Tendência de jornada reduzida na Europa está se tornando um problema

Entre salários menores e mais lazer, saiba como acontece a revolução silenciosa do mercado de trabalho Europeu.

Em alguns países mais desenvolvidos da Europa, uma tendência está ganhando cada vez mais força, onde as pessoas estão escolhendo trabalhar menos para ter mais tempo livre, mesmo que isso signifique ganhar menos também.

Esse movimento, por outro lado, é um grande desafio para os empregadores, afinal, precisam encontrar maneiras de tornar o trabalho mais atraente e abordar a crescente escassez de mão de obra, apesar do alto nível de emprego. Entenda melhor a seguir!

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A busca por equilíbrio

Os países ricos da Europa enfrentam um dilema: como incentivar os cidadãos a trabalhar mais diante da preferência por menos horas de trabalho e mais tempo livre?

Para que você entenda melhor, lugares como a Alemanha, Holanda e Áustria estão entre os países que buscam soluções, oferecendo desde mais opções de creche até incentivos fiscais e horários de trabalho mais flexíveis.

O desejo por mais tempo livre não é sem consequências. A média de horas trabalhadas está caindo, e o trabalho a tempo parcial está se tornando mais comum. Isso é visto em países como a Alemanha, onde mais de 30% dos empregados têm jornadas reduzidas, e na Holanda, onde quase metade da força de trabalho cumpre 35 horas ou menos por semana.

Esta tendência é impulsionada principalmente por mulheres, que muitas vezes precisam conciliar trabalho e cuidados familiares.

Impacto no emprego e na economia

A taxa de emprego na União Europeia é alta, principalmente quando temos a participação feminina no mercado de trabalho crescendo de forma bem visível. No entanto, isso não resultou em um aumento proporcional no total de horas trabalhadas.

Por exemplo, apesar de a Alemanha ter adicionado milhões de novos trabalhadores ao mercado, o total de horas trabalhadas aumentou pouco. Isso reflete uma sociedade onde menos pessoas precisam trabalhar e o tempo livre é mais valorizado.

Dessa maneira, a preferência pelo trabalho a tempo parcial apresenta desafios em setores que já enfrentam escassez de trabalhadores, como saúde e educação.

Em outras palavras, a busca por um equilíbrio entre trabalho e vida pessoal leva muitos a preferir jornadas reduzidas, apesar das vantagens financeiras e de carreira do trabalho em tempo integral.

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Para enfrentar essa tendência, alguns governos e empregadores estão adotando medidas para incentivar jornadas de trabalho mais longas. Isso inclui exigências de justificativa para horários reduzidos e incentivos para expandir o acesso a creches.

Ainda assim, equilibrar as necessidades e desejos dos trabalhadores com as demandas do mercado de trabalho continua a ser um desafio.

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