9 hábitos mais irritantes de turistas no exterior para evitar
Que tal parar de criticar a comida local quando for a um restaurante?
Recentemente, a pessoa que vos escreve estava em um mercado bem movimentado no Porto, em Portugal. E eis que uma turma de viajantes estrangeiros, além do extremo barulho que fazia, solta, em alto e bom som: ah, mas os portugueses são mesmo muito chatos. Detalhe: era hora de almoço e havia muita gente tirando o intervalo ali.
Pois é, essa historinha mostra que falar mal dos outros, sobretudo na casa deles, é apenas um dos hábitos mais irritantes de turistas no exterior.
Não dá para negar que viajar abre nossas mentes, pois nos dá uma visão mais ampla do mundo. Entretanto, exige também adaptação e principalmente respeito à cultura alheia. Isso inclui seguir os costumes, etiqueta nos restaurantes e observar os preceitos pertinentes à religião.
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Ok, muita gente comete gafes por pura desinformação, portanto, mais vale dar uma pesquisadinha antes para não ser tão inconveniente quanto os turistas acima.
Para te ajudar, trouxemos uma listinha das coisas irritantes (e, sim, em alguns casos, ofensivas) que você definitivamente não quer fazer na próxima vez que sair do Brasil.
Ignorar costumes culturais
De modo geral, a etiqueta social é fundamental ao viajar para o exterior. E isso nem precisaria ser dito, né? Não se dar ao trabalho de se familiarizar com costumes importantes como cumprimentos, gorjetas e até qual mão usar para passar um prato é desrespeitar os outros.
Quer um exemplo? Não quer dar gorjeta em um restaurante nos Estados Unidos? Melhor fazer sua própria comida porque lá, este é um hábito cultural.
Vestir-se inadequadamente
Ok, você pode, sim, manter seu estilo enquanto viaja. Mas, isso não significa desrespeitar os códigos que o país estabelece. Ao mesmo tempo em que andar de shorts na Itália no verão é quase mandatório, em alguns lugares de Bali ou Tailândia é completamente desrespeitoso. Aliás, é inapropriado não cobrir braços e pernas nos templos destes países. Ainda assim, tem muita gente fazendo suas selfies de bermudinhas curtas ou vestidos em frente ao Buda.
Comer às pressas
No dia-a-dia, você mal mastiga a comida antes de engolir pela correria? Esqueça, você está de férias! E embora a ansiedade de conhecer os lugares, às vezes, justifique a pressa, há lugares no exterior que prezam pela calma nas refeições. Por isso, um dos hábitos mais irritantes de turistas é justamente essa correria para ler o cardápio, pedir, comer, pagar e sair.
Principalmente no jantar, tente fazer do momento uma experiência mais lenta e prazerosa. Ah, e por favor, nada de ficar estalando os dedos para chamar a atenção do garçom e pedir a conta assim que colocar o garfo no prato. Você não é a única pessoa no restaurante que ele tem para atender.
Achar que tudo funciona 24 horas por dia
Ah, no Rio, você encontra uma pizzaria aberta sempre que sai da boate? Em São Paulo, Goiânia ou BH, os bares funcionam até altas horas? Que bom! Mas, nem todos os lugares no mundo são obrigados a isso, por mais turísticos que sejam.
Só para ilustrar, no Porto, boa parte dos restaurantes fecha à meia-noite, mesmo na alta temporada. Outro ponto: algumas lojas fecham para almoço. É o caso de estabelecimentos na Itália, Espanha e Portugal.
Então, se esqueceu de comprar lembrancinhas no horário comercial, nada de bater na janela exigindo que a pessoa abra a porta para você. E nem de reclamar mundos e fundos porque quer jantar à 1h da manhã. De novo: você está na casa dos outros e nem sempre os destinos conseguem se adaptar aos gostos de todo mundo. O turismo também tem limites, né?
Desrespeitar monumentos é um dos hábitos mais irritantes (e graves) de turistas
Em 2020, um grupo de turistas, incluindo um brasileiro, foi preso por defecar no Templo do Sol, no Peru. Para quem não sabe (e esses viajantes, pelo jeito, ignoraram), trata-se de um lugar sagrado que os incas construíram para homenagear o sol em Machu Picchu. Afinal, a estrela era uma das divindades mais importantes da civilização.
Então, na sua próxima viagem, por favor, não cometa o erro de desrespeitar símbolos de significado cultural e religioso. Isso vale para subir em túmulos ou pular áreas delimitadas só para tirar uma foto. Existem monumentos centenários cujo peso de uma pessoa pode fazê-lo desabar, por exemplo.
Levar um monte de bagagem
Isso irrita no aeroporto, na rua e nos hotéis. A gente sabe que, principalmente, para quem viaja com crianças é bem difícil levar pouca coisa em viagens longas. Mas, tente a objetividade, até para se ajudar ao longo do itinerário. Além do trabalhão em carregar tanta bagagem, os riscos de perder algo no caminho e até a dificuldade de achar um simples carro por aplicativo aumentam.
Criticar comida e cultura
Lembra dos turistas lá do início do texto? Pois é, cabem aqui também. Assim como qualquer pessoa que chegue a um país falando mal da comida, dos hábitos culturais, entre outros pontos. Então, lembre-se sempre: este é um dos hábitos mais irritantes de turistas no exterior. Não há vantagem alguma em comparar tudo o que come, vê e experimenta com a forma como as coisas são no Brasil.
Pior ainda, depois criticar com base nessa lente muito estreita e rasa. Viajar para o exterior é ver e, sobretudo, aceitar o diferente (de você). Portanto, respeite! Se queria mais do mesmo, por que não ficou em casa?
Pedir um monte de alterações na comida
Você já viajou com uma pessoa celíaca, vegana ou vegetariana? Se sim, reparou que, no máximo, ela pergunta quais as opções que melhor se encaixam nas suas restrições. Ou, pedem para tirar aquilo que não condiz com o que geralmente come. Então, que tal ter isso como exemplo e não pedir mudanças intermináveis no prato?
Isso causa estresse desnecessário às pessoas que preparam (e servem) comida. Também é bastante insensível exigir alterações em pratos tradicionais e estilos de cozinha locais. Aliás, para se adaptar aos gostos dos turistas, muitos até tem se esforçado para ajustar ingredientes. Portanto, faça sua parte também.
Ficar apenas nos pontos turísticos (e reclamar da lotação)
A Fontana di Trevi é um dos pontos turísticos mais populares de Roma. Então, não espere tê-la somente para você. Da mesma forma, a loja dos tradicionais Pastéis de Belém é sempre cheia de filas para entrar. Logo, vá sabendo disso e se prepare para a espera!
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Ao mesmo tempo, tente não ficar apenas nas redes internacionais ou recomendações do tipo “turistão”. Vai à Sevilha? Busque os restaurantes nas vielas estreitas da cidade para comer o que os locais comem. Vai à Aveiro? Vá às tasquinhas dos becos mais afastados das ruas principais do centro histórico. É assim que você vai provar a comida realmente local. O mesmo vale para lembrancinhas e bazares.
Em suma, dá para ser um viajante legal escapando desses hábitos irritantes de turistas no exterior. Afinal, a gente também não gosta nada quando uma pessoa estrangeira chega falando mal do Brasil, né?