Uma ilha paradisíaca rodeada pelo mar azul e pontilhada de coqueiros é o sonho de férias ideais, certo? Mas, o cenário idílico pode mudar substancialmente quando falamos nas 12 ilhas mais perigosas do mundo. Ao contrário de sinônimos de paraíso, como Ibiza, Malta ou Maldivas, existem ilhas que, definitivamente, não são conhecidas pelas festas sem fim e praias incríveis. Em vez disso, são cheias de animais perigosos, gases venenosos ou forças naturais inclementes.
A maioria das ilhas no mundo é tida como segura para destinos de férias ou residência. Por outro lado, as ilhas apresentadas a seguir, com toda certeza, mostram que existem lugares que nem devem ser visitados!
Fauna assustadora, restos nucleares, condições climáticas extremas, entre outros fatores fazem com que chegar perto desses lugares seja mortal. Por isso, listamos aqui as 12 ilhas mais perigosas do mundo para evitar que, inadvertidamente, você as inclua em seu próximo roteiro de viagem.
As 12 ilhas mais perigosas do mundo
Ilha da Queimada Grande – Brasil
Você tem medo de cobras? Então, nem pense em chegar perto da Ilha da Queimada Grande, no litoral de São Paulo. O nome vem das queimadas que os antigos pescadores faziam para afastar as cobras.
Apelidada de Ilha das Cobras, é o lar de aproximadamente 15 mil cobras, a maior parte delas serpentes da espécie Bothrops insularis, mais conhecida como jararacas-ilhoas. A espécie está entre as mais venenosas do mundo, com veneno de 12 a 20 vezes mais forte que o das jararacas continentais.
A pequena ilha tem apenas 43 hectares e especialistas estimam que existam aproximadamente cinco cobras jararacas-ilhoas por metro quadrado da ilha. A espécie é responsável por mais mortes que qualquer outra cobra na América do Norte e do Sul.
Até o momento, não há antídoto totalmente eficaz, então evitar o lugar é uma boa ideia. Durante anos, um faroleiro foi o único humano na ilha, mas a Marinha do Brasil baniu todos os civis. Hoje preservada pelo ICMBio, é restrita a pesquisadores e profissionais ambientais.
Ilha Sentinela do Norte (North Sentinel Island) – Ilhas Andaman
A Ilha Sentinela do Norte é o lar da tribo Sentinelese, cujas únicas armas são lanças, arco e flecha. O governo da Índia, que controla a ilha, a considera o grupo de pessoas mais ferozes do planeta.
Para exemplificar, após um tsunami em 2000, autoridades tentaram entregar alimentos de emergência. A missão, porém, precisou ser abortada depois que o helicóptero foi atacado. Portanto, viagens marítimas no raio de cinco milhas náuticas são proibidas, além do deslocamento a menos de 4,83 quilômetros da costa.
Ilhas Izu – Japão
Miyake-jima, localizada nas Ilhas Izu, é uma ilha vulcânica criada há mais de 2.500 anos. Com uma área de 55,50 km², a ilha está a 180 km de Tóquio e seu maior perigo está no Monte Oyama, vulcão ativo que já entrou em erupção várias vezes na história recente.
As erupções recorrentes fazem com que o vulcão tenha vazamentos constantes de gás venenoso, obrigando os cerca de 2.800 residentes a usarem máscara de gás. Eles não necessariamente tem que usá-las o tempo todo, mas devem sempre carregá-las consigo para usar em emergências. Quando os níveis de enxofre sobem drasticamente, sirenes disparam em toda a ilha.
Ainda que haja erupções frequentes, a mais grave aconteceu entre os dias 26 de junho e 21 de julho de 2000. A ilha foi acometida por cerca de 17.500 terremotos sucessivos que despertaram o Monte Oyama, adormecido há 17 anos. Em 7 de julho, uma erupção explosiva levou à total evacuação da ilha e os moradores só retornaram em 2005. Os voos para o destino foram cancelados e voltaram a operar oito anos depois.
Saba – Antilhas Holandesas
Furacões são fenômenos recorrentes nas ilhas caribenhas e no território dos Estados Unidos. Porém, algumas regiões são, literalmente, castigadas por eles. Um exemplo delas é a ilha de Saba, nas Antilhas Holandesas.
De acordo com o site da Caribbean Hurricane Network, a Rede de Furacões do Caribe, nos últimos 150 anos, a pequena ilha foi mais atingida por furacões severos do que qualquer outra na região. Para exemplificar, foram 15 tempestades de categoria três e 7 de categoria cinco.
A Ilha de Saba está situada a 32 km de St. Maarten e, apesar das tempestades assustadoras, seus moradores seguem receptivos a turistas que, claro, viajam fora da temporada de furacões.
Ah, e Saba tem também um dos aeroportos mais perigosos do mundo! A pista do Aeroporto Juancho E. Yrausquin é a mais curta usada em voos comerciais do mundo, possuindo apenas 400 metros de extensão. Pensa que acabou? Saba ainda tem um vulcão adormecido que emergiu a 900 m para fora do Mar do Caribe!
Atol de Bikini – Ilhas Marshall
O Atol de Bikini é um Patrimônio Mundial da Unesco perigoso por dois motivos: radiação nuclear e tubarões. O local abrigou mais de 20 testes de armas nucleares entre 1946 e 1958.
