3 criaturas fascinantes com poderes imortais que você não conhecia
Três espécies que desafiam a lógica do envelhecimento com seus poderes da imortalidade e intrigam cientistas até hoje
A natureza está cheia de mistérios e maravilhas, e entre os seus segredos mais intrigantes, encontramos criaturas que desafiam a ideia convencional de vida e morte. A seguir, iremos explorar três animais que têm fascinado os cientistas ao longo das décadas devido à sua capacidade notável de regeneração e potencial longevidade.
3 criaturas com poderes quase imortais
1. As planárias
As planárias são platelmintos que surpreendem a comunidade científica com sua incrível capacidade de regeneração. Embora essa capacidade já seja conhecida desde o final do século XIX, ela se tornou objeto de intensas pesquisas em 2012, quando um estudo da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, levantou questões sobre a potencial longevidade dessas criaturas.
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Existem dois principais tipos de planárias: as que se reproduzem sexualmente e as que o fazem assexuadamente, se dividindo em duas. Observou-se que as planárias que se reproduzem assexuadamente são capazes de “rejuvenescer” seu próprio DNA.
Ao longo da vida, o DNA da maioria dos seres vivos atinge um limite de divisão celular, levando ao envelhecimento e a decadência. No entanto, as planárias possuem quantidades significativamente maiores de uma enzima que protege suas células do envelhecimento. Além disso, elas são capazes de reabastecer essas reservas quando se reproduzem, o que tem levado os cientistas a especularem sobre sua suposta imortalidade.
2. Turritopsis Dohrnii: A água-viva que reverte o ciclo de vida
A Turritopsis dohrnii, conhecida como “água-viva imortal”, é uma espécie de água-viva que habita mares ao redor do mundo. Foi descoberta pela primeira vez no Mar Mediterrâneo na década de 1880 e se espalhou para outras regiões através da água de lastro dos navios.
Essas minúsculas criaturas se alimentam de plâncton, ovas de peixe e pequenos moluscos. No entanto, o que torna a Turritopsis dohrnii verdadeiramente surpreendente é sua capacidade de reiniciar seu ciclo de vida. Quando expostas a situações estressantes, elas retornam a um estágio anterior de desenvolvimento, em um processo chamado transdiferenciação.
A transdiferenciação envolve a conversão de uma célula adulta especializada em outro tipo de célula adulta, um fenômeno que continua a fascinar os cientistas. Além disso, quando uma água-viva retorna a um estágio de vida anterior, ela cria clones de si mesma, contribuindo para sua aparente longevidade.
3. A hidra: A imortalidade nas águas doces
A hidra é uma criatura de aparência alienígena que vive em ambientes de água doce. Com um corpo tubular e tentáculos ao redor da boca, ela se alimenta de vermes, pequenos crustáceos e outros invertebrados. As hidras foram uma das primeiras criaturas a serem estudadas pelo cientista holandês Antonie van Leeuwenhoek, que construiu um microscópio pioneiro para esse propósito.
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As observações do cientista suíço Abraham Trembley sobre as hidras e sua notável capacidade de regeneração iniciaram uma nova era na biologia. Assim como as planárias, as hidras são capazes de regenerar partes do corpo graças às suas células-tronco autorrenováveis.
O segredo da aparente imortalidade das hidras pode residir na capacidade de controlar os genes transposons, também conhecidos como “genes saltadores.” Esses genes podem causar mutações quando se movimentam pelo genoma. À medida que os seres humanos envelhecem, a capacidade de controlar esses genes diminui. No entanto, as hidras parecem ser capazes de reprimir esses genes indefinidamente, mantendo-se jovens e saudáveis.
Esses três exemplos de animais com poderes quase imortais desafiam nossa compreensão da biologia e inspiram novas pesquisas sobre os segredos da longevidade e da regeneração. A natureza continua a nos surpreender com suas maravilhas, lembrando-nos de que ainda há muito a ser descoberto no mundo natural.