Dormir pouco pode sabotar seus ganhos na academia, segundo estudo!
Conheça o motivo por trás dessa relação e aprenda a valorizar o descanso para potencializar seus resultados.
Não é novidade afirmar que manter o corpo saudável é fundamental para uma vida plena, e uma das melhores maneiras de alcançar esse objetivo é através da prática regular de exercícios físicos. Diversos estudos comprovam que essa prática auxilia na prevenção de doenças crônicas, no aumento da expectativa de vida, na prevenção da demência e no retardamento do declínio cognitivo.
No entanto, além disso, não devemos negligenciar a importância das horas dedicadas ao sono, especialmente quando se trata dos benefícios dos exercícios e do funcionamento do cérebro à medida que envelhecemos.
Em uma recente pesquisa realizada pelo Instituto de Epidemiologia e Cuidados de Saúde da University College London, cientistas descobriram uma relação surpreendente entre a prática de exercícios físicos, a quantidade de sono e o declínio cognitivo. Para compreender melhor, continue lendo as informações que apresentamos abaixo.
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Declínio cognitivo
Segundo o estudo, pessoas que se exercitam com maior frequência e intensidade, mas dormem menos de seis horas por noite, apresentam um declínio cognitivo mais acelerado em comparação àquelas que dormem pouco, mas também se exercitam menos.
Mikaela Bloomberg, pesquisadora responsável pelo estudo, ressalta a importância desses resultados: “Nossas descobertas sugerem que dormir o suficiente pode ser um requisito essencial para aproveitar todos os benefícios cognitivos proporcionados pela prática regular de exercícios físicos.”
Essa constatação traz uma nova perspectiva para a relação entre sono e atividade física, mostrando que ambos são igualmente importantes para manter a saúde do corpo e do cérebro.
Segredos revelados após uma década de estudo
Ao longo de uma década, um grupo de pesquisadores dedicados acompanhou de perto a vida de quase 9.000 adultos no Estudo Longitudinal Inglês do Envelhecimento. Patrocinado pelo governo do Reino Unido e pelo prestigiado Instituto Nacional de Envelhecimento dos EUA, o estudo buscou desvendar os segredos para uma mente saudável na terceira idade.
A cada dois anos, os participantes passaram por uma avaliação inicial, além de entrevistas com diversos acompanhamentos, assim como testes cognitivos. Vale ressaltar que indivíduos diagnosticados com demência ou que apresentavam resultados de testes indicativos de declínio cognitivo foram excluídos do estudo desde o início, a fim de obter resultados mais precisos.
Os resultados desse estudo inovador foram publicados recentemente no renomado jornal The Lancet Healthy Longevity e trouxeram uma descoberta surpreendente: a prática regular de atividade física e um sono adequado são fatores determinantes para uma função cognitiva melhor ao longo dos anos.
Pessoas que se exercitavam com maior intensidade e regularidade, combinando esse hábito saudável com uma média de seis a oito horas de sono por noite, apresentaram uma função cognitiva mais preservada à medida que envelheciam.
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Estudo contou com pessoas mais jovens e magras
Os participantes mais ativos fisicamente no estudo eram pessoas mais jovens e magras, casadas ou com parceiro(a), além de apresentarem menor propensão a fumar, beber ou sofrer de depressão, assim como outras doenças crônicas. Além disso, eles possuíam níveis mais elevados de educação e riqueza, em comparação com o grupo menos ativo.
No entanto, mesmo com todas essas vantagens, ao final do período de dez anos, indivíduos altamente ativos na faixa dos 50 e 60 anos que dormiam menos de seis horas por noite perderam a vantagem proporcionada pelo exercício.
Eles experimentaram um declínio cognitivo mais rápido e apresentaram níveis de desempenho semelhantes aos daqueles que não praticavam atividades físicas.