No ano de 2023, um relatório da IQAir Global revelou uma realidade preocupante: das 99 cidades mais poluídas do mundo, todas estavam na Ásia, sendo a Índia responsável por 83 delas.
Essas cidades ultrapassaram em até dez vezes as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a qualidade do ar. A análise se concentrou nas partículas finas conhecidas como PM2,5, as quais representam um sério perigo para a saúde humana.
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Em nota, Frank Hammes, diretor executivo da IQAir Global, destacou que a poluição do ar tem um impacto direto em nossas vidas, reduzindo a expectativa média de vida em até seis anos em algumas regiões altamente poluídas do mundo. As partículas PM2,5, provenientes de diversas fontes, como combustíveis fósseis e incêndios florestais, representam uma ameaça grave à saúde pública.
Índia segue liderando o ranking do caos ambiental
Begusarai, uma cidade no estado indiano de Bihar, conquistou o título de cidade mais poluída do mundo em 2023, com uma concentração anual de PM2,5 23 vezes superior às diretrizes da OMS. Essa triste realidade se estende por outras cidades indianas, como Guwahati, Deli e Mullanpur, que também figuram no topo do ranking da poluição.
A qualidade média do ar em Bangladesh, Paquistão e Índia ultrapassou significativamente as diretrizes da OMS em quase 16 vezes, 14 vezes e 10 vezes, respectivamente. A situação é ainda mais alarmante quando observamos que 29 das 30 cidades mais poluídas do mundo estão localizadas na Índia.
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Os desafios globais quando o assunto é a qualidade do ar
O Relatório Anual Mundial sobre a Qualidade do Ar de 2023 revelou que apenas sete países conseguiram cumprir os padrões estabelecidos pela OMS. Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurício e Nova Zelândia foram os poucos vencedores nesse cenário de desafios crescentes para a saúde pública global.
Já o Brasil, embora tenha registrado uma melhoria em relação a anos anteriores, ainda enfrenta desafios em relação à poluição do ar. Cidades como Manaus, Osasco e Xapuri estão entre as mais afetadas pela má qualidade do ar, com níveis de PM2,5 muito acima do recomendado pela OMS. Mas, Fortaleza surge como uma exceção, mantendo uma qualidade do ar que atende aos padrões internacionais.