Ultrasom inovador pode ser a chave para reverter perda de memória; entenda!

Descoberta do Imperial College London promete uma revolução no combate às doenças cerebrais e sinais de envelhecimento.

Pesquisadores do Imperial College London desenvolveram uma técnica inovadora para o tratamento de enfermidades como Alzheimer e tumores cerebrais. O método oferece a perspectiva de não apenas tratar, mas também prevenir essas condições e retardar o envelhecimento cerebral.

O avanço significativo está em superar a barreira hematoencefálica, que protege o cérebro, mas também impede que aproximadamente 98% dos medicamentos de moléculas pequenas alcancem seus destinos.

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Técnica que Pode Transformar a Entrega de Medicamentos ao Cérebro

A Dra. Sophie Morse, pesquisadora em Bioengenharia na Imperial College London, comandou uma equipe que desenvolveu esta técnica inédita, como descrito em estudo publicado na revista Nature Scientific Reports.

Pela primeira vez, ultrassom de ondas curtas foi utilizado em conjunto com bolhas para abrir temporariamente a barreira hematoencefálica (BHE), facilitando a entrega eficaz de medicamentos em um organismo vivo — neste caso, um camundongo.

Esse progresso pode potencialmente aumentar a eficácia de medicamentos já disponíveis, como os voltados para o tratamento de Alzheimer, e até mesmo reintroduzir compostos que falharam em ensaios clínicos anteriores por não conseguirem alcançar o cérebro.

Além disso, a descoberta poderá servir de inspiração para o desenvolvimento de novos medicamentos projetados especificamente para esta técnica.

Novo Progresso na Entrega de Medicamentos ao Cérebro Pode Transformar Tratamentos para Alzheimer

Embora o ultrassom de ondas longas já seja utilizado para penetrar a barreira hematoencefálica (BHE) e administrar medicamentos ao cérebro, essa técnica vinha apresentando efeitos colaterais indesejados, incluindo a abertura prolongada da BHE, que deixa o cérebro vulnerável a possíveis toxinas.

A abordagem proposta pela equipe da Dra. Morse utiliza ultrassom em frequências mais baixas, gerando menos pressão sobre o sistema imunológico. A equipe logrou abrir a BHE em um curto período de tempo, entre 10 e 20 minutos, diminuindo significativamente a exposição a toxinas em comparação com os métodos tradicionais.

O procedimento inicia com a injeção de bolhas contendo gases inofensivos na corrente sanguínea. Uma vez que essas bolhas atingem a área-alvo, a aplicação de ultrassom de baixa frequência faz com que elas se expandam e contraiam, abrindo temporariamente a BHE. Isso permite que as moléculas medicamentosas atravessem a barreira e alcancem o cérebro, representando um avanço que pode transformar o tratamento de várias doenças cerebrais.

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Estratégia para Retardar o Envelhecimento Cerebral

A Dra. Sophie Morse, beneficiada com uma bolsa de pesquisa do prestigiado Imperial College, lidera um grupo focado em explorar métodos inovadores para retardar o envelhecimento cerebral. Com pouco mais de 11 meses de existência, o grupo já está progredindo em uma técnica transformadora que pode abrir novos horizontes no campo da neurociência.

Em entrevista à BBC Science Focus, Morse elucidou: “A ideia pode parecer tirada de um romance de ficção científica, mas a teoria está solidamente fundamentada. Nosso desafio atual é testar e validar sua eficácia.”

O pilar central dessa estratégia é usar as aberturas temporárias na barreira hematoencefálica para estimular células imunológicas cerebrais. Morse acredita que essa ativação pode ajudar a rejuvenescer células desgastadas, habilitando-as a identificar e combater substâncias indesejadas que aceleram o envelhecimento cerebral.

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Com informações de BBC Science Focus

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