A fadiga mental realmente existe ou é só uma desculpa? Descubra!

Muitas pessoas se queixam de estarem mentalmente cansadas. Você acha que a fadiga mental é real? Confira aqui!

Todo mundo sabe que o trabalho físico, dependendo de qual função o sujeito está cumprindo em uma determinada empresa, pode ser sim extremamente cansativo e desgastante para o corpo. Na realidade, durante muito tempo, a sociedade projetou uma ideia, de forma subjetiva, de que o trabalho manual, físico, é extremamente desgastante dependendo do setor de atuação na qual um determinado sujeito opera, enquanto que o trabalho mental, intelectual, por outro lado, é mais “tranquilo” de ser feito.

No entanto, muitas pessoas não fazem ideia de que ficar sentado e refletindo, solucionando problemas durante horas e mais horas, pode sim ser completamente desgastante, também. De fato, de acordo com alguns estudos, os cientistas conseguiram provas de que o esgotamento mental é verossímil e está presente no cotidiano de muitas pessoas.

Em vista disso, levando em consideração as descobertas que foram feitas nesse campo de pesquisa, a razão pela qual as pessoas sentem-se cansadas mentalmente não está somente no inconsciente, nem mesmo é um constructo social.

Entenda um pouco mais o motivo por que pensar cansa!

Por que pensar cansa? O que os estudos apontam sobre a fadiga mental?

Dados mostram que o trabalho cognitivo (ou seja, o trabalho mental), quando feito de forma intensa e prolongada por várias horas, automaticamente, faz com que os subprodutos potencialmente tóxicos acumulem-se no sistema neural do cérebro mais conhecido como córtex pré-frontal.

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Em vista disso, de acordo com os pesquisadores, essa dinâmica, por sua vez, interfere completamente no controle de decisões que um determinado indivíduo pode vir a tomar. Como resultado, isso influencia diretamente no modo como as pessoas tomam decisões de “baixo custo” energético — que não exigem, na maioria dos casos, muito energia — fazendo com que a fadiga cognitiva seja completamente instaurada no corpo.

Vale ressaltar, também, que essa pesquisa foi publicada no dia 11 de agosto de 2022 na revista Current Biology. Não obstante, de acordo com Mathias Pessiglione, da Universidade Pitié-Salpêtrière, em Paris, na França, muitas teorias que surgiram com o transcorrer do tempo indicavam que a fadiga mental seria um tipo de ilusão inventada pela mente humana. A razão para isso seria fazer com que os sujeitos parassem de fazer algo que não gostavam e desviassem seu foco para algo mais agradável para aquele certo sujeito.

No entanto, conforme as pesquisas conduzidas por Mathias e sua equipe, as descobertas recentes demonstram que o trabalho cognitivo é resultado de uma verdadeira alteração funcional. Ainda mais no que se refere ao acúmulo de substâncias nocivas para o cérebro, de modo que funciona sim como um tipo de sinal que faz o corpo querer parar de trabalhar.

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No entanto, esses sinais não têm nada a ver com a ideia de estar fazendo algo que você não gosta, e sim possui o intuito de preservar a integridade funcional do cérebro que se encontra sobrecarregado de tanto esforço reflexivo.

Existe alguma forma de inibir essa limitação da capacidade reflexiva do cérebro ocasionada por pensar muito?

De acordo com o que foi relatado pelo grupo de pesquisadores, alguns meios mais “normais”, nada muito mirabolante podem sim contribuir para o não esgotamento cerebral e cognitivo.

De fato, ter algumas horas de sono, descansar, desligar-se dos problemas do dia-a-dia podem ser de grande ajuda no que tange à prevenção da fadiga mental. Os pesquisadores apontam que o esgotamento mental é geralmente desencadeado quando um sujeito se coloca em situações de extremo estresse e de intensa capacidade reflexiva; quando se debruçam em cima de um problema que afeta sua capacidade de desligar-se dessa problemática em específico.

Por fim, vale frisar que o estudo abordado nesta matéria chama-se “A neuro-metabolic account of why daylong cognitive work alters the control of economic decisions” por Antonius Wiehler, Francesca Branzoli, Isaac Adanyeguh, Fanny Mochel e Mathias Pessiglione, 11 de agosto de 2022, Current Biology“.

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