A crescente procura por propriedades e a elevada demanda por imóveis têm causado impactos nos custos dos aluguéis e propriedades urbanas. Isso frequentemente leva os residentes a se mudarem para áreas mais afastadas, onde os preços são mais acessíveis. Contudo, esse cenário não afeta apenas os habitantes locais. Ele também coloca em destaque o fenômeno conhecido como “overturism” (turismo em excesso, em tradução livre), o qual gera preocupações em alguns destinos turísticos na Europa.
Enfrentando o excesso de turismo na Europa
Cidades como Veneza, na Itália, e Bruges, na Bélgica, enfrentam a possibilidade de serem incluídas em uma lista de locais ameaçados. Isso ocorre devido aos impactos negativos resultantes da falta de respeito dos turistas pelas estruturas locais.
LEIA MAIS: Truque de viagem ou armadilha? Influenciador compartilha truque polêmico para viagens aéreas
O incidente amplamente divulgado envolvendo um turista búlgaro que escreveu em uma parede do Coliseu, em Roma, gerou não apenas cobertura midiática, mas também resultou em um processo legal na Justiça italiana.
Em resposta a esses desafios, diversos destinos turísticos na Europa estão adotando medidas para proteger suas heranças culturais, prevenir a deterioração do patrimônio e equilibrar os efeitos do turismo em suas comunidades. Algumas das ações implementadas incluem:
Atenas, Grécia
O governo grego está planejando um projeto para limitar as visitas diárias à Acrópole, um dos ícones turísticos da cidade. A proposta estabelece um limite máximo de 20 mil visitantes por dia. Além disso, regras mais rigorosas serão aplicadas para controlar a duração da permanência dos turistas no local.
Dubrovnik, Croácia
Em Dubrovnik, medidas como a recomendação para evitar o uso de bagagens de rodinha em determinados pontos do centro histórico foram adotadas. Além disso, estão sendo consideradas outras ações para preservar a autenticidade e a qualidade de vida dos moradores locais.
Berlim, Alemanha
Para combater o aumento dos aluguéis impulsionado pelo aluguel de curta duração, Berlim está implementando regulamentações e limites mais rigorosos para a hospedagem temporária. O objetivo é manter o equilíbrio entre o turismo e a habitação local.
Barcelona, Espanha
Na batalha contra o excesso de turismo, Barcelona adotou abordagens curiosas. Uma polêmica prática não oficial proíbe indivíduos de ocuparem mesas em alguns restaurantes durante horários específicos. Além disso, está sendo controlado o tempo que cada grupo pode permanecer à mesa. Uma renomada loja de embutidos também passou a cobrar uma taxa dos turistas que desejam apenas fotografar o interior do estabelecimento.
LEIA TAMBÉM: As 8 capitais mais seguras do Brasil: Descubra onde a segurança é prioridade!
Palma, Espanha
A cidade de Palma decidiu limitar a três o número de cruzeiros autorizados a atracar em seu porto diariamente. Essa medida visa atenuar os impactos do turismo em massa sobre a infraestrutura local.
Reino Unido
No Reino Unido, o governo aprovou uma legislação que restringe a operação de residências como locações de curta duração, limitando-as a 90 noites por ano. A finalidade é preservar o mercado de aluguéis convencionais e evitar a transformação excessiva de residências em acomodações temporárias.
Gostou deste conteúdo e quer ver muitos outros semelhantes? Então, acesse o Google Notícias e selecione a opção “✩ Seguir” para não perder nenhuma novidade do Rotas de Viagem no seu celular!