Vale da Morte: o misterioso lugar onde as pedras se mexem sozinhas!

Sabemos que não é a coisa mais atrativa do planeta visitar um lugar chamado Vale da Morte. Mas, honestamente, seu nome faz todo o sentido. Na prática, até não se trata de um lugar excessivamente assustador, embora exija muito cuidado.

Além das altas temperaturas (quase 60 graus Celsius), ainda abriga um dos fenômenos mais incríveis da natureza: as pedras que se mexem sozinhas.

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Por que Vale da Morte?

O Vale da Morte fica no norte da Califórnia, em pleno Deserto do Mojave. Uma área que, por si só, já desperta atenção por ocupar partes do sul e norte do estado, sudoeste de Utah, sul de Nevada e noroeste do Arizona.

Inicialmente, a região ganhou esse nome porque é um dos lugares mais quentes de toda a América do Norte. Só para ilustrar, detém o recorde mundial de temperatura mais alta já registrada no planeta: 58,1 graus Celsius.

Portanto, imagine ficar sem gasolina nesse lugar. Inegavelmente, esse tipo de situação pode custar a vida devido às temperaturas extremamente altas.

Mas, uma das coisas mais curiosas sobre esse lugar não é apenas sua temperatura muito alta. Nem mesmo os vastos campos áridos dignos dos melhores faroestes. Trata-se, principalmente, do mistério que vem intrigando cientistas de todo o mundo há anos.

O mistério das “pedras viajantes”

O Vale da Morte é, claro, um dos lugares mais quentes do planeta. No entanto, ganha facilmente outro título: o de lugar mais misterioso do mundo. E, como adiantamos, graças ao fenômeno de suas pedras que, literalmente, andam e viajam sozinhas.

Certamente, existem centenas de teorias especulativas. Alguns dizem, por exemplo, que elas se movem por ventos de furacões, terremotos ou pelo magnetismo da Terra. Mas, como quase tudo na vida, há uma explicação científica.

Segundo estudo publicado pela revista científica e acadêmica Plos One, a pesquisa de vários cientistas encontrou a chave para esse movimento “misterioso” das pedras. Conforme o relato, tudo começa quando a chuva produz uma camada de água sobre o solo seco.

A partir daí, forma-se uma espécie de lago raso no qual as pedras se assentam. Então, quando a noite cai, a água entra em um ponto de congelamento.

Deste modo, forma-se uma fina camada de gelo que, segundo os pesquisadores, tem uma espessura de 3 a 6 milímetros. Nela, as bases das pedras ficam presas.

Quando o sol nasce no Vale da Morte, o gelo que se formou durante a noite começa a derreter e fraturar. Consequentemente, formam-se enormes camadas de gelo, o que faz esse fenômeno ocorrer graças aos ventos da região.

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A velocidade das pedras no Vale da Morte

Ainda na explicação das pedras viajantes do Vale da Morte, à medida que o gelo derrete, ele se torna mais escorregadio. Assim, as pedras começam a se mover a uma velocidade de 2 a 5 metros por minuto, formando, então, sulcos no solo.

A trajetória dessas pedras depende da velocidade e da direção do vento e da água. Exatamente por isso são encontrados sulcos de todos os tipos e em todas as direções possíveis no Vale da Morte.

De fato, pesquisas demonstraram que uma pedra percorreu mais de 60 metros sem parar, devido a condições muito específicas.

No entanto, testemunhar esse fenômeno é raro, pois as pedras precisam atender a várias condições antes de serem finalmente deslocadas pelo vento.