Europa: Destinos turísticos adotam estratégias para controlar turistas

Cansados do trânsito caótico, do barulho ensurdecedor, da poluição excessiva e das montanhas de lixo deixadas pelos turistas, muitos destinos amplamente conhecidos na Europa estão tomando medidas drásticas para enfrentar os problemas causados pelo excesso de visitantes.

O antigo slogan “venham nos visitar” foi substituído por um mais enfático: “por favor, não venham”.

O aumento significativo no número de turistas transformou diversos destinos europeus em lugares que, atualmente, os próprios moradores evitam.

Alguns lugares estão ameaçados devido ao grande fluxo

Superlotação, insegurança e desconforto tornaram-se a realidade diária. A beleza, serenidade e simplicidade que antes caracterizavam esses lugares tão desejados estão ameaçadas pelo fluxo constante de milhões de pessoas ano após ano.

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Embora ainda não seja oficialmente reconhecido como um problema pela União Europeia, a grande questão de como lidar com o aumento considerável de turistas já começou a ser discutida. O que anteriormente era considerado um sinal de prosperidade e reconhecimento agora transformou-se em uma reação negativa coletiva.

Amsterdã adota medidas ousadas para preservar sua essência cultural

Amsterdã, a pitoresca cidade com menos de um milhão de habitantes, tem sido alvo do fascínio de mais de um milhão de turistas todos os meses.

No entanto, as autoridades locais tomaram uma decisão corajosa visando preservar a autenticidade do local: proibir a entrada de navios de cruzeiro em seu porto principal.

Essa ação surge como parte de uma série de medidas implementadas para desencorajar comportamentos indesejados, como o consumo de maconha em áreas públicas do famoso distrito da luz vermelha.

Campanhas digitais e pôsteres oficiais também estão sendo direcionados aos jovens britânicos, incentivando-os a “manter distância” durante sua estadia na cidade dos canais e das bicicletas.

Segundo a prefeita Femke Halsema, tais medidas têm como objetivo controlar o fluxo de visitantes e reduzir as perturbações que eles podem trazer para a cidade. Amsterdã é conhecida mundialmente por sua rica cultura, seus encantadores canais e seus famosos coffee shops que vendem maconha.

Veneza e Grécia implementam medidas para lidar com o fluxo de visitantes

Em toda a Europa, especialmente nas cidades e vilas mais populares, os efeitos do excesso de turismo têm sido motivo de preocupação para os moradores locais.

Veneza, por exemplo, está enfrentando uma sobrecarga de visitantes, levando as autoridades a adotarem medidas para controlar a situação.

A cidade italiana, famosa por seus canais e paisagens encantadoras, introduziu recentemente uma taxa de entrada que varia de 3 a 10 euros para acessar a cidade e suas ilhas. Essa medida tem como objetivo reduzir o número de turistas e aliviar a pressão sobre a infraestrutura local.

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Além disso, a Grécia também está buscando soluções para lidar com as multidões que se acumulam em suas atrações mais famosas. Um sistema de agendamento de horários foi implementado para a Acrópole, permitindo que os turistas planejem suas visitas e evitem longas filas.

No entanto, não são apenas os moradores locais que estão sentindo os efeitos negativos do excesso de turismo. Os próprios turistas também enfrentam dificuldades, como filas demoradas para caminhar pelas calçadas, comprar uma bebida, entrar em restaurantes ou embarcar em meios de transporte.

Até mesmo locais considerados maravilhas naturais ou construídas pelo homem, como igrejas históricas, agora estão sendo afetados pela comercialização do turismo.

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