O Brasil enfrentou uma recessão financeira em 2015/2016. Consequentemente, a pandemia COVID-19 atingiu o Brasil em um momento já economicamente frágil. Embora as taxas de desemprego e o PIB nacional pareçam mais sombrios do que em anos, o governo implementou o auxílio emergencial como forma de trazer alívio financeiro a milhões de pessoas em todo o país. O auxílio visa amortecer os impactos da pandemia sobre os cidadãos que já lutam.
A partir de 1º de novembro, cerca de 22 milhões de pessoas deixarão de receber assistência financeira do governo federal. O fim do auxílio emergencial vai impactar grande parte da população brasileira que também não se enquadram nos requisitos do Auxílio Brasil.
A Pandemia COVID-19 no Brasil
O Brasil tem um sistema de saúde robusto e historicamente tem lidado muito bem com as emergências de saúde pública. O Brasil declarou a pandemia de COVID-19 uma emergência de saúde pública no início de março de 2020, mas sofreu respostas incongruentes de funcionários de saúde pública e do presidente Jair Bolsonaro. Apesar de um histórico de respostas eficientes às emergências de saúde pública, o Brasil rapidamente se tornou um epicentro da pandemia COVID-19.
O governo brasileiro recebeu críticas por não implementar um extenso sistema de teste e rastreamento de contatos e por não importar uma quantidade adequada de suprimentos médicos para combater o COVID-19. Apesar dos desafios que o governo tem enfrentado desde março de 2020, o governo criou um dos programas mais difundidos e eficazes de alívio do COVID-19 no Brasil. O auxílio emergencial é o programa social mais robusto que o Brasil já implementou e relatórios indicam redução da pobreza no Brasil desde sua criação.
Cerca de 30% da população brasileira recebeu ajuda do auxílio emergencial. Aproximadamente 34,4 milhões de pessoas receberam 400 reais por mês até o mês de outubro.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o país está se recuperando fortemente da pandemia COVID-19 e os fundos de ajuda emergencial não terão continuidade em 2021. O presidente Bolsonaro afirmou que os benefícios emergenciais para cidadãos de baixa renda não podem ser um programa perpétuo.
O custo total da ajuda até agora é de US$ 61,2 bilhões, uma pressão financeira significativa para a já instável economia do Brasil. Dado o fim da ajuda governamental para cidadãos de baixa renda, o futuro da redução da pobreza no Brasil não é claro.