Castelo de Windsor – Fatos e Curiosidades

A propriedade erguida no século XI já abrigou mais de 30 monarcas e sediou o casamento de Megan Markle com o príncipe Harry.

A Família Real Britânica, sem dúvida, desperta curiosidade tanto pelo estilo de vida quanto pelas frequentes manchetes que envolvem seus membros. Mas, um tema que, certamente, encanta a todos é a suntuosidade de suas propriedades. Além do emblemático Palácio de Buckingham, outros monumentos espalhados pelo Reino Unido abrigam seus duques e duquesas e, claro, são desejados pelos simples plebeus. Aqui, vamos nos resumir ao Castelo de Windsor, seus fatos e curiosidades. 

O Castelo de Windsor foi construído no século XI, após a invasão normanda, sendo o maior e mais antigo castelo ocupado do mundo. Nos últimos 900 anos, mais de 30 monarcas moraram ali, além da realização de vários casamentos reais, como o de Príncipe Harry com Meghan Markle. 

Vista aérea do Castelo de Windsor, na Inglaterra

Sua associação à família real, entretanto, vai além da moradia e eventos midiáticos. O próprio nome usado hoje pela realeza veio do castelo, adotado após os acontecimentos da Primeira Guerra Mundial.    

O castelo foi aberto ao público pela Rainha Vitória, mas é a soberana atual, Elizabeth II, quem tem uma relação especial com o monumento. Lá, a mãe do Príncipe Charles passa os finais de semana e férias, sem guardar segredo de que Windsor é sua residência oficial predileta. Conheça a história do Castelo de Windsor, fatos e curiosidades acerca de uma das construções mais simbólicas da Europa. 

Onde fica o Castelo de Windsor?

Famoso por sua arquitetura, o Castelo de Windsor está localizado no condado de Berkshire, a cerca de 40 km da capital, Londres. Tão perto que dá para conhecer em um passeio de trem, como bate e volta.   

História do Castelo de Windsor

O Castelo de Windsor, de fato, fazia parte do plano do rei Guilherme, o Conquistador, de subjugar a Grã-Bretanha saxônica. Em 1066, Guilherme, então duque da Normandia, havia derrotado o último rei saxão da Inglaterra, Harold Godwinson, na Batalha de Hastings, coroando-se assim como o novo rei da Inglaterra. 

Um feito incrível que o permitiu implementar sua estratégia de conquista a partir da construção de uma série de castelos para consolidar seu poder. O duque então marchou para o interior. Primeiro, parou em Dover para garantir uma posição estratégica com um castelo. 

Guilherme, o Conquistador, rei responsável pela construção de uma série de castelos na Inglaterra, inclusive o Castelo de Windsor

Em seguida, William partiu para Londres e bloqueou a cidade com mais três construções poderosas, entre elas, a Torre de Londres. Porém, ele não parou por aí. Um verdadeiro anel de nove castelos, cada um com cerca de 40 quilômetros de distância entre si e a um dia de caminhada da capital, inicia a história do mais impressionante deles – o Castelo de Windsor. 

A imensa cidadela foi erguida às margens do rio Tâmisa, passando pelo condado de Berkshire, com o objetivo de proteger o domínio normando na região.

Essa é a razão pela qual o castelo foi construído sobre uma colina e protegido por três alas. Proteção que, posteriormente, seria reforçada com uma densa cobertura de pedra, algo comum nas construções francesas. 

Uma das características mais marcantes do Castelo de Windsor é a mescla de diferentes estilos arquitetônicos, resultado das diversas mudanças pelas quais passou ao longo dos séculos. A primeira delas, por exemplo, aconteceu durante o reinado de Henry III, no século XIII, quando um palácio foi construído no castelo. 

Pátio interno do castelo, com a estátua do Rei Charles II à direita

Posteriormente, Edward III assumiu o trono e deu ares ainda mais luxuosos à construção de seu antecessor. Já no século XVII, foi a vez de Charles I imprimir um estilo barroco à obra, mediante a contratação do arquiteto Hugh May. 

Durante os séculos XVII e XIX, período conhecido como georgiano, George III e seu filho, George IV, promoveram mais uma renovação, desta vez, uma obra caríssima! Aqui, nasceram os Apartamentos de Estado, aposentos de alto luxo repletos de mobílias góticas, rococós e barrocas. 

Atualmente, os Apartamentos de Estado são a principal atração do palácio. Como se vê, tantas modificações foram frutos dos caprichos reais e foram solidificando a estrutura do Castelo de Windsor como residência real. 

Porém, a última grande reforma se deu em 1992, não como vaidade, mas para efeitos de restauração. O Castelo de Windsor sofreu um grande incêndio e parte da estrutura foi destruída, demandando processo de reconstrução.

Fatos sobre o Castelo de Windsor

  • O Príncipe Albert faleceu na noite de 14 de dezembro de 1861, na Sala Azul do Castelo de Windsor.
  • Evitando o Palácio de Buckingham após a morte de Albert, a Rainha Victoria usou o Castelo de Windsor como sua residência principal para as funções oficiais. Apesar dos avanços tecnológicos da época, como a iluminação elétrica, a Rainha preferia as velas. Talvez, isso demonstrasse seu estado de luto, um dos motivos pelos quais ficou conhecida como a Viúva de Windsor. 
  • O Castelo de Windsor sofreu graves incêndios em 1296 e 1853, mas o mais prejudicial aconteceu em 20 de novembro de 1992. Reformas estavam sendo feitas na Capela Privada dos Apartamentos de Estado. A hipótese é que alguma cortina tenha ficado perto demais de um dos holofotes usados ​​para a obra, acendendo o fogo que se espalhou rapidamente. Enquanto 200 bombeiros lutavam para controlar o incêndio, a equipe do castelo resgatou obras de arte preciosas. O incêndio durou 15 horas e foi controlado com mais de 1,5 milhão de galões de água.

