tierra del Fuego. Animal solitário, vive em diferentes habitats, como agrestes, terrenos montanhosos, vales profundos, desertos, pampas e florestas temperadas. Alimenta-se de pequenos mamíferos, outros roedores, pássaros e frutas.

Puma

Puma

Ainda que o Parque Nacional Torres del Paine seja reconhecido como um dos maiores abrigos de onças do Chile, a Argentina também tem seus felinos, além do jaguar/ onça-pintada. 

O puma (Puma concolor) é uma espécie facilmente encontrada até o Estreito de Magalhães. Seu tamanho e peso variam conforme a região onde habita e, na Argentina, chega a pouco mais de 100 kg e quase 2,5 m de comprimento.

Pinguim de Magalhães

Pinguim de Magalhães

O pinguim de Magalhães (Spheniscus magellanicus), com certeza, é a estrela das costas patagônicas da Argentina e do Chile. Embora ameaçada de extinção devido à pesca e poluição marinha, tem sua maior colônia em Punta Tombo. Excelente nadador, consegue viajar centenas de quilômetros apenas para encontrar comida para sua família.

Ñandú

Ñandú

Ñandú (Rhea pennata) é uma palavra que vem do guarani e significa aranha. Esse é nome argentino para a ema, pássaro enorme que, em razão do peso, não consegue voar. Mas, pensa em uma criatura ligeira! A ñandú é um lampejo quando começa a correr! Por isso, adora prados abertos e pastagens altas. Originalmente, a ave era muito comum em La Pampa, embora sua população tenha diminuído, claro, devido à presença do homem.

Animais também encontrados na Argentina

Além das espécies endêmicas, também é comum encontrar na Argentina os seguintes animais: 

  • Suçuarana 
  • Gato dos pampas
  • Macaco guariba 
  • Pinguim de Magalhães 
  • Ñandú
  • Lhama 
  • Condor 
  • Capivaras 
  • Jacarés 
  • Gansos selvagens    
  • Focas

Legal saber mais sobre os animais típicos da Argentina, não é mesmo? Se quer continuar conhecendo a fauna de outras regiões do mundo, siga navegando pelo nosso site! Você vai ver, por exemplo, que animais habitam o manguezal e na bela savana africana 

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