Turbulências devem se tornar mais fortes e frequentes em breve – Venha entender!
Será que as turbulências vão ficar piores conforme o planeta é atingido por tantas mudanças climáticas, muitas até irreversíveis?
Se você tem o hábito de voar, sem dúvidas, passou por várias turbulências durante as viagens. Mas, você percebeu se elas ficaram piores? Embora sejam incidentes comuns e o projeto das aeronaves as preparem para isso, há uma preocupação de especialistas sobre a relação entre a frequência e intensidade das turbulências com mudanças climáticas.
Segundo reportado no site Simple Flying, pelo menos cinco incidentes, neste ano, resultaram em passageiros gravemente feridos. Recentemente, um voo da Lufthansa teve sete feridos após uma turbulência severa.
O que está acontecendo? Por que as turbulências têm sido mais fortes e mesmo frequentes? Especialistas sugerem que isso tenha a ver com as mudanças climáticas.
Qual a relação entre turbulências e mudanças climáticas?
A princípio, a turbulência provoca movimentos bruscos e repentinos na aeronave, em razão de alterações atmosféricas. Embora seja desconfortável, as aeronaves são projetadas para suportar esse tipo de incidente. Contudo, há variações nessas irregularidades e, como vimos pelos incidentes mais recentes, elas podem ser mais severas.
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Só para ilustrar, um voo da Alaska Airlines de Portland, no Oregon, para Honolulu passou por turbulência extrema recentemente. Segundo relatos de passageiros, a aeronave tremia com tanta força que dava a impressão de se desfazer a qualquer momento. Tudo durou 45 minutos e, como resultado, alguns passaram mal e objetos até atingiram tripulantes.
Ainda que o papel da tripulação seja de acalmar os passageiros, evidentemente assustados, os profissionais reconheceram ter passado pela pior turbulência de suas carreiras. Será que isso se tornará comum? De acordo com alguns especialistas, sim, e parte da culpa pode ser atribuída às mudanças climáticas.
Em condições normais, como já mencionamos, a turbulência ocorre quando a velocidade e direção do vento mudam repentinamente. Consequentemente, a aeronave experimenta a chamada “turbulência de ar claro”, sem nuvens ou intempéries.
Entretanto, o aumento na intensidade resulta dos níveis crescentes dos gases do efeito estufa, por exemplo, dióxido de carbono. Isso se dá sobretudo pelo aumento das temperaturas globais e afeta diretamente o deslocamento das correntes de ar. Algo comprovado inclusive pelas imagens de satélite, acusando aumento de 15% na velocidade do vento.
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A tendência é piorar
Se você se preocupou com a relação entre turbulência e mudanças climáticas, saiba que tudo pode, infelizmente, piorar. No Hemisfério Norte, a frequência das chamadas turbulências severas deve triplicar nas próximas três a seis décadas, conforme os níveis de emissões de efeito estufa.
E não dá para o piloto detectar? Não, pois o agravamento dos movimentos está na turbulência do ar claro que, sobretudo, ocorre acima das nuvens, dificultando a antecipação. Trata-se apenas do ar rápido se movimentando, portanto, um fenômeno invisível.
Porém, agências da aviação estão se preparando para o agravamento dos incidentes. A Federal Aviation Administration (FAA), por exemplo, elaborou orientações para ajudar as companhias aéreas a evitar turbulências e minimizar os riscos.
Você já passou por alguma turbulência mais severa? Acha que o incidente tem a ver com as mudanças climáticas? Compartilhe sua experiência!
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