A expressão a “casa da mãe joana” possui um significado de “um local onde todos mandam, sem organização, desordenado, onde todos entram e saem quando querem e fazem o que querem”.
Porém, a sua origem possui uma história um tanto quanto complexa, e que envolve a monarquia da Itália e França. Confira abaixo como a expressão foi criada e porquê é considerada um “espaço sem organização”.
A história da Casa da Mãe Joana
A mãe Joana foi a rainha de Nápoles (cidade da Itália), chamada de Joana I. A história parte do rei Felipe IV da França, que decidiu cobrar impostos sobre os bens da igreja católica. Durante o embate entre monarquia e igreja, Felipe IV invadiu Roma (sede do papado na Itália) e prendeu o Papa Bonifácio VIII.
Em seguida, após a sua prisão e morte, o papado foi assumido por Clemente V em 1305, que sobre influência da França, transferiu a sede da igreja para a cidade francesa de Avignon.
E é aí que a Joana I entra na história. Após fugir de Nápoles devido a acusações feita por seu cunhado, rei da Hungria, de participar do assassinato de seu marido, a rainha se refugiou na cidade de Avignon, a qual lhe pertencia.
Com a chegada do papa Clemente V, que tinha o intuito de instaurar a sede da igreja no local, Joana vendeu a cidade para o papa, e em contrapartida pediu para ser inocentada de todas as acusações feita pelo seu cunhado.
O que significa “Casa da Mãe Joana”? E de onde surgiu a expressão?
Enquanto ainda era a dona de Avignon, Joana era uma fiel apoiadora das artes e intelectuais, sendo uma mulher bem moderna para a época. Além disso, Joana regulamentou e apoiou diversos bordéis na cidade.
Com isso, a principal medida feita pela rainha, que deu origem a expressão, foi a de que todo bordel deveria ter uma porta que todas as pessoas pudessem entrar, sem distinção. Dessa forma, os prostíbulos ficaram conhecidos como “paço da mãe Joana”. O termo mãe foi usado porque na época “mãe” era referente a dona da cidade.
Assim, a expressão viajou até Portugal e desembarcou no Brasil, possuindo um significado de local de livre passagem, onde pode-se fazer o que quer.
Mesmo após o assassinato de Joana, e a transformação da cidade em um local religioso, a expressão continuou sendo usada por todos habitantes.
Quer ler mais sobre outros temas? Clique aqui!