As 10 pirâmides mais incríveis do México!

Heranças dos povos pré-colombianos, estas construções mostram as habilidades arquitetônicas de uma era.

Bem antes dos primeiros navios espanhóis aparecerem no horizonte do Oceano Atlântico, os verdadeiros descobridores do México eram donos de interessantíssimas civilizações da América. Toltecas, zapotecas, mexicas e maias constituíram sociedades ricas cultural e economicamente. Sem falar nas elaboradas construções, como as 10 pirâmides mais incríveis do México

Os povos pré-colombianos deixaram para o mundo relíquias inestimáveis que mostram todo seu esplendor. Ainda que cada cultura seja única, estas sociedades compartilhavam determinadas características. A maior parte dos sítios arqueológicos, por exemplo, trazem quadras, vestígios da cultura do milho e elas, as pirâmides. 

As pirâmides, em especial, representavam tributos aos deuses, com beleza e técnicas de construção avançadas. As construções são encontradas por todo o país, abrindo as janelas para o passado. 

Ninguém sabe quantas são ao certo e algumas, como a capital asteca de Tenochtitlán, há muito desapareceram. Mas, felizmente, muitas seguem de pé!

Quem construiu as pirâmides do México?

As pirâmides do México foram construídas pelos povos pré-colombianos, como olmecas, mixtecas, toltecas, zapotecas, astecas (ou mexicas) e maias. Cada civilização tinha um estilo de construção, embora todas usassem materiais em comum, a exemplo da argila, pedra e argamassa.

As pirâmides mais significativas foram construídas ao longo de aproximadamente dois milênios, por volta de 900 a.C. a 1000 d.C. Várias delas estão localizadas ao longo da costa leste, outras no interior. Também estão concentradas ao redor da Cidade do México e mais ao sul, em Oaxaca. 

10 pirâmides incríveis do México

Templo de Kukulkan

Templo de Kukulkan, no sítio arqueológico de Chichen Itza

O Templo de Kukulkan fica no famoso sítio arqueológico de Chichen Itza, cidade mágica construída entre 700 e 900 d.C. A homenagem a um deus maia era um enorme calendário cuja projeção fazia com que, nos equinócios, os jogos de luz e sombra criassem uma cobra descendo à terra. 

A soma dos degraus das laterais e o degrau superior é igual a 365 dias simbólicos do ano. Infelizmente, a pirâmide não está aberta à visitação, mas os turistas ainda podem conhecer as quadras, templos e demais palácios de Chichen Itza. 

Pirâmide do Sol

Pirâmide do Sol, em Teotihuacán (Diego Delso, delso.photo, License CC-BY-SA)

A Pirâmide do Sol fica em Teotihuacán, a cidade dos deuses, e é uma das mais antigas da lista. Construída entre 100 a.C. e 550 d.C, forma, com a pirâmide da Lua, uma imitação das montanhas locais. 

Também guarda tumbas construídas ao longo de suas camadas. A pirâmide é a mais alta do sítio e pode ter servido como local de cerimônias. 

Os arqueólogos encontraram um conjunto de câmaras no formato de trevo no fundo da pirâmide. São sinais que levam à crença de que rituais de fogo e água tenham sido realizados ali. 

Voltando à cidade onde está localizada, Teotihuacán teve grande influência na Mesoamérica, com população de quase 200.000 em seu auge. 

Pirâmide da Lua

Pirâmide da Lua, em Teotihuacán

Também em Teotihuacán, a Pirâmide da Lua fica ao longo da Avenida dos Mortos e forma, junto à Pirâmide do Sol e uma cidadela de quatro quilômetros de extensão. A cidade monumental ainda é um mistério quanto às técnicas e quem, de fato, a construiu. 

Pirâmide do Mago

Pirâmide do Mago (tato grasso, CC BY-SA 2.5, via Wikimedia Commons)

A Pirâmide do Mago fica em Uxmal que, no dialeto maia, significa “três vezes construído” e é um dos poucos edifícios cujo nome reflete o uso. A obra mostra o conhecimento astronômico dos maias, pois está alinhada com o planeta Vênus. Sua escada ainda está perfeitamente direcionada aos raios do sol poente no solstício de verão.

