13 Animais típicos da Amazônia – só para citar alguns…

A lista é infindável, mas por alguns exemplares conseguimos dimensionar a imensidão de nosso patrimônio.

Como resumir os animais típicos da Amazônia em apenas uma lista? A imensa teia da vida reúne, pelo menos, 2 milhões de espécies diferentes, algumas endêmicas. Isso mencionando apenas as que conhecemos! A diversidade é tanta que, comumente, são descobertas novas espécies e subespécies de fauna e flora.

Sem dúvidas, a fauna da Floresta Amazônica é uma das mais diversas do mundo! Grupos de peixes, aves, mamíferos, insetos e anfíbios convivem mutuamente, exemplo que deveria ser seguido por nós, humanos. A Bacia Amazônia, lar de aproximadamente 3 mil espécies de peixes, favorece a vida que brota na floresta.

Tudo na Amazônia é superlativo e ultrapassa os três dígitos quando se fala em números. São cerca de 300 espécies de mamíferos exclusivos do bioma, 1300 de pássaros e milhares de tucunarés, onças pintadas, jararacas, sapos, besouros e macacos. Uma lista infindável que nos mostra o quanto somos pequenos diante de tanta grandeza!

A imensidão da Amazônia

Antes de falarmos sobre os animais da Amazônia, é preciso mencionar a grandiosidade deste que é nosso maior patrimônio natural. Afinal, não é todo país que abriga a maior floresta tropical do mundo, com 7 milhões de km², sendo 5 milhões e meio cobertos pela mata. Ali, vivem espécies raras e muitas delas em extinção.

A floresta com a maior biodiversidade do planeta foi, merecidamente, reconhecida como uma das Novas Sete Maravilhas da Natureza. A Amazônia ficou em primeiro lugar no grupo que traz florestas e reservas naturais. Uma riqueza incalculável que, com certeza, temos o dever de proteger.

O que são animais endêmicos

Segundo o Instituto Chico Mendes (ICMBio), há cerca de 1,3 mil espécies de aves, 300 de mamíferos e 40 mil de plantas habitando as áreas de florestas abertas e densas da Amazônia. Por isso, vamos nos ater às espécies endêmicas, isto é, aquelas encontradas apenas em determinada região.

Mesmo porque a floresta tem o maior número de espécies endêmicas do planeta. Para se ter uma ideia, 160 tipos de aves, 183 de anfíbios e 40% dos mamíferos são considerados exclusivos da Amazônia.

13 Animais típicos da Amazônia

Uacari branco (Cacajao calvus)

Uacari branco (Cacajao calvus) (Fábio Manfredini, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons)

O macaquinho de pelo branco e rosto vermelho tem cara e comportamento levados, pois consegue saltar 30 metros entre uma árvore e outra. Encontrado em partes da Amazônia, tem o nome científico de cacajao calvus, ou seja, sem cabelo. Nada que o atrapalhe na hora de encontrar o seu par, graças à vermelhidão de sua face (e não, não é de vergonha)

Os meses de março e abril são a época da reprodução. O uacari branco vive em bandos de 50 indivíduos e, para chamar a atenção, ganha aquele que tiver o rosto mais vermelho. A explicação é que, para eles, a cor significa saúde e, consequentemente, mais chances de procriar.

Araçari-mulato (Pteroglossus beauharnaesii)

Araçari mulato (Pteroglossus beauharnaesii) (Lonnie Huffman, CC BY 3.0, via Wikimedia Commons)

O canto dos pássaros ecoa por toda a Floresta Amazônica e um deles é do araçari-mulato. Há quem diga que a ave é a mais bonita representante da família dos tucanos e araçaris. Não é à toa! Garboso, tem penas coloridas em amarelo, preto e vermelho, além de postura de modelo.

O pássaro se concentra no alto dos rios Tapajós e Xingu, considerando o Mato Grosso, além dos rios Solimões e Madeira, no Amazonas. Também pode ser encontrado na fronteira do Brasil com Bolívia, Peru e Colômbia.

Arara vermelha (Ara chloropterus)

Arara vermelha (Ara chloropterus)

Nativa das florestas tropicais, a arara vermelha não foge à regra das simpáticas representantes da família. Com alimentação baseada em frutas, coquinhos e sementes, a ave é majoritariamente vermelha, com exceção das penas esverdeadas na parte média das asas. Seu tamanho chega a 90 cm e pesa cerca de 1,5kg.

Coró-coró (Mesembrinibis cayennensis)

Coró-coró (Mesembrinibis cayennensis) (Bernard DUPONT, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons)

O coró-coró, ou tapirucu, é a única de sua família a habitar o ambiente florestal. Parente da curicaca, tem o bico em forma de foice e chega a medir 58 centímetros. A ave é conhecida pelo canto rouco, baixo e curto, bem parecido com um ronco.

