Por que os tanques dos carros estão ficando menores no Brasil?

Entenda a relação entre os tanques de combustíveis menores nos veículos e o Programa Nacional de Controle de Emissões Veiculares (Proconve), que obriga os veículos a adotarem um tanque menor.

Carros armazenando cada vez menos combustíveis? A resposta para este fenômeno não é uma coincidência, mas sim uma resposta às exigências do Programa Nacional de Controle de Emissões Veiculares (Proconve).

Lei obriga a diminuição dos tanques de combustíveis com foco na sustentabilidade

O Proconve, com a aprovação do Ibama, é chamado de Proconve L7, e sua 8ª fase tem previsão para 2025. Iniciado nos anos 90, o programa vem regulando as emissões evaporativas, que são agentes de poluição que ficam retidos dentro dos tanques dos automóveis.

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A evaporação do combustível se inicia em altas temperaturas. Essa mudança é algo natural, mas o Proconve impôs limites rígidos para garantir que essa evaporação não se torne uma contribuição para a poluição do ar.

Desde a implementação do Proconve L7 em 2022, a legislação nacional estabeleceu um limite de 0,5 g ao dia em emissões evaporativas para veículos leves. Ganhando o título de ser um dos mais severos do planeta, pois, até 2021, esse número era de 1,5 g por dia.

Qual a garantia de funcionamento da lei?

Para garantir que as fabricantes respeitem esses limites, o Ibama realiza testes rigorosos, colocando os veículos em dinamômetros por 48 horas. Além disso, há uma restrição de 50 mg/l no abastecimento.

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Essa mudança permite o controle mais efetivo e ajuda veículos a melhorarem no quesito de economia e eficiência. Para atender a esses padrões rigorosos, as fabricantes tiveram que adotar várias medidas, como o uso de cânister, filtros de carvão ativado que coletam vapores de combustível, filtram poluentes e os direcionam para o sistema de indução do veículo.

Mas uma das maiores mudanças foi a opção por tanques reduzidos. Compartimentos menores significam volumes vazios menores, facilitando conter as emissões evaporativas. Então, não é coincidência que automóveis atuais, como a nova geração do Onix e do Tracker, tenham tanques com 44 litros, comparados aos antecessores com 53 litros.

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