Ao entrar em um hospital, os uniformes coloridos frequentemente servem como primeiros indicadores dos profissionais de saúde. Do azul aos tons de verde, a distinção dos trabalhadores da área médica pelo vestuário é prática comum. Entretanto, o significado por trás da predominância do verde, especialmente nas salas de cirurgia, muitas vezes passa despercebido.
Já se perguntou por que o ambiente cirúrgico é revestido dessa cor? A explicação tem raízes no início do século XX, mais precisamente nas pesquisas de um cirurgião chamado Harry Sherman. Incomodado pelo reflexo das paredes brancas dos hospitais, Sherman propôs uma mudança no esquema de cores.
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Fundamento Científico da Preferência pelo Verde
Sherman argumentava que o verde era menos cansativo para os olhos dos médicos durante procedimentos. Um artigo publicado no Canadian Medical Association Journal em 2009 apontou que, a partir de 1914, o verde começou a substituir o branco nas instalações hospitalares.
Mas o apreço de Sherman pelo verde vai além da simples estética. Ele defendia o uso de um tom específico, semelhante ao do espinafre, com base em uma razão curiosa: a similaridade na composição química do ferro presente no vegetal e na hemoglobina do sangue humano.
Embora essa ligação possa parecer um detalhe insignificante para alguns, ela serve não apenas para criar um ambiente visualmente agradável, mas também reflete uma harmonia entre natureza e ciência dentro do hospital.
Ciência da Visão e a Opção pelo Verde nas Salas Cirúrgicas
Uma análise rápida da roda de cores mostra que o verde está no lado oposto ao vermelho. Isso não é coincidência. O professor John S. Werner, da Universidade da Califórnia em Davis, que é especialista em processos neurofisiológicos da visão, ressalta que os cirurgiões frequentemente focam no vermelho do corpo humano durante as operações.
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Desviar o olhar para o verde ajuda os olhos a recalibrar, facilitando a concentração ao retornar ao procedimento. Dr. Ollie, médico especialista do Reino Unido, acrescenta que esse efeito é potencializado pelo fenômeno da pós-imagem, que ocorre quando uma cor permanece na visão mesmo após desviar o olhar.
Em resumo, a escolha do verde como cor predominante nas salas de cirurgia é mais do que uma decisão estética; é uma medida cuidadosamente pensada para auxiliar médicos em suas tarefas essenciais.
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