Antibiótico desenvolvido com auxílio da IA pode ajudar a combater super bactéria letal

Inteligência artificial revela novo antibiótico eficaz no combate a uma super bactéria mortal.

Cientistas recentemente anunciaram uma descoberta revolucionária no campo dos antibióticos, utilizando inteligência artificial (IA) para desenvolver um novo medicamento altamente eficaz contra uma bactéria resistente e perigosa.

Os pesquisadores testaram o novo antibiótico na pele de camundongos infectados com a temida superbactéria e observaram que ele controlou o crescimento bacteriano, indicando a possibilidade de criar antibióticos com capacidade de combater outros microrganismos que apresentam resistência à medicamentos.

Sobre o estudo

O estudo envolveu a análise do antibiótico em 41 cepas diferentes da bactéria Acinetobacter baumannii, todas resistentes aos antibióticos convencionais. Surpreendentemente, o medicamento mostrou-se eficaz contra todas elas. No entanto, é necessário aprimorar e realizar testes clínicos em humanos antes de sua aplicação em pacientes.

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Uma característica promissora desse composto identificado pela IA é sua capacidade de atacar especificamente o microrganismo alvo, sem afetar outras espécies benéficas de bactérias presentes no intestino ou na pele.

Isso o torna um agente direcionado e raro. Os pesquisadores afirmam que se mais antibióticos funcionarem dessa maneira precisa, poderemos prevenir a resistência bacteriana desde o início. Os resultados do estudo foram publicados na revista Nature Chemical Biology.

O Estudo teve como foco a bactéria Actinetobacter baumannii

Os pesquisadores concentraram-se na bactéria Actinetobacter baumannii durante o estudo. Essa bactéria é comumente encontrada em hospitais e outras unidades de saúde, além de estar presente em superfícies como maçanetas e balcões. A capacidade da bactéria de adquirir material genético de outros organismos com os quais entra em contato a torna resistente aos agentes antimicrobianos usados pelos médicos.

Essa espécie bacteriana causa infecções de difícil tratamento na pele, no sangue e no sistema respiratório. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos afirmou em 2019 que as infecções por Acinetobacter baumannii tinham uma “extrema necessidade” de novos antibióticos para seu tratamento.

Um estudo recente revelou que 25% dos pacientes hospitalizados com infecções por Actinetobacter baumannii, que eram resistentes até mesmo a antibióticos poderosos do grupo carbapenêmico, faleceram dentro de um mês após o diagnóstico.

Algoritmo de IA

No estudo atual, os pesquisadores colaboraram com o Broad Institute do MIT e de Harvard. Inicialmente, eles utilizaram uma técnica de triagem de drogas de alto rendimento para avaliar mais de 7.500 substâncias em culturas de Acinetobacter baumannii. Após identificar 480 compostos que inibiram o crescimento bacteriano, eles utilizaram essas informações para treinar um algoritmo de IA.

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O modelo foi capaz de analisar mais de 6.000 moléculas em poucas horas. Após testes laboratoriais, eles reduziram a lista para nove compostos mais promissores. Um composto, chamado RS102895 e posteriormente renomeado para abaucina, mostrou-se altamente eficaz contra a Acinetobacter baumannii, agindo de forma inovadora ao bloquear o transporte interno de componentes bacterianos para a superfície da célula.

A descoberta desse novo antibiótico por meio do uso da IA traz esperança para o desenvolvimento de tratamentos mais direcionados e eficazes contra infecções bacterianas resistentes. A abordagem da descoberta de medicamentos utilizando inteligência artificial é uma nova fronteira no campo científico. Além disso, os resultados promissores dessa pesquisa incentivam a continuação dos estudos nessa área.

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