Quais foram os acidentes de avião mais graves da história?

Lições aprendidas: Acidentes de avião que moldaram a segurança

Os acidentes de avião são eventos trágicos que abalam a confiança dos viajantes aéreos e deixam marcas inigualáveis nas comunidades afetadas.

No entanto, por mais sombrio que seja o cenário, esses incidentes muitas vezes servem como influenciadores para melhorias significativas na segurança da aviação.

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Dito isso, abaixo vamos explorar alguns dos acidentes mais notórios da história e as lições que foram aprendidas a partir deles.

Voo KLM 4805 e Voo Pan Am 1736 – 27 de março de 1977

Este trágico acidente na ilha de Tenerife, nas Ilhas Canárias, é considerado o mais mortal da aviação comercial, ceifando a vida de 583 pessoas.

A colisão entre dois Boeing 747 ocorreu devido a falhas de comunicação entre as tripulações e o controle de tráfego aéreo. Como resultado, normas internacionais foram radicalmente alteradas, exigindo o uso de frases padronizadas em inglês e uma revisão nos procedimentos de hierarquia na cabine, promovendo uma tomada de decisão mais colaborativa.

Voo 52 da Avianca – 25 de janeiro de 1990

O Boeing 707 que caiu perto do Aeroporto Internacional JFK, em Nova Iorque, deixou 73 mortos devido à falta de combustível após 77 minutos de espera para aterrissar.

A investigação revelou falhas na gestão de combustível e comunicação inadequada. Isso levou à implementação de requisitos mais rigorosos de planejamento de voo e comunicação para todas as transportadoras estrangeiras que operam nos EUA.

Voo USAir 427 – 8 de setembro de 1994

Um dos mais misteriosos acidentes aéreos dos EUA resultou na morte das 132 pessoas a bordo. O Boeing 737 caiu perto de Pittsburgh devido a problemas no leme da aeronave.

O incidente instigou uma revisão completa no sistema de controle do leme e a inclusão de uma lista de verificação de procedimentos para pilotos enfrentando problemas semelhantes.

Voo American Eagle 4184 – 31 de outubro de 1994

O mau tempo e o tráfego aéreo intenso levaram à queda deste turboélice ATR-72, matando todas as 68 pessoas a bordo.

Uma crista de gelo nas asas desencadeou a perda de controle da aeronave. Após a investigação, todas as aeronaves ATR foram equipadas com equipamentos de degelo expandidos e novas diretrizes de aeronavegabilidade foram estabelecidas.

Voo 800 da TWA – 17 de julho de 1996

O voo 800 da TWA, um Boeing 747 que partiu do Aeroporto JFK de Nova Iorque em direção a Paris, terminou em tragédia quando caiu no Oceano Atlântico logo após a decolagem.

Todos os 230 passageiros e tripulantes a bordo perderam suas vidas. Após extensa investigação, as autoridades descartaram a possibilidade de terrorismo e concentraram-se na causa interna do acidente.

Descobriu-se que uma explosão de origem desconhecida no tanque central de combustível do avião causou a queda. Como resultado, foram implementadas melhorias nos padrões de segurança dos tanques, e também nos procedimentos de manutenção das aeronaves, visando minimizar o risco de futuros incidentes similares.

Voo 111 da Swissair – 2 de setembro de 1998

O voo 111 da Swissair, que viajava de Nova Iorque para Genebra, caiu próximo à costa da Nova Escócia, Canadá, resultando na perda de todas as 229 vidas a bordo.

A investigação revelou que um incêndio na cabine, causado por fiação defeituosa e materiais inflamáveis, levou à tragédia. Como resposta, foram introduzidos padrões mais rigorosos para a inflamabilidade dos materiais utilizados nas aeronaves, bem como procedimentos de teste e certificação mais estritos para a fiação elétrica.

Voo 261 da Alaska Airlines – 31 de janeiro de 2000

O voo 261 da Alaska Airlines, que partiu de Puerto Vallarta com destino a São Francisco, terminou em desastre quando a aeronave MD-83 mergulhou no Oceano Pacífico, matando todas as 88 pessoas a bordo.

A investigação revelou que a falta de lubrificação adequada em um componente crucial da cauda da aeronave levou à perda de controle. Como resultado, foram implementadas melhorias nos padrões de manutenção e supervisão das companhias aéreas, com o objetivo de garantir que falhas semelhantes não ocorressem no futuro.

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Voo 587 da American Airlines – 12 de novembro de 2001

Poucos meses após os ataques de 11 de setembro de 2001, o voo 587 da American Airlines, um Airbus A-300, caiu em um bairro residencial em Nova Iorque, matando todos os 260 ocupantes a bordo e 5 pessoas em terra.

Investigadores descartaram o terrorismo como causa e identificaram uma falha estrutural no estabilizador vertical da cauda como principal fator contribuinte para o acidente.

Em resposta, foram emitidas recomendações de segurança para melhorar a resistência estrutural das aeronaves e implementar inspeções mais rigorosas para prevenir falhas similares no futuro.

 

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