    Um incêndio em 20 de novembro de 1992 destruiu parte do Castelo de Windsor, demandando intervenções para reconstrução

  • E quem pagou pela reforma? Desde o reinado de George III, os lucros da propriedade têm passado para o governo em troca de um pagamento fixo. Para economizar, o castelo não tinha seguro e os jornais britânicos pediam que a Rainha pagasse com sua renda privada. No final, um acordo foi fechado de modo que o governo acabou pagando pelos reparos em troca da abertura do Palácio de Buckingham ao público.
  • A chegada ao castelo se dá pela The Long Walk, avenida 4 km de comprimento que atravessa o Home Park, área que foi mencionada em Merry Wives of Windsor, de Shakespeare. A avenida é ladeada por algumas das árvores mais antigas da Europa.
A extensa The Long Walk em direção ao Castelo de Windsor
  • Hoje, mais de 500 pessoas vivem e trabalham no Castelo de Windsor, o maior castelo habitado do mundo. É a residência de fim de semana preferida da Rainha e, quando ela está em casa, o estandarte se levanta a partir da Torre Redonda.
  • O Castelo de Windsor também tem a cerimônia de troca da guarda. A solenidade acontece a partir das 11h, sempre às terças, quintas, sábados e domingos. Nos meses de junho e julho, normalmente é realizada diariamente. Para assistir à cerimônia, é necessário comprar o ingresso para o Castelo. 
Guarda da Rainha, no Castelo de Windsor

10 Curiosidades sobre o Castelo de Windsor

  • A Queen Mary’s Dolls’ House é a maior e mais elaborada casa em miniatura do mundo. Possui água encanada, eletricidade, elevadores, adega abastecida com 1.200 vinhos e cerveja de verdade. Também tem uma biblioteca em miniatura repleta de histórias originais escritas à mão por autores como Rudyard Kipling e Sir Arthur Conan Doyle. Sua construção exigiu o trabalho manual de mais de 1.500 artistas e artesãos. Veja abaixo um vídeo mostrando detalhes da atração.

  • A adega real mantém cerca de 18.000 rótulos, mas nem tudo é tão sofisticado. Algumas garrafas custam entre 5 e 10 libras esterlinas.
  • Os diários da Rainha Vitória e as cartas particulares do Rei George III estão guardados na Biblioteca e Arquivos Reais do Castelo de Windsor. A primeira está localizada em três Apartamentos de Estado e contém mais de 200.000 itens, incluindo coleções de livros de vários monarcas. 
  • Muita gente vive no castelo com empregos, no mínimo, antiquados. Há quem cuide das cerca de 300 lareiras do castelo em funcionamento, relojoeiros para os 379 relógios, mordomo de vinho, ​​lacaios, douradores e um administrador que mede os talheres com régua antes de cada refeição principal.
  • O Castelo de Windsor passou ileso pela Segunda Guerra Mundial porque, segundo rumores, Adolf Hitler queria torná-lo sua casa britânica. A família real aproveitou para esconder-se secretamente no castelo. Por isso, as janelas foram escurecidas, lustres removidos e quartos reforçados. 
  • Nos anos 1200, na Guerra dos Barões, o castelo resistiu a um cerco de dois meses. Nos anos 1400, quando o rei Henrique IV depôs Ricardo II, foi novamente atacado e os invasores não foram bem sucedidos. 
  • James Holman, o maior viajante do século XIX, travou longas distâncias até ficar completamente cego. Quando não estava vagando pelo mundo, morava no castelo como um cavaleiro oficial de Windsor. 
  • Eduardo III era tão fascinado pelos contos do Rei Arthur e dos Cavaleiros da Távola Redonda que iniciou a Mais Nobre Ordem da Jarreteira (Most Noble Order of the Garter). Fundado em 1348, o grupo é a ordem de cavalaria mais antiga e prestigiosa da Inglaterra, limitada ao monarca, membros da família real e 24 pessoas escolhidas pelo soberano. 
  • A ordem se reúne, anualmente, na Capela St. George. No mês de junho, os membros almoçam nos Apartamentos de Estado, os cavaleiros vestem suas vestes e insígnias para, posteriormente, seguir a pé até a Capela para o serviço religioso. 
Cavaleiros da Most Noble Order of the Garter Philip Allfrey, CC BY-SA 2.5, via Wikimedia Commons
  • Antes de 1919, o sobrenome da família real era “Saxe-Coburgo-Gotha”, ou seja, de descendência germânica. O nome alemão tornou-se uma indisposição para os britânicos na Primeira Guerra Mundial, portanto, a realeza o mudou para Windsor. 

E aí, você sabia tanta coisa assim sobre o Castelo de Windsor? Já conheceu o palácio pessoalmente? Continue sua visita pelo nosso site e descubra mais sobre os monumentos mais famosos do mundo!

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