Os 10 vulcões mais famosos – e perigosos – do Japão

Com mais de 200 formações vulcânicas, o país concentra 13% dos vulcões ativos no mundo.

O mundo, recentemente, virou suas atenções para a Espanha, graças à erupção do vulcão Cumbre Vieja. Outro país, entretanto, que é potencialmente conhecido pela presença das formações explosivas é o Japão. Conheça, a seguir, quais são os 10 vulcões mais famosos do Japão e se estão ativos. 

Por que há tantos vulcões no Japão? O país está situado no Círculo de Fogo do Pacífico, uma área que concentra cerca de 50% dos vulcões de todo o mundo. Só para se ter uma ideia, existem 200 em território japonês, dentre os quais mais de 100 estão ativos. Aproximadamente, 13% dos 840 vulcões ativos do mundo estão no Japão. 

A consequência disso está nas notícias frequentes sobre terremotos e erupções no país, uma vez que ele também fica entre quatro placas tectônicas. Tanto que o Japão está em 5º lugar com o maior número de vulcões no mundo. Então, vejamos quais são os 10 mais famosos e o grau de atividade.

10 vulcões mais famosos do Japão

Monte Fuji

Monte Fuji

O Monte Fuji é, sem dúvida, um dos vulcões mais famosos do Japão. Localizado entre as províncias de Yamanashi e Shizuoka, tem 3.776 m de altura, por isso, é também a montanha mais alta do país. Tanto que tornou-se um símbolo japonês. A última erupção do Fuji aconteceu em 1707, portanto, o vulcão está adormecido há mais de 300 anos

Estima-se que, anualmente, cerca de 200 mil pessoas visitem o Monte Fuji, dentre as quais 30% são estrangeiros. Além das quatro trilhas abertas na formação simétrica, há um resort na Região dos Cinco Lagos de Fuji, bem ao norte da base do vulcão, bastante procurado.  

Hokkaido Komagatake

Vulcão Hokkaido Komagadake (skyseeker, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons)

Enquanto o Monte Fuji está adormecido há mais de três séculos, o Hokkaido Komagatake continua um dos mais ativos e violentos do país. Localizado na Península de Oshima, iniciou a atividade vulcânica há 30 mil anos. Após ficar adormecido por 5 mil anos, novas atividades surgiram no século XVII.

A partir daí, cerca de 50 notificações já foram apresentadas no Hokkaido Komagatake, a mais recente em 2000. 

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Monte Asama

Monte Asama (ken H, CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons)

O Monte Asama fica em Honshu, a ilha principal do Japão, entre as províncias de Nagano e Gunma.  A formação não só está entre os 10 vulcões mais famosos do Japão, como um dos mais ativos. A mais violenta de suas erupções aconteceu em 1783, ocasionando altos níveis de destruição. 

Ainda que nada parecido tenha voltado a acontecer, a atividade é frequente desde 1982, com constantes rochas e lavas arremessadas no entorno. As duas últimas erupções aconteceram em 2009 e 2015. Como a atividade vulcânica continua, as várias trilhas não passam pela cratera, fora dos limites desde 1979.

Monte Zao

Monte Zao

O Monte Zao fica entre as províncias de Yagamata e Miyagi, com 1.840 metros de altitude. Embora ativo, o vulcão é uma atração graças à cratera Okama e as árvores congeladas conhecidas como “monstros de neve”. Durante o inverno, também tem banhos termais nos arredores e pistas de esqui. A última erupção do Monte Zao aconteceu em 1940. 

Monte Kirishima

O Monte Kirishima é uma faixa de vulcões com várias crateras (Jun Seita, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons)

O Monte Kirishima, na verdade, é uma faixa vulcânica que fica entre as províncias de Miyazaki e Kagoshima. Sua última erupção foi em 2018 e, mesmo assim, continua bastante visitado pelas potencialidades de trilhas e paisagem vulcânica. Porém, algumas delas foram fechadas após a erupção do Shimoedake, em 2011.

Monte Usu

Monte Usu (Hiroshi Nakai, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons)

O Monte Usu, no Parque Nacional Shikotsu-Toya, forma a borda sul da caldeira que abrange o lago Toya. Desde 1900, foram quatro erupções, sendo elas em 1910, 1944, 1977 e 2000. Vale destacar que a erupção dos anos 40 inclusive criou o Monte Shōwa-shinzan. A erupção mais recente, por sua vez, causou danos relevantes nas fontes termais próximas. 

Mesmo diante da atividade recente, o Monte Usu é visitado pelas ruínas, trilhas e novas crateras. Os mais aventureiros podem subir ao topo e crateras antigas pelo teleférico Usuzan. Lá de cima, ainda se avista o lago Toya e Showa Shinzan. 

Tokashi

Monte Tokashi (Alpsdake, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

Um dos vulcões mais famosos do Japão e, também, temido, o Monte Tokashi tem 2.077 m de altura. Localizado no Parque Nacional Daisetsuzan, teve sua última erupção em 2004.

Monte Oyama

Monte Oyama (Σ64, CC BY 3.0, via Wikimedia Commons)

Pense num vulcão temido no Japão! O Monte Oyama fica em Miyake-jima, uma das ilhas administradas por Tóquio. Foram várias erupções ao longo da história, sendo que a de 1940 causou 11 mortes. Mais tarde, em 1962 e 1983, mais duas atividades sérias. Mais recentemente, em julho de 2000, os moradores precisaram abandonar a ilha. 

Isso porque uma série de erupções lançou nuvens de gás sulfúrico, altamente tóxico. 

Daisetsu

Cadeia de vulcões do Parque Nacional de Daisetsuzan (SocialHermit, CC BY-NC 2.0, via Flickr)

Com a última erupção datada de 1739, o Monte Daisetsu tem 2.290 metros de altitude. Na verdade, é uma faixa de picos que fica no Parque Nacional de Daisetsuzan, incluindo o Asahi Dake, considerada a montanha mais alta de Hokkaido. O parque é ideal para a prática de hikking, especialmente entre junho e setembro. 

Sakurajima

Vulcão Sakurajima

Um dos 10 vulcões mais famosos do Japão, o Sakurajima simplesmente causou a maior erupção do país do século XX. A atividade aconteceu em 1914, quando a quantidade de lava lançada foi capaz de transformar a ilha em península. Em 1955, nova erupção para, depois, pequenas atividades ocorrerem anualmente. 

Embora o Sakurajima seja um perigo iminente, a formação continua atraindo visitantes para a região. Porém, desde 2018, quando aconteceu a erupção mais recente, alguns pontos de observação ficam à distância do monte. Mesmo porque as cinzas frequentes causam um certo incômodo. 

Além dos vulcões mais famosos do Japão, o país é conhecido por sua natureza abundante e construções milenares. Por exemplo, o Castelo de Osaka.

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