Educação de qualidade, segurança, altos índices de desenvolvimento, incentivo para levar uma vida saudável, amor pelas tradições e, claro, oportunidades de trabalho e boas remunerações são alguns dos fatores responsáveis por fazer com que todos os anos vários brasileiros se mudem para o Japão.
Mas, apesar de tantos atrativos, antes de deixar o Brasil para trabalhar na “terra do sol nascente” é necessário analisar uma série de fatores, entre os quais, a existência de oportunidade de trabalho na área desejada e o visto para permanecer legalmente no país.
Além disso, o Japão é um país muito diferente, principalmente no que se refere às questões sociais e culturais, portanto, quem deseja se mudar precisa ser uma pessoa facilmente adaptável.
Ainda assim, a população de brasileiros em território japonês cresce a cada dia ficando atrás apenas dos chineses, vietnamitas e filipinos. Hoje, estima-se que já somos mais de 100 mil vivendo no país asiático. No caminho inverso, o Brasil tem a maior comunidade japonesa fora do Japão, com mais de 1,5 milhões de pessoas.
Mas, afinal de contas, quanto ganha um brasileiro no Japão? Quem pode trabalhar no país? Quais são os profissionais mais requisitados? Confira essas e outras informações a seguir.
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Quem pode trabalhar no Japão
Inicialmente, apenas os descendentes de japoneses têm autorização para trabalhar no país. Ainda assim, para exercer atividades remuneradas no país é preciso solicitar o visto e esperar a liberação.
No entanto, nos últimos anos um movimento tem chamado a atenção: o governo japonês tem estimulado a contratação de estudantes e profissionais qualificados, ainda que sem descendência japonesa.
Por conta da falta de mão de obra, o número de estrangeiros trabalhando no Japão vem crescendo a cada ano. Contudo, é importante frisar que para ocupar essas vagas é necessário ser extremamente qualificado.
A melhor forma de conseguir o visto de trabalho é receber um convite de uma empresa. Depois de três anos, existe a possibilidade de entrar com o pedido de residência permanente.
Ademais, um brasileiro ou brasileira casado com um japonês ou descendente de japonês também poderá solicitar o visto para trabalhar legalmente no país.
Há vários tipos de visto (de trabalho, específico e estudante). A escolha depende muito da intenção do indivíduo, se ele vai trabalhar ou estudar, e do tempo que pretende permanecer no Japão.
Oportunidades de emprego e salário de um brasileiro no Japão
Grande parte dos brasileiros não qualificados que vão trabalhar no país conseguem colocações operacionais, ou seja, nas fábricas. Também são frequentes as oportunidades em supermercados, restaurantes, lojas de conveniência e comércio em geral.
Para aqueles que possuem qualificação, as chances se concentram nas áreas de tecnologia da informação, engenharia, bancos de investimento, vendas e ensino de idiomas.
Na hora de procurar trabalho, a dica é sempre ficar de olho nas áreas que enfrentam déficit de trabalhadores. Algumas das áreas que mais possuem carência de profissionais qualificados são: Engenharia, Medicina, T.I e Finanças, além das áreas operacionais.
Em relação ao nosso tópico principal – quanto ganha um brasileiro no Japão -, é importante destacar que o salário mínimo japonês é calculado por hora trabalhada. Os valores variam entre ¥ 600 a ¥ 1.500. O ¥ simboliza o iene ou yen, moeda oficial do país.
Um estrangeiro que trabalha 12 horas por dia, 22 dias por mês, recebendo ¥ 800 por hora, por exemplo, terá um salário médio de ¥ 211.200. Segundo a conversão atual, em reais os ganhos mensais giram em torno de R$ 7,8 mil.
Apesar dos vencimentos serem bastante atrativos, as jornadas de trabalho são muito longas, chegando a 12 horas por dia, com apenas uma hora de descanso. A maioria das pessoas fazem muitas horas extras.
Tanto trabalho pode impactar negativamente na vida das pessoas, reduzindo a qualidade de vida, aumentando o cansaço e estresse, podendo levar, até mesmo, a um esgotamento, depressão, ansiedade e doenças cardíacas.
No Japão, o custo de vida é relativamente baixo em relação aos salários pagos. Para quem está em busca de um país para viver com melhor qualidade de vida é uma excelente escolhas, mas, se o objetivo é juntar dinheiro e voltar para o Brasil, vale a pena fazer as contas levando em consideração salário e despesas mensais.