Afinal, por que as pessoas gostam de sentir medo?

Você já parou para se perguntar por que existem pessoas que gostam de sentir medo? Entenda aqui essa questão!

O medo pode ser entendido de diferentes formas, variando conforme as pessoas. Porém, por meio de certas ações, é possível observar que algumas delas tendem a se sentir confortadas pelo medo ou aparentam gostar da sensação. Assim, há pessoas que praticam atividades perigosas, pois gostam de sentir adrenalina ou medo, por exemplo. Mas por que algumas pessoas gostam dessa sensação? Essa é uma pergunta importante de se fazer. Nesse sentido, com a finalidade de compreender melhor essa questão, inicialmente é fundamental considerar o que significa o medo de fato.

Dessa forma, entende-se que o medo é um tipo de sentimento induzido pela percepção ou ameaça de perigo. Essa sensação causa uma mudança fisiológica que provoca uma resposta comportamental, como lutar, fugir ou ficar paralisado. Porém, nenhuma dessas respostas está ligada ao prazer ou à diversão. Isso nos encaminha para uma série de possíveis explicações para esse fenômeno um tanto contraditório. Vamos tentar compreender essa questão juntos!

A adrenalina associada

Na realidade, quando sentimos medo, ocorre uma onda de adrenalina e a liberação quase que instantânea de endorfinas e dopaminas. Essa corrida bioquímica que o corpo enfrenta resulta em um sentimento extremo de euforia cheio de prazer, semelhante ao uso de opioides, por exemplo.

Após essa sensação, quando somos lembrados pela rede de segurança que é possível nos salvarmos dessa determinada situação, a sensação posterior é de um tremendo alívio, diminuindo o medo e restando a gratidão e o conforto.

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A rede de segurança

Como já mencionado, quando ficamos assustados ou com medo, o corpo humano entra em modo de luta, fuga, ou congelamento diante da determinada situação. No entanto, embora sejamos cognitivamente preguiçosos, nossos cérebros são ótimos na execução de suas respectivas funções.  Então se nos encontramos em um ambiente no qual um susto “seguro” possa ocorrer, como assistir a um filme de terror, automaticamente o cérebro irá avaliar a situação de forma rápida e dirá que estamos livres de riscos.

Desse modo, nosso corpo consegue desfrutar da adrenalina que é se assustar e saber que nada de mal ocorrerá em seguida. Levando essa premissa em consideração, muitas pessoas acabam procurando um medo “controlado” para poder se sentirem seguras após experienciar essa situação.

A curiosidade

Desde sempre, o medo do desconhecido permeia a sociedade, sendo um dos medos mais naturais e instintivos que os seres humanos possuem, além de uma das curiosidades mais antigas que temos no mundo. Assim, é possível analisar essa perspectiva de um ponto de vista freudiano. De acordo com Freud, os seres humanos se envolvem em atos potencialmente autodestrutivos devido a uma preocupação com a morte.

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Ou seja, um tipo de envolvimento com questões perigosas pode se dar por sentir prazer imediato em praticar atos autodestrutivos. Na realidade, alguns estudos indicam essa abordagem enquanto outros defendem a ideia de que não existem provas suficientes que afirmam que os seres humanos se comportam destrutivamente por prazer. No entanto, mesmo que existam divergências nessa questão, é possível afirmar que a curiosidade é um dos fatores que faz com que se tenha o prazer a partir da experiência do medo do desconhecido.

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