Os lobos de Chernobyl estão apresentando características intrigantes – Entenda!

A evolução dos lobos na Zona de Exclusão de Chernobyl

A Zona de Exclusão de Chernobyl (CEZ) tornou-se um cenário fascinante para estudos científicos, e agora revela uma evolução na população de lobos, uma espécie que vem intrigando os cientistas pela capacidade de adaptação à radiação.

Em contraste com as matilhas vizinhas, os lobos nesta área altamente irradiada foram além de sobreviver: eles prosperaram, desafiando as expectativas e apresentando características singulares. Entenda mais sobre o caso!

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O contexto histórico

Em 26 de abril de 1986, o desastre nuclear de Chernobyl devastou a região, impactando tanto humanos quanto o meio ambiente.

O desastre de Chernobyl foi resultado de um teste mal concebido que saiu do controle. Durante um teste de segurança, os operadores da usina desativaram sistemas importantes, levando ao superaquecimento do núcleo do reator e à explosão do prédio do reator.

A liberação massiva de material radioativo contaminou uma vasta área ao redor da usina e teve impactos globais na segurança nuclear e na política internacional.

Quase quatro décadas depois, a CEZ se transformou em um laboratório natural, oferecendo informações sobre os efeitos a longo prazo da radiação ionizante em animais.

Estudo biológico em Chernobyl

Pesquisadores da Universidade de Princeton, liderados por Cara Love e Shane Campbell-Stanton, dedicaram uma década ao estudo dos lobos na CEZ. Surpreendentemente, eles descobriram que esses predadores de topo estão não apenas sobrevivendo, mas suas populações são sete vezes mais densas do que em áreas de vida selvagem protegidas que estão a poucos quilômetros da área afetada.

Assim, a exposição crônica à radiação tornou-se um campo de estudo cada vez mais intrigante.

A equipe de Princeton, em 2014, equipou os lobos com GPS e dosímetros de radiação, revelando que estavam expostos consistentemente a seis vezes mais radiação do que o limite legal para humanos.

Seleção natural rápida

A teoria de Love e Campbell-Stanton sugere que os lobos estão passando por uma seleção natural rápida. Alguns indivíduos possuíam genes que os tornavam mais resistentes ao câncer induzido pela radiação.

Embora ainda possam contrair câncer, esses lobos eram menos afetados, transmitindo esses genes para as gerações futuras.

Isso acontece porque, estudos detectaram que regiões do genoma dos lobos ligadas à resposta imune contra o câncer estão evoluindo muito mais rápido em comparação a animais de outros locais.

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Implicações para a saúde humana

O estudo revela uma causa genética para a resistência dos lobos ao câncer e destaca a ausência de outras pressões biológicas, especialmente a presença humana, algo que pode afetar o ecossistema como um todo.

Os pesquisadores agora colaboram com especialistas em câncer para entender como essas descobertas podem impactar a saúde humana.

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