Gavião-real (Harpia harpyja)

Gavião-real (Harpia harpyja) (Luiz Fernando Matos, CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons)

O gavião-real, ou harpia, é a mais poderosa ave de rapina do mundo. Tranquila e habilidosa apesar do tamanho – dois metros de envergadura –  a ave passa majestosa entre as árvores amazônicas. Mas, não se engane! Quando fecha as enormes asas, o gavião real exerce uma força de até 50kg, com capacidade para esmagar até macacos e preguiças.

A gigante também protagoniza uma triste notícia. Filhotes de harpia estão morrendo de fome como consequência do desmatamento da floresta.

Onça pintada (Panthera onca)

Onça pintada (Panthera onca)

Como falar da Amazônia sem destacar ela, a poderosa onça pintada? Ainda que não seja uma espécie endêmica e exista em menor número que no Pantanal, a onça é um dos símbolos da floresta.

Tem animais idosos, fracos e doentes como presas mais comuns, contribuindo com o equilíbrio da floresta.

Só que, assim como os demais animais de lá, a onça pintada está ameaçada de extinção. Tem fazendeiro matando para proteger seu rebanho e onça morrendo porque a floresta vem sendo gradativamente desmatada. Vai entender o raciocínio do ser humano, não é mesmo?

Macaco-aranha-de-cara-branca (Ateles marginatus)

Macaco-aranha-de-cara-branca (Ateles marginatus) (Miguelrangeljr, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

Depois do parente de cara vermelha, agora temos o macaco-aranha-de-cara-branca. A espécie habita a região dos rios Solimões e Javari, portanto, uma área bem restrita.

Medindo cerca de 60 cm, pesa 8kg em média, sendo caracterizado pela pelagem preta, testa e rosto brancos.

A dieta é baseada em frutas, folhas, brotos e cascas de árvores, inclusive, gostam de viver nas copas delas.

O macaco aranha de cara branca é uma espécie rara e, para variar, corre risco de extinção. Ele não é lá muito tolerante a ambientes modificados, principalmente pela ação do homem.

Peixe boi da Amazônia (Trichechus inunguis)

Peixe boi da Amazônia (Trichechus inunguis) (Gerson Barreiros, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

Existem quatro espécies de peixe boi no planeta e apenas uma vive em água doce. E é ele, o peixe boi da Amazônia. O mamífero aquático pertence à ordem dos sirênios porque, segundo a lenda, seu canto o fazia ser confundido com as sereias.

Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis)

Boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) (Joachim S. Müller, CC BY-NC-SA 2.0, via Flickr)

O simpático e lendário boto-cor-de-rosa tem comportamento similar ao dos golfinhos, ou seja, muito brincalhão. Sua fonte principal de alimento está nas lulas, peixes e crustáceos dos rios, desde que o mamífero consiga engoli-los sem mastigar.

Segundo a cultura local, quem tem um olho do boto arranja namorado mais depressa. Por isso, ele é mais um na lista de animais ameaçados de extinção. Mais fácil rezar para o Santo Antônio, né?

Pirarucu (Arapaima gigas)

Pirarucu (Arapaima gigas) (Citron, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons)

Um dos maiores peixes de água doce do mundo, o pirarucu é nativo da Amazônia. O nome vem da junção de pira e urucum, ou seja, peixe e vermelho, devido à cor da cauda. O gigante de dois a três metros traz benefícios importantes para o ecossistema, além de servir de alimento para as comunidades de pesca.

Jacaretinga (Caiman crocodilus)

Jacaretinga (Caiman crocodilus) (gailhampshire from Cradley, Malvern, U.K, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons)

Grande e preguiçoso, o jacaretinga é daqueles que vão para a correnteza, abrem a boca e literalmente esperam a comida cair na armadilha de dentes enormes. Quando filhotes, se alimentam de sapos, insetos e outros animais menores. Depois de adultos, a dieta se restringe aos peixes.

Jararaca cinza (Bothrops taeniatus)

Jararaca cinza (Bothrops taeniatus) (Gérard Vigo, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

A jararaca cinza é uma serpente da família Viperidae encontrada em países da América do Sul, como Brasil, Colômbia e Bolívia. Altamente peçonhenta, apresenta hábitos terrestres, sendo que algumas delas, principalmente as jovens, vivem em árvores. O veneno é usado na fabricação de remédios para a hipertensão.

Sucuri verde (Eunectes murinus)

Sucuri verde (Eunectes murinus) (barloventomagico, CC BY-NC-ND 2.0, via Flickr)

Popularmente conhecida como anaconda (mas não é a cobra computadorizada do filme), a sucuri é tida como a maior serpente do mundo. Para se ter uma ideia, indivíduos de seis metros já foram encontrados, apesar de o tamanho normal não passar de três metros.

A sucuri pode ser encontrada tanto na Amazônia quanto no Cerrado, próxima a áreas de rios e riachos, além de inundações.


Apesar de a lista de animais típicos ou endêmicos da Amazônia ser extensa, a fauna da região corre sério risco de extinção. A situação se deve à caça, pesca e desmatamento predatórios e indiscriminados promovidos pelo homem. Por isso, precisamos assumir o compromisso de proteger este e outros berços naturais do país, como o Pantanal.

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