Amsterdã, famosa por seus canais, bicicletas e cerveja Heineken, bem como por sua arquitetura única e ricas coleções de arte, é frequentemente vista apenas como uma cidade de festas.
No entanto, para surpresa de muitos, a capital holandesa está adotando abordagens fora da caixa para mudar essa percepção e melhorar a vida dos moradores. Uma nova estratégia foi anunciada pela prefeitura em comunicado à imprensa, com o objetivo de transformar a forma como os visitantes enxergam Amsterdã.
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A meta é incentivar os turistas a experimentarem a cidade do ponto de vista dos locais. Ou seja, desencorajar aqueles que buscam apenas diversão superficial e entretenimento de baixa qualidade, conforme relato do Portal Euronews.
Regras a partir de janeiro de 2024
A partir de 1º de janeiro de 2024, serão implementadas novas regras, incluindo mudanças na política de habitação. O foco será aumentar a disponibilidade de moradias para estudantes, professores e policiais em treinamento. Residentes que viveram em Amsterdã por pelo menos seis dos últimos dez anos terão prioridade na obtenção de moradia.
As autoridades também planejam limitar os aluguéis por temporada e o número de pousadas por distrito. O limite máximo de estabelecimentos de hospedagem foi reduzido em 30%, evitando novas aberturas no centro da cidade.
Combate ao turismo focado em festas
As mudanças não ficam apenas nisso, a cidade também está tomando medidas contra os locais turísticos voltados para festas. Recentemente, o Conselho de Estado holandês proibiu a emissão de novas licenças para lojas de souvenirs no centro, abrindo espaço para livrarias, salões de beleza e academias.
A ideia é que a melhor maneira de conhecer Amsterdã é vivenciá-la como um morador local, em vez de ser apenas um turista em busca de festas. Com essa abordagem nova, a cidade espera preservar seu charmoso centro.
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Tendência mundial
Amsterdã não está sozinha nessa iniciativa. Outras cidades também estão tomando medidas para gerenciar o impacto do turismo excessivo. Por exemplo, Florença proibiu os aluguéis pelo Airbnb em seu centro histórico, enquanto o Japão lançou uma campanha para promover locais menos conhecidos, evitando a superlotação nas áreas metropolitanas.
Essas ações globais demonstram um crescente interesse em equilibrar a necessidade do turismo com a preservação da qualidade de vida local e a sustentabilidade das cidades.