5 danças típicas da Bahia tão apaixonantes quanto o estado

Traços indígenas e africanos estão fortemente presentes nas danças nascidas no estado, caracterizando a energia e alegria daquele povo.

Bahia, terra abençoada pelos orixás, embalada pela capoeira e inebriada pelo aroma do acarajé. Seja nas ladeiras do Pelourinho ou nas barracas de praia da badalada Porto Seguro, é impossível não se contagiar pela energia boa emitida pelos baianos. E, não existe prova maior do que as 5 danças típicas da Bahia que representam muito bem os encantos desse estado. 

Ok, as batucadas do Olodum soam pelo Centro Histórico de Salvador como uma hipnose, mas a música e dança baianas são muito mais que isso. A forte influência africana está presente em ritmos como maculelê, maracatu, samba de roda, reggae e axé. Porém, as danças tradicionais da Bahia também carregam elementos da própria região Nordeste e indígenas, como no baião. 

A dança, como expressiva manifestação popular, tem na Bahia uma representatividade incrível e digna da riqueza cultural do estado. A alegria se expressa nos movimentos e roupas, caracterizando o povo hospitaleiro, receptivo e cheio de energia. Conheça, a partir de agora, 5 danças típicas baianas que vão te fazer pular da cadeira e comprar sua passagem. Afinal, sorria, você está na Bahia!

Danças típicas da Bahia

Maculelê

O maculelê é uma dança de origens afro-brasileira e indígena para comemorar a boa fase de colheita. Sua verdadeira origem é desconhecida, por isso, várias lendas tentam explicar como e de onde vem o ritmo. A maior parte delas faz parte da tradição oral do Brasil Colônia e foram sendo adaptadas ao longo do tempo. De modo geral, o maculelê é executada por homens que, sob o comando de um mestre, o ‘macota’, respondem em coro usando atabaques, pandeiros e violas. 

Baião

Criação nordestina, o baião é uma dança cantada que resulta das danças africana, indígenas e portugueses colonizadores. Originalmente, era conhecido como “baiano”, nome que vem do verbo “baiar”, ou bailar. Nascido no Nordeste, o baião atravessou fronteiras e, ainda assim, manteve a natureza de suas principais características. A dança é composta por balanceios, passos de calcanhar e ajoelhar, além de rodopios. Sempre em pares.

Axé

O axé surgiu por volta dos anos 80, em pleno carnaval de Salvador, pela mistura do maracatu, frevo, reggae, forró e calypso. “Axé” significa energia positiva e vem de saudações do Candomblé e Umbanda. O nome foi uma ideia do jornalista e crítico de música, Hagamenon Brito, inclusive sob uma carga pejorativa. Isso porque ele pretendia juntar a forma como criticava músicas que achava bregas com termo inglês adotado por bandas que sonhavam com a fama internacional. Contemporâneo, o axé compõe da nova música baiana.

Samba/Samba de Roda

Existe ritmo mais brasileiro que o samba? Ritmo arraigado em nossa formação cultural do povo baiano, o samba se desenvolveu principalmente nos engenhos de cana-de-açúcar do Recôncavo Baiano. Esta foi a região que recebeu a maior leva dos escravos originários de Angola e que deu ao ritmo a forma conhecida hoje como samba de roda. No período colonial, recebeu complemento de palmas, viola, violão, triângulo, cuíca e pandeiro. 

Tradicional da região do Recôncavo Baiano. O Samba de roda surgiu no século XIX, associando dança, capoeira e o culto aos orixás. Variante do samba, o ritmo veio para preservar a cultura dos escravos africanos e foi disseminado pelo Brasil. 

Samba-reggae

O samba-reggae ou samba-reggaeton nasceu na década de 80, também no Carnaval, trazido pelo maestro Neguinho do Samba, do bloco afro Olodum. Trata-se da fusão do samba tradicional com o reggae jamaicano. Sua base é a percussão, substituindo cavaquinho e instrumentos característicos da música latina por tambores, atabaques, pandeiro, guitarra ou viola eletrônica.

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