De modo geral, quem se forma em Medicina em um país e deseja exercer a profissão em outro, antes de qualquer coisa, precisa passar pelo processo de validação do diploma. É o caso, por exemplo, de um médico brasileiro que deseja trabalhar na Itália.
Cada país adota diferentes regras e critérios para realizar a validação. No território italiano o processo é muito semelhante ao de outros países europeus, com a vantagem de ser um pouco mais rápido, porém, ainda assim pode durar até 3 anos.
No entanto, ao final do processo, todo o esforço é recompensado, não só pelas altas remunerações do cargo, mas, também, pelo prazer de exercer a profissão em um país de primeiro mundo e experiência internacional para o currículo, além de desfrutar da qualidade de vida de quem mora na Europa.
Como validar o diploma de médico na Itália
O primeiro passo é reunir toda a documentação necessária, o que pode ser feito de maneira independente ou com o auxílio de uma assessoria especializada. Dependendo do caminho escolhido, o processo dura entre um e três anos e pode ser feito junto ao Ministério da Saúde da Itália ou uma universidade italiana.
No último caso, as universidades podem solicitar o que julgarem necessário para conversão do diploma, ou seja, a grande desvantagem é enfrentar um longo e despadronizado processo. Em geral, são solicitados os seguintes itens:
- Prova de ingresso;
- Provas do último ano;
- Trabalho de conclusão do curso (tese);
- Prova final de habilitação (esame di stato).
Através do Ministério da Saúde, os trâmites são mais curtos, com duração média de 4 a 6 meses. O processo constitui, basicamente, no envio da documentação comprobatória para análise.
Depois disso, o candidato é convocado a realizar diversas provas teóricas de múltipla escolha. No exames são cobradas questões das grandes áreas da Medicina, tais como: Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia e Medicina Legal. Por fim, o último passo envolve a realização de uma prova oral sobre as mesmas áreas.
Semanas após o término das provas o governo publica no Diário Oficial um decreto que reconhece a formação do profissional e o autoriza a trabalhar como médico na Itália.
Todos esses procedimentos, claro, possuem um custo. A realização das provas custa cerca de € 300. Além disso, é preciso considerar custos com passagens e estadia, uma vez que as avaliações são aplicadas exclusivamente na capital, Roma.
Outros pontos importantes a serem levados em consideração são que, caso o profissional tenha feito residência médica, depois de ter a graduação reconhecida, ele também poderá entrar com o pedido de reconhecimento da especialidade junto ao Ministério da Saúde. O processo é muito parecido, incluindo apresentação de documentos e realização de provas.
O segundo ponto é que ter a cidadania italiana pode ajudar no sentido de que, ao ter o diploma reconhecido, o médico cidadão italiano pode se inscrever Albo dei Medici, órgão equivalente ao Conselho Regional de Medicina, sem necessidade de visto ou proficiência da língua italiana.
Quanto ganha um médico na Itália?
Detalhados os principais pontos de como trabalhar em território italiano sendo médico formado em outro país, vamos ao foco principal, que é o salário de um médico na Itália.
Bom, a remuneração do profissional, assim como em muitas outras áreas, depende muito de sua formação e tempo de experiência. Os vencimentos de médicos recém-formados e sem experiência variam de € 2.000 a € 2.500 por mês.
Médicos mais experientes, no topo da carreira, podem ganhar até € 8.000 por mês atendendo em consultórios particulares.