Os maias, aliás, nunca foram centralizados em uma capital, como os astecas e os toltecas. Em vez disso, tinham cidades-estados independentes que compartilhavam idioma e crenças religiosas. Porém, desenvolveram diferentes modelos de arquitetura e personagens distintos. O contraste entre Chichén Itzá e Uxmal, por exemplo, é nítido. 

As estruturas em Uxmal, incluindo a Pirâmide do Mago, foram construídas no estilo Puuc, com detalhes altamente estilizados e uma riqueza decorativa incomum em outras cidades maias. 

Uxmal foi abandonada no século X, quando a influência tolteca começou, permanecendo vazia até a chegada dos espanhóis. 

Pirâmide Nohoch Mul

Pirâmide Nohoch Mul, em Yucatán (Jpmurray, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

A Pirâmide Nohoch Mul é a segunda pirâmide mais alta de Yucatán, com 42 m de altura, e integra um importante sítio arqueológico. As ruínas de Coba são maiores que a maioria. O nome significa “grande colina” e os 120 degraus até o topo proporcionam uma vista incrível da área, incluindo as lagoas gêmeas das quais o nome Coba (vento sobre as águas) provavelmente foi derivado.

Dezesseis estradas cerimoniais diferentes se estendem desde Nohoch Mul até povoados próximos que supostamente concentraram uma população de 50.000 pessoas. 

La Iglesia

La Iglesia, em Coba (Gautier Poupeau from Paris, France, CC BY 2.0, via Wikimedia Commons0

A antiga cidade maia de Coba, que teve seu pico entre 800 e 1100 d.C., também é o lar da pirâmide la Iglesia.

Parcialmente arruinada e coberta de plantas, a estrutura cria uma atmosfera misteriosa e quase mágica.

Templo das Inscrições

Templo das Inscrições, em Palenque (Lousanroj, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

Os edifícios de Palenque, no estado de Chiapas, impressionam menos pelo tamanho do que pela elegância do design. O Templo das Inscrições, com 27 metros de altura, é elevada por um templo com pilares cobertos por hieróglifos maias. Daí, as “inscrições” em seu nome. 

Os arqueólogos estimam que apenas 10% de Palenque tenham sido escavados, por isso, outras maravilhas certamente aguardam para serem descobertas.

Monte Albán

Monte Albán, no estado de Oaxaca

Situado ao longo do Pacífico, o estado de Oaxaca foi, e ainda é, o centro do povo zapoteca. Monte Albán foi sua capital por mais de um milênio, entre 500 a.C. a 800 d.C. Hoje, os visitantes podem explorar as pirâmides do local, que parecem plataformas elevadas por templos, bem como tumbas famosas e esculturas de pedra.

Quetzacoatl

Pirâmide de Quetzacoatl (HJPD, CC BY 3.0, via Wikimedia Commons)

Os toltecas caíram no vazio criado pela queda de Teotihuacán e estabeleceram sua capital em Tula (ou Tollan), que atingiu seu auge entre 950 e 1150 dC. A estrutura mais impressionante da cidade é a Pirâmide de Quetzalcoatl, erguida por uma colunata e com estátuas de guerreiros toltecas com quatro metros de altura.

O visitante também pode explorar a vasta praça cerimonial, o palácio e as quadras.

A Grande Pirâmide de Calakmul

Pirâmide de Calakmul, em Yucatán (User:PhilippN, CC BY-SA 3.0, via Wikimedia Commons)

Nas profundezas da selva de Yucatán, ficava o reino da Cobra, ou Calakmul. A cidade estava entre os principais reinos maias, por isso, tinha conflitos constantes com a vizinha, Tikal. É a pirâmide mais alta de Yucatán.

A Grande Pirâmide de Calakmul é uma das maiores da região. Quatro tumbas foram descobertas em seu interior, provavelmente pertencentes à realeza. 

A propósito, a “selva” ao redor compõe a bio reserva de Calakmul, que abriga pássaros tropicais e macacos bugios.


Estas pirâmides incríveis do México mostram toda a habilidade e poderio das sociedades pré-colombianas. Continue conhecendo mais sobre o país, como a cidade de Teotihuacan e a misteriosa Ilha das Bonecas.   

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