Várias companhias aéreas ainda têm padrões de beleza e aparência rígidos – quer estejam tentando vender uma aparência e estilo de vida ou agindo com cuidado por razões culturais.
Não é nenhum segredo que as viagens podem causar estragos na pele e no bem-estar dos comissários de bordo. A mudança nos fusos horários, a falta de sono, uma diminuição do fluxo sanguíneo para a pele e os níveis de hidratação podem fazer uma pessoa parecer esgotada.
Apesar das normas rígidas relacionadas a cabelo, depilação e maquiagem, a maioria das companhias aéreas não arcam com essas despesas dos funcionários. Após uma ação movida por comissárias da Gol, a Justiça do Trabalho condenou a empresa a pagar um auxílio para suas funcionárias.
De acordo com informações do Sindicato Nacional dos Aeronautas, a companhia aérea foi condenada em primeira instância, mas ainda cabe recurso. As informações ainda dizem que a empresa terá que disponibilizar de forma gratuita a maquiagem exigida no código de vestimenta e demais serviços estéticos, como manicure e depilação.
O acordo com a Justiça, a ação prevê o pagamento mensal de 220 reais para esse auxílio. Além disso, a empresa terá que pagar um dano moral coletivo de 500 mil reais.
Comissários de bordo
No mundo todo, os padrões dos comissários de bordo evoluíram significativamente, uma vez que a elegibilidade para o trabalho era restrita por idade, sexo e estado civil.
John Hill, Diretor Assistente de Aviação do Museu do Aeroporto Internacional de São Francisco, diz que a Lei dos Direitos Civis de 1964 sob o Título VII ajudou as mulheres a começar a desafiar (e lentamente derrubar) as restrições baseadas na discriminação de gênero. E isso refletiu em todo o mundo.
“Por meio de seus esforços, a indústria aérea foi colocada na vanguarda de muitas das mudanças sociais da época”, diz Hill, citando igualdade de salário, gênero, raça, idade e peso como tópicos que a indústria foi desafiada.