Quanto tempo um ser humano consegue ficar acordado?

Os limites humanos na privação do sono.

Em 1963, Randy Gardner ficou acordado durante 11 dias e 25 minutos como parte de um experimento escolar. Esse recorde foi superado por Robert McDonald em 1986, que ficou acordado por 18 dias e 22 horas.

No entanto, devido aos riscos associados à privação de sono, o Guinness World Records parou de registrar tais marcos em 1997. A ausência prolongada de sono pode elevar o risco de diabetes, doenças cardíacas, obesidade e depressão.

Especialistas Alertam: Mesmo Acordados por 24h, Nossos Cérebros Podem “Adormecer”

Após 24 horas sem dormir, o cérebro começa a exibir sinais claros de que está alternando entre estados de vigília e sono, mesmo que a pessoa aparente estar completamente alerta. Esse fenômeno é conhecido como intrusão do sono ou micro-sono.

Nestas condições, apesar da aparência exterior indicar que a pessoa está acordada, seu cérebro pode sofrer episódios involuntários de sono irregular. Esses episódios são marcados por momentos de desatenção e, em casos extremos, até alucinações.

Contudo, é difícil determinar exatamente quanto tempo um ser humano pode ficar sem dormir. A privação crônica do sono é tão prejudicial que seria antiético estudá-la em seres humanos. Ele ainda aponta que esta condição já foi usada como método de tortura psicológica.

Privação Crônica do Sono Pode Ser Fatal

Novos dados emergem de casos raros da doença genética conhecida como Insônia Familiar Fatal (FFI). Portadores dessa mutação sofrem um declínio progressivo da qualidade do sono, causado pelo acúmulo de uma proteína anormal no cérebro, levando à morte em cerca de 18 meses.

Estes dados corroboram um estudo de 1989, que descobriu que ratos poderiam sobreviver apenas entre 11 e 32 dias sem dormir.

Um estudo mais recente, publicado em 2019 na revista Nature and Science of Sleep, revelou que a performance cognitiva em termos de atenção e vigilância se mantinha relativamente estável até 16 horas sem sono. No entanto, após esse período, ocorriam lapsos consideráveis de atenção, particularmente em indivíduos que já tinham insônia crônica.

Estas investigações destacam a importância vital do sono para a função cerebral e a saúde geral, além de evidenciar os riscos significativos ligados à sua falta contínua.

Efeitos da Privação de Sono Equiparam-se a Intoxicação Alcoólica, Aponta Estudo

Um estudo realizado no ano 2000 demonstrou que ficar 24 horas acordado prejudica a coordenação olho-mão, equivalente a um teor alcoólico de 0,1% no sangue. A Clínica Cleveland informa que, após 24 horas sem sono, os sintomas podem incluir reflexos lentos, fala arrastada, tomada de decisões inadequada e irritabilidade.

Aos 36 horas, podem surgir indicadores inflamatórios elevados, desbalanceamento hormonal e metabolismo desacelerado. Passadas 72 horas, os riscos incluem ansiedade, depressão, alucinações e falhas na função executiva.

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