Qual é a temperatura máxima que um ser humano pode suportar?

Explorando os limites: a resistência humana frente ao calor intenso

Por Daniele Beldon Em 4/09/2023 10h:10

Em 3 de julho de 2023, destacados biólogos globais se encontraram em Edimburgo, no Reino Unido, para participar do evento centenário da Sociedade de Biologia Experimental. No mesmo dia, os termômetros estabeleceram novos patamares, assinalando o dia mais quente já mensurado na Terra. Notavelmente, a temperatura média global ultrapassou os impressionantes 17,01°C. Oportunamente, um estudo apresentado na conferência buscou responder uma indagação pertinente: qual é o limite de calor que um ser humano pode suportar?

A Temperatura Corporal Humana: Um Ponto Crítico a Considerar

Segundo uma pesquisa em curso, denominada ‘A evolução da temperatura corporal em humanos’, existe um limite térmico que não pode ser desconsiderado. O respeitado autor do estudo, professor Lewis Halsey, da Universidade de Roehampton no Reino Unido, apontou um limiar de temperatura além do qual torna-se perigoso para a tolerância humana ao calor.

A equipe de Halsey identificou que a taxa metabólica em repouso é o fator decisivo nessa questão, situando o limiar de resistência ao calor entre 40°C e 50°C.

Efeitos de Temperaturas Extremas no Corpo Humano

Com base nas observações, os especialistas indicam que as temperaturas extremas elevam o metabolismo basal, ou seja, a quantidade de energia que o corpo consome em repouso para manter suas funções essenciais. Esse aumento do metabolismo basal pode desencadear problemas respiratórios e um aumento notável nos batimentos cardíacos, segundo estudos. Além disso, quando o corpo não consegue mais dissipar o calor, ocorre o “estresse térmico”, levando a uma série de sintomas como confusão mental, náuseas, tontura e desmaios.

A Metodologia do Estudo sobre Limiares de Calor

Para corroborar suas análises, os pesquisadores recrutaram 13 adultos com menos de 60 anos para uma experiência única: passar cerca de uma hora em uma câmara climatizada. Durante o período, foram meticulosamente registradas taxas metabólicas de repouso, temperaturas centrais e outros parâmetros dos participantes.

A temperatura da câmara partiu de uma base de 28°C e foi elevada até atingir a marca de 40°C com 25% de umidade. O que chamou a atenção foi que a temperatura corporal dos participantes permaneceu estável. No entanto, suas taxas metabólicas de repouso mostraram um aumento significativo, alcançando uma média de 35% em relação à linha de base. Este é um resultado relevante que pode afetar diversas áreas de estudo científico.

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