Solidão é capaz de encolher o cérebro humano, diz estudo; saiba mais!

Jovens abaixo dos 30 anos são os mais afetados, revela estudo

A Grã-Bretanha está enfrentando uma epidemia alarmante que não é causada por um vírus, estilos de vida pouco saudáveis ​​ou alimentos que comemos diariamente. Trata-se de um problema crescente de solidão crônica, um sentimento avassalador de isolamento associado à falta de relacionamentos significativos.

De acordo com dados recentes do Office for National Statistics, estima-se que 3,83 milhões de pessoas estejam sofrendo com esse problema no Reino Unido.

Surpreendentemente, os números revelam que a faixa etária mais vulnerável à solidão crônica é composta por jovens com menos de 30 anos. Jovens entre 16 e 29 anos têm duas vezes mais chances de serem cronicamente solitários do que indivíduos com mais de 70 anos.

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Esse não é um sentimento temporário, como aquele experimentado quando os filhos saem de casa para a universidade ou quando um relacionamento chega ao fim. Trata-se de um estado de isolamento persistente e debilitante, que pode ter um impacto negativo significativo no bem-estar mental das pessoas.

Solidão pós pandemia: Problema de saúde que preocupa especialistas

De acordo com Robin Hewings, diretor de programa do grupo comunitário Campanha para o Fim da Solidão, em entrevista à Good Health, enquanto algumas pessoas conseguiram retomar suas vidas normais, outras ainda enfrentam o sentimento de isolamento.

Há algum tempo, já se sabia que a solidão poderia ser prejudicial à saúde, porém, cientistas estão desvendando cada vez mais os motivos por trás desse impacto negativo. Uma nova pesquisa alarmante revelou que a solidão pode encolher nossos cérebros, aumentando o risco de demência.

O estudo foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Kyushu, no Japão, que analisaram quase 9.000 homens e mulheres com 65 anos ou mais. Eles registraram os resultados das ressonâncias magnéticas cerebrais, levando em consideração o nível de contato regular que os participantes mantinham com familiares e amigos.

Solidão pode ter impacto tão prejudicial à saúde quanto fumar até 15 cigarros por dia

Estudos recentes revelam que a solidão pode desencadear uma série de problemas de saúde, comparáveis ​​ao hábito de fumar até 15 cigarros por dia.

Além de afetar o funcionamento cerebral, a falta de interações sociais regulares pode encurtar a vida de pessoas acima de 60 anos em até cinco anos, aumentando o risco de doenças como câncer, problemas cardíacos e demência.

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Em maio deste ano, o cirurgião geral dos Estados Unidos, considerado o médico mais experiente do país, destacou o impacto da solidão na saúde, alertando para seus efeitos negativos. Estudos indicam que o isolamento social pode causar danos à saúde semelhantes ao tabagismo, colocando em risco a qualidade de vida e a longevidade.

Pesquisadores também apontam que a solidão pode comprometer a saúde cardiovascular. Um estudo recente, publicado em junho no European Heart Journal, analisou o risco de doenças cardíacas em 18.509 adultos com diabetes tipo 2 no Reino Unido ao longo de uma década.

O próprio diabetes tipo 2 já é considerado um fator de risco para ataques cardíacos e derrames, devido aos danos causados à circulação sanguínea.

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