Paraíso? Conheça o lugar mundo onde não há ratos – Saiba qual o seu segredo!

Saiba onde fica a cidade livre de ratos e como conseguiram esse feito.

Os ratos são coisa do passado na província canadense de Alberta, a terceira maior do país. “Nossos gatos às vezes nos trazem um rato, mas nunca imaginei ver um rato morto”, disse Becky Rock ao Global News no jardim de sua casa, local da descoberta.

O Canadá não está livre de ratos. Os roedores estão infestados por regiões de Montreal, Toronto e Vancouver. A exceção é a província de Alberta. No local são encontrados uma média de dois ratos por mês em áreas urbanas.

Alberta, com 4,2 milhões de habitantes e uma área de 661.000 quilômetros quadrados (um pouco mais que o dobro do tamanho da Itália), é considerada a maior área habitada do planeta livre dessas pragas urbanas.

“Temos casos, mas são muito esporádicos. Dizem que estamos livres desses roedores porque não temos uma população que se reproduza”, comenta ao telefone Phil Merrill, um dos responsáveis ​​pelo Programa de Controle de Ratos da província ao The Guardian.

Merrill especifica que esses animais chegam às áreas urbanas escondidos em caminhões de carga ou em veículos familiares. No entanto, eles acabam ficando presos ou morrem sem descendentes.

“Em 26 de novembro tivemos o relatório mais recente. Uma mulher de Rocky View encontrou um rato em sua garagem. Investigamos e percebemos que havia um caminhão cheio de materiais de construção, vindo da Colúmbia Britânica, a poucos metros de distância. Acreditamos que o roedor estava no material”, diz Merrill.

As razões do sucesso de Alberta

Certos fatores impedem que os ratos sejam um problema em Alberta. O frio – implacável por meses a fio – ajuda, assim como a falta de um porto e a proteção das Montanhas Rochosas. No entanto, outras áreas do mundo com condições semelhantes sofrem infestações desses roedores.

Uma política pública fez a diferença: o Programa de Controle de Ratos criado em 1950 e aplicado à risca até hoje. Cada ninhada desses animais tem entre sete e 12 filhotes. Em um ano, as fêmeas procriam entre cinco e oito ninhadas. “A pior coisa que você pode fazer é baixar a guarda. Eles se reproduzem exponencialmente. Temos a sorte de ter o programa há décadas, mas não podemos negligenciar a nós mesmos”, diz Merrill ao jornal.

Os primeiros ratos em Alberta foram detectados em 1950, dentro de uma fazenda perto da fronteira com Saskatchewan. Eles foram rapidamente aniquilados, mas pouco tempo depois, gritos de socorro vieram de outras 30 fazendas.

O governo provincial ordenou o seu extermínio e lançou nesse mesmo ano o programa, que ficaria a cargo do Ministério das Florestas e Agricultura. O objetivo tem sido proteger plantações e gado, além de impedir qualquer invasão de cidades.

Nos primeiros anos, foram afixados cartazes e distribuídos panfletos por toda a província para solicitar o apoio da população. “Você não pode ignorar os ratos. São um perigo para a saúde, para os lares e para a indústria”, indicava um dos cartazes.

O programa também inclui um grupo de patrulha constante, composto por seis pessoas, na fronteira com Saskatechwan. A equipe responde com pressa quando uma das fazendas da região é afetada por roedores.

Globalmente, projetos bem-sucedidos para acabar com esses roedores são raros. Além de Alberta, a ilha de Anacapa (Califórnia) ficou livre de ratos em 2002, graças ao trabalho da organização Island Conservation. Outro exemplo é a ilha de Geórgia do Sul (pertencente ao Reino Unido e em disputa com a Argentina), onde a associação South Georgia Heritage Trust informou sua erradicação total.

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