Estudo revela as profissões mais bem pagas e as mais desvalorizadas no Brasil – Veja a lista!
Um estudo recente realizado pela pesquisadora Janaína Feijó, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), revela uma crescente desigualdade salarial entre profissionais de tecnologia e educadores no período de 2012 a 2023.
De acordo com a pesquisa, enquanto desenvolvedores de sistemas e analistas de dados tiveram um aumento significativo em seus salários, os profissionais da educação enfrentaram uma expressiva redução salarial.
Os dados mostram que desenvolvedores de páginas de internet e multimídia, por exemplo, estão recebendo atualmente em média R$ 6.075 mensais, um aumento de 91% ao longo de 11 anos, já considerando a inflação. Em contrapartida, professores de artes, música e outros educadores tiveram uma diminuição salarial de 23% a 45%.
Feijó atribui essa disparidade à aceleração das mudanças tecnológicas impulsionadas pela pandemia, que geraram uma demanda crescente por profissionais com habilidades em Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
LEIA MAIS: Como ter uma viagem perfeita com crianças? Siga estas 9 dicas!
Profissões mais bem remuneradas
O mercado de trabalho brasileiro apresenta mudanças significativas em termos de remuneração nas diversas profissões, como indica a pesquisa mais recente. Entre as profissões mais bem pagas, observa-se uma valorização das carreiras ligadas à tecnologia e ciências exatas, enquanto áreas tradicionais enfrentam reduções salariais.
Médicos especialistas, mesmo ainda liderando a lista, tiveram seus salários reduzidos em 13%, passando para R$ 18.475. Por outro lado, matemáticos, atuários e estatísticos tiveram um aumento de 50%, alcançando uma média salarial de R$ 16.568.
Os médicos gerais também sofreram uma redução de 37% em seus salários, agora recebendo R$ 11.022. Profissões como geólogos e geofísicos, engenheiros mecânicos e economistas também tiveram reduções salariais de 7% a 39%.
No entanto, o setor tecnológico apresenta um crescimento salarial expressivo. Desenvolvedores de programas e aplicativos, por exemplo, tiveram um aumento de 39%, com salários médios de R$ 9.210. Além disso, desenhistas e administradores de bancos de dados tiveram um incremento de 30%, alcançando R$ 7.301.
Um destaque especial é para os desenvolvedores de páginas de internet e multimídia, que tiveram um aumento significativo de 91%, recebendo agora cerca de R$ 6.075.
Profissões de Ensino Superior com Menor Valorização Salarial
A partir de agora podemos notar uma desvalorização salarial, principalmente nas áreas de educação, ciências humanas e serviços sociais. Isso porque professores do ensino pré-escolar têm uma remuneração média de R$ 2.285, um leve aumento de 3%, enquanto outros profissionais de ensino viram seus salários reduzirem em 23%, alcançando R$ 2.554.
Profissionais dedicados às artes e humanidades também enfrentam reduções salariais significativas. Professores de artes, por exemplo, têm uma média salarial de R$ 2.629, representando uma queda de 45%.
LEIA TAMBÉM: 6 aplicativos essenciais para você que ama ler livros
Da mesma forma, bibliotecários e documentaristas tiveram uma redução de 32% em seus salários, chegando a uma média de R$ 3.135.
Curiosamente, físicos e astrônomos, embora pertencentes a uma área muitas vezes associada a altos salários, apresentam uma média salarial de R$ 3.000, uma redução de 16%.
No campo dos profissionais dedicados ao bem-estar social e à saúde, assistentes sociais têm uma média salarial de R$ 3.078, uma redução de 7%, enquanto fonoaudiólogos e logopedistas enfrentam uma queda de 28%, com salários na faixa de R$ 3.485.
Apesar das adversidades, alguns profissionais da educação tiveram um aumento modesto. Educadores para necessidades especiais e professores do ensino fundamental tiveram aumentos de 14% e 7%, respectivamente, com salários médios de R$ 3.379 e R$ 3.554.