UBER e 99 reduzem taxas de cobrança, após pressão dos motoristas – Saiba mais!

Empresas de viagens estão sofrendo com a baixa adesão dos motoristas e tiveram que reduzir cobranças.

O custo de uma viagem de um aplicativo de viagem como Uber ou 99 aumentou entre janeiro de 2018 e julho de 2021, de acordo com a Rakuten Intelligence. Muitos passageiros também notaram um aumento no tempo de espera para as viagens. O principal motivo é a falta de motoristas.

As empresas perceberam o problema e estão investindo milhões em bônus e em redução de taxas básicas para convencer os motoristas a voltar. Mas, para mudar as coisas, essas empresas de compartilhamento de caronas podem precisar fazer ainda mais..

Após os constantes aumentos nos preços dos combustíveis e pressão dos motoristas, as empresas UBER e 99 reduziram taxas de cobrança. O valor da tarifa para o consumidor final continuará o mesmo. O que muda são as taxas cobradas dos motoristas. 

As empresas estão sofrendo com a pressão dos motoristas nos últimos meses, que reclamam das altas taxas cobradas dos parceiros. Em depoimentos nas redes sociais, motoristas dos aplicativos relatam que as corridas praticamente não geram lucro.

Em nota ao G1, a 99 disse que o aumento dos combustíveis atingiu de forma negativa o mercado. “Os constantes reajustes dos combustíveis impactaram muito negativamente os serviços de transporte por aplicativo. O aumento revisa os ganhos dos motoristas parceiros e foi definido levando em consideração a manutenção do equilíbrio da plataforma, para possibilitar que a população continue tendo acesso a um meio de transporte financeiramente viável, seguro e eficiente”. 

A Uber e a 99 estão sofrendo com a baixa adesão dos motoristas. Devido a pandemia e o preço da gasolina, que chega a R$ 7 em alguns estados, diversos parceiros deixaram a plataforma. Cerca de 25% dos motoristas decidiram abandonar os aplicativos devido aos prejuízos.

Apesar das mudanças nas taxas dos motoristas, as empresas garantem que não será repassado nenhum reajuste para os motoristas. “Com o aumento constante dos combustíveis, a Uber tem intensificado seus esforços para ajudar os motoristas parceiros a reduzirem seus gastos”, disse a Uber em comunicado.

A falta de motoristas questiona se o modelo de negócios de caronas é sustentável. O Uber perdeu US$ 8,51 bilhões em 2019, o último ano antes da pandemia. A lucratividade era um problema para essas empresas mesmo antes da disseminação da COVID-19. 

Naquela época, essas empresas de caronas subsidiavam o preço das viagens com promoções, descontos e até mesmo baixavam o custo das viagens para atrair novos clientes. Portanto, o capital levantado por essas empresas, em parte, foi usado para tornar as viagens mais acessíveis e garantir que os motoristas ficassem felizes com sua remuneração.

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