Embora as ilhas tenham sido declaradas ‘seguras’ em 1997, seus habitantes nativos se recusaram a retornar. Eles não estão errados! Ainda não é recomendado ingerir produtos cultivados localmente. Ademais, nos últimos 65 anos, não houve pesca na área, então, a vida marinha – e os tubarões – só aumentaram!
Mas, há mergulhadores aventureiros que, atraídos pela intensa fauna marítima e os numerosos naufrágios na região, se arriscam a visitar.
Ilha Gruinard – Escócia
A Ilha Gruinard, pequena porção de terra ao norte da Escócia, foi usada pelo governo britânico para testes de guerra biológica durante a Segunda Guerra Mundial. Assim, experimentos foram conduzidos na ilha desabitada usando a antraz, bactéria altamente virulenta que matou centenas de ovelhas, além de obrigar a ilha a ficar de quarentena. Gruinard foi descontaminada na década de 1980, sem efeito real. Isso porque foram usadas centenas de toneladas de formaldeído, outro material potencialmente perigoso.
Ilha do Urso (Bjornoya) – Noruega
Bjornoya é um lugar de difícil cultivo em razão do solo extremamente rochoso. Também dificulta que um barco atraque um barco devido às enormes falésias ao longo da costa. Mas o que torna a ilha realmente perigosa é o naufrágio de um submarino nuclear soviético cerca de 100 milhas náuticas a sudoeste, em 1989, vazando material radioativo na água. Isso também pode ter contribuído para danificar o solo da ilha. Além disso, especialistas acreditam que o campo de gás Snøhvit também tenha alterado o clima permanentemente.
Ilha Bouvet – Noruega
A Ilha Bouvet está a quase dois quilômetros ao norte da Antártica. Trata-se da ilha mais remota do mundo e mais de 93% do território é coberto por uma geleira. Apenas seis pessoas vivem lá e trabalham para o Serviço Meteorológico Norueguês. Porém, sua permanência se limita ao tempo de dois a quatro meses, considerando as condições adversas. Em uma emergência, por exemplo, a ajuda demoraria para chegar, pois, há somente um lugar confiável para atracar barcos.
Ilhas Farallon – Estados Unidos
Entre 1946 e 1970, o mar na área das Ilhas Farallon, na costa de São Francisco, foi usado como depósito de lixo radioativo. Estima-se que 47.500 tambores de 208 litros de aço foram descartados ali. A localização exata e o risco para o meio ambiente ainda não são claros. Também, acredita-se que a remoção possa causar mais danos do que deixar os restos intocados. Porém, o risco de visitar a ilha tem mais dois fatores graves. Há indícios de que um navio da Marinha Americana, com sinais radioativos, pode ter sido enterrado ali.
Há ainda uma extensa população de elefantes marinhos, que atrai dezenas de tubarões-brancos. Portanto, pense duas vezes antes de mergulhar!
Ilha Ramree – Myanmar
A Ilha Ramree, na costa de Mianmar, é famosa pelo terrível incidente ocorrido durante a Segunda Guerra Mundial. Em 1945, após combates entre tropas britânicas e japonesas, cerca de 400 soldados japoneses foram forçados a fugir para os pântanos que cercam a ilha, onde foram aparentemente atacados pela população considerável de crocodilos de água salgada. O incidente é, de acordo com o Guinness Book of Records, o maior ataque sofrido por animais, e ficou conhecido como a Batalha da Ilha Ramree.
Arquipélago de Mergui – Myanmar
O Arquipélago de Mergui é formado por 800 pequenas ilhas, situado entre Mianmar e a Tailândia. As ilhas são, em grande parte, desabitadas. A tribo nativa Moken sobrevive exclusivamente da pesca, vivendo em grandes barcos de madeira que consideram suas casas.
Estranhos que se aproximam são recebidos com uma saraivada de flechas de fogo. Por isso, autoridades locais recomendam que turistas evitem a área. Ataques frequentes de piratas condicionaram o povo Moken a evitar contato com pessoas não familiares como parte de sua estratégia de sobrevivência.
Infelizmente, a tribo luta para sobreviver, mas nenhum dos governos locais conseguiu com sucesso incluí-la.
Papua Nova Guiné
Ainda que Papua Nova Guiné seja, de fato, um bom lugar para visitar, a premissa não é a mesma para todas as áreas. Registros de assalto a mão armada, roubos de veículos, invasões domiciliares e violência sexual se juntam à tensão entre grupos etnicos como exemplos de riscos aos quais os turistas devem se atentar.
De acordo com o site do Ministério das Relações Exteriores da Nova Zelândia e sites governamentais do Reino Unido e Estados Unidos, as tensões entre os grupos de clãs do país podem resultar em violência a qualquer momento, sem avisos, com usos de facões e armas de fogo, principalmente na Região das Terras Altas e nos maiores centros urbanos como Lar e Port Moresby.
Por isso, sempre antes de visitar algum lugar novo, recomendamos que você observe as orientações do Portal Consular.
Interessante saber sobre as 12 ilhas mais perigosas do mundo, não é mesmo? Continue navegando pelo site para conhecer curiosidades acerca de vários destinos do planeta!